Vocês se lembram dela?
Era a dirigente da Associação Nacional dos Jornais que, pouco antes das eleições de 2010, disse que cabia à imprensa fazer “de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”.
D. Judith era uma moderada perto dos padrões atingidos hoje pelos grandes jornais do país.
O estudo dos alunos de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, apelidado de Manchetômetro e divulgado hoje pelo meu parceiro Miguel do Rosário, é estarrecedor, mesmo para quem sabe da notória hostilidade da grande mídia ao Governo Dilma.
O gráfico de matérias negativas publicadas pela Folha, Estadão e O Globo, antes e já durante a campanha eleitoral, é digno do que faziam os jornalecos de interior em eleições de prefeito.
Não precisa sequer de uma descrição ou de explicações.
Um partidarismo absolutamente descarado.
Pior do que o de 2010, quando Serra em matéria de noticiário, ganhava “só” de 3 a 1 de Dilma.
Olhem, no gráfico, que nem no mês do “aecioporto” o candidato do PSDB tem “apenas” essa vantagem.
E a nossa pura, casta e ciosa Justiça Eleitoral preocupada com chaveiros e camisetas.
Ah, e conosco, os “blogs sujos”, quando eles recebem algum anunciozinho de estatal.
Imaginem se o presidente do TSE, com base no estudo acadêmico, chamasse os editores e proprietários de jornal para apelar por mais equilíbrio…
Chavista, bolivariano, inimigo da liberdade, censor, ditador…
Os números falam por si.
É um massacre mais que evidente.
Do qual os jornalistas se imaginam capazes de atravessar “neutros”, envoltos pela fumaça dos “mísseis” que se disparam diariamente nas páginas em que escrevem.
A mídia brasileira representa um coronelismo que, ao contrário do tradicional, não pode ser desmontado nem mesmo pelo voto.
Falta de democracia na mídia não é ameaça aos jornais brasileiros.
Os jornais brasileiros é que são uma ofensa à democracia.
12 respostas
Olha a última charge do Duke, Fernando: http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.892611.1406857894!image/image.jpg_gen/derivatives/main-charges-resize_620/image.jpg
Sugiro que se faça também um cartômetro. E aí veremos a estranha coincidência de só “haver” cartas contrárias ao governo e ao PT
Pode ser desmontado pelo voto, sim, se os representantes eleitos tiverem coragem e dignidade para moralizar a mídia, como, aliás, fez a Argentina, e já fizeram muitos outros países, como Inglaterra e EUA (somos mais liberais do que os “liberais” americanos)
Suponho que sejam FSP, ESP e Globo, e, se juntar as televisões não deve ficar diferente, com mais estrago à democracia pois pegam muitos espectadores que só veem esse tipo de veículo.
Já comentei lá no CA que provavelmente se fizerem o mesmo trabalho sobre as últimas três eleições não vai ser muito diferente. Isso prova que os meios tradicionais de comunicação no processo eleitoral tem pouca importância. A internet está cada vez mais influente no processo. Vide a queda de audiência e de tiragem de jornais e revistas semanais.
Se a mídia não fosse tão canalha a vitória de Dilma seria esmagadora.
http://www.google.com/trends/explore#q=a%C3%A9cio%20neves%2C%20dilma%20roussef%2C%20eduardo%20campos&cmpt=q
JFB
Eu tenho me mantido longe dessa mídia, mas não acho correto e ao mesmo tempo não tenho fígado suficiente. Abços.
Em Minas Gerais, a Rádio Itatiaia desenvolve política deliberada contra o governo Federal, apenas. Ontem, entrevistaram uma cidadã numa manifestação contra o governo Dilma, ou melhor, para denunciar a existência de “presos políticos do governo Dilma”. Na verdade, são pessoas presas pelas polícias militares do Rio, de Minas e de SP durante as manifestações ocorridas contra a Copa. Mas, a Itatiaia fez parecer que eram presos da Dilma, e pronto. Sequer tiveram a decência de ouvir o outro lado, que estava sendo atacado publicamente.
Enquanto isso, a cavalaria da PM de Minas passava por cima de moradores sem-teto que protestavam em frente à Cidade Administrativa. Um morador, pelo menos, recebeu uma espadada no rosto e teve corte profundo. Vejam o vídeo e a reportagem neste blog (http://ocupacaorosaleao.blogspot.com.br/). Perguntem se a reportagem da Itatiaia esteve lá para apurar o que aconteceu? Claro que não, pois isso atinge diretamente o governo do estado.
Por falar em problema de moradia, quantas casas populares o governo de Aécio e Anastasia construíram em Minas Gerais nos últimos 12 anos, com as facilidades que o governo federal ofereceu para os governantes que se interessaram em aproveitar o Minha Casa Minha Vida? Façam o levantamento e vejam. Pouquíssimas unidades habitacionais foram construídas pelos governos tucanos. E o resultado é o crescimento de ocupações de moradores sem-teto.
Mas, a Itatiaia teve a cara de pau de fazer uma reportagem hoje, numa ocupação em Contagem (região metropolitana de BH) para dizer que os moradores sobrevivem recolhendo comida que a Ceasa joga no lixo. Fez questão de dizer que alguns moradores tiveram cortado “um tal de Bolsa Família” – a repórter usou exatamente esta expressão -, sem explicar nada. No final da matéria, disse que o prefeito de Contagem, que é do PCdoB, divulgou nota esclarecendo que bastava os moradores comparecerem à sede da Prefeitura para regularizar a situação junto ao programa Bolsa Família.
