A decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, de liberar o Instituto Médico Legal fluminense, da conservação do corpo do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no domingo, dia 9, numa cidade do interior da Bahia é escandalosa.
Kalil revoga a decisão de seu substituto, Guilherme Pollo Duarte, que mandou que IML conservasse o corpo para permitir uma eventual perícia independente, para dizer que a competência é da justiça baiana. Esta, por sua vez, diz que não pode atender o pedido da viúva de Adriano para conservar o cadáver porque ela não comprovou a “união estável” com o de cujus.
É uma situação insólita. Não é a família, como seria compreensível, querendo cremar o corpo e dar fim ao sofrimento que gera um cadáver insepulto.
É o Estado querendo se livrar do que pode ser prova, por muitos indícios, no mínimo de um abuso de ação policial e, até, uma queima de arquivo de um rumoroso caso policial e, ainda mais grave, com possíveis desdobramentos políticos.
É evidente que o correto seria a formação de uma junta de peritos médico-legais, que desse um laudo consistente e, para um lado ou para outro, esclarecesse se foi um confronto ou uma execução.
A primeira virtude de um juiz é ser prudente. Quando ele deixa de ser, há pouco a esperar das outras virtudes que deveria ter.
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A bandidagem tomou conta do Brasil. Não tem mais jeito essa porcaria. Tá tudo dominado, como se diz. A tragédia é inevitável, porque ninguém consegue sustentar tanta barbaridade por tempo indefinido.
Os Heris Shibatas estão de volta.
Cansei...
Infelizmente, eu também.
"Quando a Justiça não quer deixar de ser cega"
O que me choca são os eufemismos. Parece que a Justiça apenas errou, quando, na verdade, ela está alinhadíssima com o crime organizado. Aqueles que desejam a justiça estão temerosos pela ação explícita dos desonestos.
CHAMA O LADRÃO!!!!
Desculpem, vou atravessar os comentários com outro assunto.
A greve dos petroleiros parece estar fervendo.
Acho que merece mais nossa atenção e uma análise do Tijolaço.
Parece perigosa demais para ser noticiada pela grande mídia que até agora continua sonegando informação, mesmo de alto interesse público, dado o inevitável desabastecimento.
Também expõe o desmonte denunciado por dentro, pela visão credenciada dos próprios funcionários.
Mas o mais insuportável parece ser mostrar a força dos trabalhadores quando unidos.
Desculpe, Brito; acostumei a medir a importância dos eventos políticos a partir daquilo que é abordado pelo Tijolaço.
O fato do Bolsonaro fustigar o Governador da Bahia e sua polícia tem uma forte razão de ser. No fundo , ele quer que o Goverador se mantenha firme na defesa de sua polícia de uma maneira geral, ampla, genérica, e evite tomar a decisão que seria a mais acertada, ou seja, a de afastar os policiais que participaram da evidente execução, promovendo uma investigação muito séria e exaustiva sobre quem comandou e quem atirou. Isso, além de elevar o governador ao patamar da inatacável sensatez, poderia trazer importantes e surpreendentes fatos, muito além do que simplesmente tentar defender a instituição policial como um todo. Essa investigação sim, apavoraria aqueles aos quais mais interessaria calar quem foi calado.
isto que se chama de texto bem escrito. O resto é resto mesmo.
Esse eh um governo podre e com ele estão todos os corruptos. Pobre de nós simples mortais.
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As milicias estão entranhadas na sociedade do Rio de Janeiro, no Poder Executivo, Legislativo, e por que não no Poder Judiciário? Infelizmente é uma constatação de que o Rio está sob o controle do crime organizado.
O fato do Bolsonaro fustigar o governador da Bahia e sua polícia tem uma forte razão de ser. No fundo , ele quer que o governador se mantenha firme na defesa de sua polícia de uma maneira geral, ampla, genérica, e evite tomar a decisão que seria a mais acertada, ou seja, a de afastar e isolar os policiais que participaram da evidente execução, promovendo então uma investigação muito séria e exaustiva sobre a operação, que em si parece ter sido complexificada de modo injustificado. Uma investigação profunda, isenta do vírus do corporativismo, sobre quem comandou, quem orientou e quem atirou, e também onde se encaixam os cariocas nisso tudo. Isso, além de elevar o governador ao patamar da inatacável sensatez, poderia trazer importantes e surpreendentes revelações, muito além do que simplesmente tentar defender a instituição policial como um todo. Essa investigação sim, apavoraria aqueles aos quais mais interessaria calar quem foi calado.
Esse juiz deve vender sentenças q com a esposa movimenta num prospero escritorio de advocacia
O duro depois é ouvir algum idiota bolsonarista dizer que a justiça está sendo feita. Quando é para apagar provas e proteger milicianos, realmente a Justi$$$$a já tem posição muito bem definida.