As pesquisas diziam que não.
As urnas disseram que sim.
A Escócia e a região de Londres votaram em peso pela permanência do Reino Unido na União Europeia.
Mas não foi o suficiente.
O Canal da Mancha não é um mero acidente geográfico, é a história inglesa.
A libra esterlina tinha a maior queda de sua história,
Acabou a calmaria financeira que nos dava, por aqui, certa tranquilidade.
Que tinha aumentado com as pesquisas que apontavam a recusa ao “Brexit”.
O movimento de aversão ao risco do capital é inevitável, ao menos nos primeiros dias, enquanto a Europa tenta se “reencaixar”, mesmo com o fato de que, como conservou moeda própria, o Reino Unido tenha um impacto limitado sobre o Euro.
Mas este “limitado” já é um estrago.
O tamanho dele, daqui a pouco vamos começar a ver.
20 respostas
Bom, pelo menos agora a mídia golpista ganhou mais uma desculpa esfarrapada pra justificar qualquer coisa em que o assunto se encaixe, como, por exemplo, as ideias de jerico do “chanceler da Moóca” ou as oscilações negativas da bovespa.
Tempos sombrios onde as pessoas esquecem que o outro estrangeiro traz riquezas culturais e econômicas. Os imigrantes no UK pagam até mais impostos que os britânicos, todas pesquisas apontam essa contribuição como sendo importante. Mas o UKIP e outros anti-imigração, assim como uma parte da mídia local, ganhou muitas cabeças.
*ganharam…
Lenita, sei que a pesquisa na Inglaterra é totalmente dependente de estudantes de pós-graduação estrangeiros, aqueles que enfiam a mão na massa nas bancadas de laboratório. Principalmente os estudantes de terceiro mundo. Vai ser interessante neste particular assistir às exceções cínicas das universidades em admitir como mão de obra gratuita (sim, porque como nós, brasileiros, a maioria destes estudantes trabalham com bolsas de seus países) estes pesquisadores que também lavam vidros (de laboratório, desculpe o jargão).
Vero, José. Agora o pior é ver Farage, Le Pen e toda extrema direita européia comemorando :-(
A Europa perdeu uma grande batalha e os efeitos a longo prazo serão caóticos para a região.
Pânico no depto de Estado. Ranger de dentes no pentágono. Os atenienses ja sabiam que não da pra construir outro cavalo de Troia assim overnite.
”Porque a inglaterra é um navio que Deus na Mancha ancorou.” (Castro.Alves)
“Sapo de fora não chia” ( C.deGaulle)
Vai ver que o poeta e o general tinham razão.
Vamos ver o Serra que cujo o desejo é romper com os Brics, com o Mercosul, com os países africanos e se aliar aos mercados do norte, para agradar os Americanos, verá o mercado de exportação brasileiro afundar. A política que o Lula tentou, de abrir mercado para as empresas brasileira no exterior foi criminalizado pelo Moro que com sua ação insana casou a quebradeira e o desemprego de milhões de brasileiros. Poderemos assistir em breve o que essa política incentivada pela mídia ( Miriam Leitão, Sadenberg, etc) vai nos levar, pois para eles o PT destruía o Brasil.
Lulla ” Lula tentou, de abrir mercado para as empresas brasileira no exterior foi criminalizado pelo Moro” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!! Cara vc deve ser magro! Têm uma dieta baseada em capim.
Mas o asno é você José…
E asno bem gordo, servido pelo PIG.
São paulo devia ir pra pqp. Quero ver os “empresários ” incompetentes sobreviverem sem meterem a mão no dinheiro público. Monte de otarios que acreditam nesses vigaristas paulistas. Até rima.
Mais: governo do Temerário quer taxar exportações agrícolas para equilibrar contas da Previdência. Adorei. Uma punhalada nas costas da UDR. Bem feito. Vão se queixar ao bispo, seus golpistas.
Bonjour, Alors c’est fait. Comme 67% des français je suis très content que la Perfide Albion a décidé, à 52%, de quitter la Union Européenne. A Londres c’est la panique dans la bouse et la chute de la libre sterling est historique.
Regardez la Perfidie du gouvernement anglais : le 1° ministre anglais doit communiquer officiellement l’Union Européenne le résultat du plébiscite d’hier. Mais Cameron a déclaré que il ne sera la personne indiqué pour négocier cette sortie, donc il a annoncé sa démission. Mais il y a toujours un mais avec eux … Il démissionnerais, en octobre après le congrès du parti conservateur. Tout ceci pour que le période intermédiaire soit le plus long possible pour que une confusion et une incertitude laisse l’UE dans une total confusion le plus longtemps possible. La position de la France est de faire que cette sortie soit le plus terrible possible pour décourager, les possibles “candidats” a une sortie de UE.