Ou seja, total má vontade (para não dizer má fé) em investigar as coisas. Por exemplo: por que não questionar as políticas do governo do estado na questão da moradia (e da saúde, e da educação, etc.) em Minas? Para os comentaristas desta rádio, com duas exceções apenas (Eduardo Costa e Carlos Lindenberg) TODOS os problemas de Minas – na educação, na saúde, na moradia, no saneamento, na segurança, nas rodovias, TODOS, sem exceção, são culpa do governo FEDERAL. É como se Minas não tivesse governo, pois não se responsabiliza por nada.
Isto sem falar nos comentaristas, tipo Rita Mundim (de economia tucana), Alexandre Garcia (da Globo, lógico dos ricaços) e Carlos Viana (generalista neoliberal), que atacam o governo federal e defendem medidas neoliberais em suas falas todo santo dia. Rita Mundim diariamente profetiza o caos e a destruição da economia no Brasil. Não tem uma notícia favorável ao Brasil e ao governo federal. Carlos Viana deve ter feito um curso intensivo para decorar as regras do Consenso de Washington, e de lambuja deve ter sido agraciado pelo governo de Israel – ele e Alexandre Garcia, que saíram em defesa do anão diplomata daquele criminoso estado na questão do massacre contra os palestinos.
Enfim, o jornalismo no Brasil, ligado a esta mídia tucana, vive os seus piores momentos, infelizmente. Urge fazermos uma verdadeira democratização da mídia, e um marco regulatório que proíba a baixaria dos programas policiais em horário “nobre”, que transformam as noites dos brasileiros num cortejo de infelicidade, promovendo e reforçando os piores sentimentos na população de baixa renda que fica presa aos canais abertos como única opção de lazer.
A rádio Itatiaia e o Jornal Estado de Minas são diários ultraoficiais de Aécio e sua turma. Se aquilo é jornalismo, o que seria propaganda político-partidária. Abutres donos da verdade, estão a todo momento emitindo suas impressões absolutas, ensinando, catequizando. Egocêntricos, estão sempre citando a si mesmos. O problema é que a penetração desses veículos (incluam-se aí as tevês mineiras todas e os demais jornais) é grande. Taxistas, donas de casa e grande parte da população acima dos trinta anos se nutre e se informa (ou se deforma) ouvindo e lendo essa imprensinha tacanha que é só elogios ao Aécio e sua turma. Procure uma, uma só, nota desfavorável ao menino do rio que quer ser presidente. Além disso, os jornalistas de que você falou, inclusive os que para você são exceção, produzem um discurso lamentável de intolerância, de preconceito escancarado com relação à população de baixa renda ao mesmo tempo em que se apresentam como portadores da verdade e mensageiros da salvação. Estão sempre a bradar “bandido” “Bandido”. olham para a sociedade de cima como se fossem um tanto mais relevantes e sabidinhos. Gracejam e zombam quando o alvo está no outro lado do front, mas são subservientes e respeitosos quando, raramente, são obrigados pela força dos fatos a falar qualquer coisa sobre os seus.
Até quando vamos aguentar esse fogo cruzado??
A regulamentação da mídia é uma questão de dignidade para nós brasileiros. Se a tivéssemos, não estaríamos nessa situação de constrangimento e submetidos diariamente ao ataque direito de toda sorte de desinformação e baixarias.
Nenhum governo enfrentou tal desafio. Nós merecemos esse respeito!
O preço a ser pago pela ausência dessa regulamentação é o sacrifício da verdade, da decência e do exercício pleno da democracia.
A Dilma não priorizou esse tema e o resultado está aí. Ela e nós estamos reféns dos interesses dos proprietários da mídia. “Eles” estão ceifando a mente das pessoas com mentiras, informações manipuladas e isso coloca em risco todas as conquistas sociais duramente. conseguidas. É muito o que está em jogo.
Estamos correndo o risco de entregar o país nas mãos de gente que não tem escrúpulos, mas que tem o apoio da imprensa. Estamos correndo o risco de perder a Petrobrás – o pré-sal, de naufragar os programas sociais como Minha Casa minha Vida, o Bolsa Família, o Mais médicos etc..etc..
Se a Dilma perder as eleições o Brasil vai retroceder e o golpe será devastador porque vamos “ceder” o Brasil para os estrangeiros usar e lucrar com ele. Justamente o povo, que é maioria que hoje hostiliza a Dilma, só vai se dar conta besteira que fez quando for tarde demais. O pobre é o que mais vai sofrer.
No horário eleitoral a Dilma terá pouco tempo para expor a verdade sobre tudo o que está em jogo, sobre todas as conquistas e esclarecer a verdade contra todas as mentiras que vem sendo publicadas há bastante tempo.
A Globo já está plantando a idéia na mente das pessoas de que o horário eleitoral não serve para nada, exatamente para “neutralizar” a Dilma e a verdade sobre os fatos. Que tragédia essa realidade para nós.
Se a Dilma conseguir se reeleger e não fizer nada em prol da regulamentação da mídia, depois de tudo o que estamos passando com essa imprensa golpista, aí sim eu vou ter certeza de que ela é “fraca” e “covarde”. Dói ver como a oposição se refere a ela e ao seu governo.
Triste isso..
Euler, e’ fato sem tirar uma virgula petfeito.
Isso não se lamenta, se combate, pois não são e jamais foram democráticos, pelo contrário, foram sempre golpistas, portanto devem ser combatidos como inimigos que são e nessa guerra a primeira providência é afastar do comando, os frágeis, os incompetentes, os quinta-colunas e os vacilões. Jamais o governo acordará para essa realidade escancarada e tomará as providências necessárias para enfrenta-los, enquanto estiver na linha de frente do comando, o trio parada mole: Mercadante, Zé Cardoso e Paulo Bernardo.