É mais que oportuna a entrevista do deputado José Guimarães à Folha dando uma “freada de arrumação” nas ambições desmedidas do PSB para fechar a tal “federação partidária” com o PT, PCdoB e PV.
Embora seja incontestável (54 em 99 deputados eleitos pelos quatro partidos), é e inegável que o PT não pensa em reproduzir esta maioria no número de candidaturas a governador, nem em quantidade, nem em expressão.
Jogar uma queda de braço em São Paulo é normal, mas colocar uma faca sobre a mesa, não. E foi o que fez o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ao dizer que a escolha de Fernando Haddad como candidato em São Paulo inviabilização a aliança.
Márcio França não pode ser empecilho para a formação de uma frente na qual o seu padrinho político, Geraldo Alckmin, já teria a vice-presidência, um processo que não se consuma pela, até agora, teimosia de França em ceder.
Alckmin, tem ficado de fora das discussões, mas seu silêncio é também um sinal de que tem vida própria, fora do apoio a França, ao qual não se considera (e não é) obrigado.
Corre o risco de ser atropelado, porque a grande maioria do PSB sonhe dia e noite com a garantia de apoio dos petistas nos pleitos locais.
O tamanho da novela está nas mãos do STF, caso se confirme logo a liminar de Luís Roberto Barroso fixando como 2 de abril o prazo de registro das federações partidárias, dado sob o bom argumento de que, como se equiparam a um partido, devem seguir a regra de constituírem-se até seis meses antes da eleição.
Enquanto isso, outra aliança politicamente importante, a com o PSD de Gilberto Kassab, fica no freezer e o ex-prefeito paulistano fica, todos os dias, “inventando” candidaturas de fachada para protelar decisões.