De l’autre coté les médias ont largement interviewé les dirigeants Écossais (L’Écosse a voté a 65% pour rester dans la UE). Tous unanimement sont pour une sortie de Écosse du Royaume-Uni, maintenant plus, que jamais. L’Écosse demandera à entrer à UE et l’Euro. Le même arrive avec l’Irlande du nord qui pourra se réunir avec la République de Irlande, membre de l’UE. Donc ces deux parties de la Grande-Bretagne (maintenant la petite Bretagne) quitteront le Royaume-Uni. Et la reine sera Reine de l’Angleterre comme avant l’annexion de l’Écosse en 1707…
Vous voyez la confusion et voila où nous en sommes.
Cordialement
Paulo de Rezende
C’est vraiment n’importe quoi… Mais, malgré tout il faudrait faire attention car l’Écosse et l’Irlande ne peuvent pas se séparer de l’Angleterre, ce sera un véritable traumatisme.
ah vão querer privatizar o Banco do Brasil?
E quem e como vai fazer o gigantesco financiamento das safras agricolas, a juros baixos e repactuados para baixo com frequencia? o Itau?
A russia acaba de superar os Usa em trigo, sem os GM e trabalha para ser o maior produtor e exportador mundial de produtos agricolas orgânicos e dezenas de milhoes de hectares ociosos.
Lá no primeiro mundo quem vai ser o primeiro idiota a recorrer ao Gilmar de lá,se é que tem,para pedir recontagem de votos e denunciar fraudes nas urnas?
Só o que falta agora é o Serra do Bem do governo golpista e nefasto Temer oferecer ajuda ao povo inglês,mandando Sérgio Moro pra lá pra salvar a Inglaterra do Bolivarianismo.
No Brasil,hoje de terceiro mundo,tudo é possível com Temer/Cunha.
Os britânicos estavam quase que fraternalmente divididos no plebiscito, como demonstram os resultados. Foi mais ou menos uma eleição Dilma X Aécio. Só que lá, quem ganhou foi a velharia conservadora. Para a surpresa do primeiro ministro. Isto mostra a força do conservadorismo e do discurso xenófobo. Mesmo num país onde o centro econômico e cultural (Londres) marcou posição sólida pela permanência na UE e pela aceitação do estrangeiro (elegeram um prefeito muçulmano, foi lindo) e ainda com a periferia do Reino (Irlanda do Norte e Escócia) também com pensamento moderno, ainda assim, venceu a velhacada, o medo do outro, o poder econômico ultra-conservador, indubitavelmente, investindo no medo e no ódio. Acredito que a Inglaterra vai enxergar-se de forma diferente do que acreditava ser. Seu ego, já embasado na pluralidade, sua autoimagem, vendida para o exterior e proclamada a si mesma, de nada valem quando se preservam os resquícios do passado, permitindo assim que cresçam pelos subterrâneos do inconsciente (que o diga nosso Brasil, agora com o retorno à Casa Grande).
Por mais paradoxal que possa parecer, a manutenção da União Europeia e a permanência dos valores positivos advindos de sua política (valores estes que são mais efeitos colaterais do discurso propagandísticos do que necessariamente desejáveis ao projeto opressivo da zona do Euro, embora muitos os festejem), agora dependerá da força moral da derrotada de guerra mais defenestrada da História: a Alemanha, com sua Ministra disposta a administrar a permanência de refugiados em território alemão, disposta a combater com toda a violência os rompantes fascistas que insistem e ressurgir nestas horas. A mesma Alemanha dos carismáticos “loirões” bagunceiros que venceram a Copa e dançavam Lepo-lepo no meio do povo da Bahia.
Quem diria? Seria a redenção a um povo cuja autoestima fora testada ao limite de sua dignidade, após os erros nefastos de suas elites com a aberração fascista. Ficaria provado que tais mazelas não são exclusividade de nenhuma nação, muito menos um dado “cultural” deste ou daquele povo especificamente. Mas, para isto seria necessário fazer o milagre da auto-imolação, tão difícil aos poderosos acostumados às benesses do universo ultra-liberal. A Alemanha teria de rever sua postura predatória e canalha diante da realidade de outros países mais pobres que compõem a UE e a Zona do Euro, como Portugal, Espanha e Grécia. O discurso “boa-praça” da Alemanha não é nada condizente com sua prática agressiva e desumana em relação aos seus ditos “parceiros”. Saber o quanto é válido e importante conviver com a diversidade, pregar as liberdades individuais e manter uma postura, ao menos, hipócrita em relação aos que sofrem as políticas internacionais, acolhendo refugiados e evitando demonizá-los, são ações que não vão muito além da casca ideológica que protege o ultraliberalismo predatório. Isto o Obama também faz. É preciso admitir, caso não se queira desarticular totalmente as configurações geopolíticas atuais, que o poder financeiro está indo com muita sede ao pote e que, para isto, não tem escrúpulo algum em associar-se ao que há de pior na política, na economia e no espírito humano. Merkel terá pela frente, salvas as devidas proporções, um dilema semelhante ao de Dilma: o da governabilidade e manutenção do que é bom, ao mesmo tempo em que não se pode abrir mão do apoio daqueles que representam o que há de ruim. Eu não a endemonizo. Nem à Dilma. Mas, nossa Presidenta curvou-se ao ímpeto de seus aliados de araque, na esperança de que eles não se tornassem seus algozes. Deu no que deu. Se a chanceler Angela Merkel não olhar para os que desejam manterem-se coesos, opondo-se ao avanço neo-fascista, deixará toda a Europa em maus lençóis. O controle exagerado da Alemanha sobre o bloco será o mote para o avanço de Le Pen e sua corja na França, bem como seus impronunciáveis parceiros na Holanda e outros cantões europeus.
Minha única dúvida agora é a Ucrânia, tão disposta a ingressar na UE sob a liderança dos EUA e do partido fascista local… é uma sinuca e tanto para os EUA. Como impedir o retorno ucraniano aos braços da mãe Rússia? Ou uma possível opção pelo nacionalismo anti-tudo e que não interessa nem a Europa nem à Rússia? Manter apoio aos malucos fascistas de lá poderá ser custoso ao EUA. Pode-se tentar enganar um bando de periféricos no mundo. Mas, não aqueles que possuem as mesmas pretensões e sabem exatamente com quem estão lidando. Se a Europa se fragmentar, perde parte de seu poder de fogo e representatividade junto à hegemonia americana. Apoiar posturar como a da Inglaterra, no caso americano, seria o mesmo que trair. Caso os EUA se tornem os Golpistas da zona do Euro, receio que a Europa não irá se curvar facilmente. Embora o ultra-conservadorismo fascista seja mais promissor aos interesses americanos, duvido que a classe política de lá vai aceitar ser submetida a paspalhões bolsonarianos ou parão Trump como aqui no Brasil ou nos EUA. O buraco lá é mais embaixo. Explorar os outros sim, virar república de bananas dos EUA, jamais. É muito frio lá pra isto.
A idéia de uma Europa unificada é um avanço civilizatório. Ainda que esteja sequestrado pela elite econômica européia, principalmente a financeira.
O voto pela saída do Reino Unido é um voto em parte do conservadorismo, mas não só isto. E este voto conservador foi grandemente inflado pelo sentimento anti-imigrante.
Mas tambem revela uma rejeição à elite política e econômica do RU. Da mesma natureza de boa parte do contingente que nos EUA apóia Trump, e o fazem atirando-se aos braços de algo muito pior, o fascismo.
Este voto terá consequências ainda mais profundas do que a saída do RU da união européia. Deverá selar a saída da Escócia da Grã-Bretanha e consequentemente o RU. Ainda durante a apuração a liderança separatista escocesa já se manifestava dizendo que contra a vontade dos escoceses a Escócia estava sendo retirada da UE e que uma das razões e pressões para que no plebiscito escocês do ano passado era de que a Escócia saindo do RU sairia tamem da UE. Eles já nesta madrugada pediam novo plebiscito. E na Irlanda do Norte já surgiu o mesmo tipo de manifestações, não somente do Sinn Fein (que defende a reunificação irlandese). Para ilustração o voto pela permanência na Escócia teve uma vantagem de 24% e na Irlanda do Norte de 12%.
A desintegração do RU seria um fator positivo para o mundo, pois significaria um poder do passado sendo superado.
Será que a Inglaterra vai peticionar para tornar-se um estado americano? Se pudessem, empurravam aquela ilhota para o outro lado do Atlântico.
A zona do Euro nivelou os preços para cima. Em Portugal 1 pãozinho, que custava centavos de Escudo, teve seu preço elevado em seis vezes à partir do Euro. Por isso países como Espanha, Portugal e Grécia literalmente quebraram. Sou a favor da UE, mas os mais ricos europeus é que ganharam com o bloco. A UK está certa em sair do bloco? Talvez por que ela e a Alemanha estão pagando a conta da quebradeira econômica deste bloco. Mas a ideia continua sendo boa, pois um mundo sem fronteiras seria o ideal. Mas, por enquanto, parece ser uma utopia.
Nunca entrou de verdade, fato.