Pronto, o jogo está feito.
Como desde o início se disse aqui, o objetivo de Jair Bolsonaro era trazer para si a seleção brasileira para sua campanha de reeleição em 2020.
E seu filho 01, Fávio Bolsonaro, abriu o jogo, nas redes sociais, chamando o técnico Tite de “puxa-saco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “.
No Globoesporte, o jornalista André Rizek, diz que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, agora afastado, teria prometido trocar o treinador por Renato Gaúcho, assumidamente bolsonarista, logo após a partida contra o Paraguai, na terça-feira.
Só que Caboclo foi afastado hoje do cargo, por denúncias de assédio sexual, pela comissão de ética da entidade esportiva.
Portanto, salvo se recuerar o cargo na Justiça – o que não é impossível – não pode demitir nem nomear técnico.
Ocorre que seu substituto é Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, figura para lá de polêmica e tosca, que, aos 84 anos, não tem mais força política alguma na CBF e vai precisar de padrinho se quiser continuar à frente da CBF.
Nunes é uma patente mais baixa que o seu antecessor almirante Heleno Nunes, famoso, entre outras efemérides, por ter organizado um Campeonato Brasileiro com 94 clubes para acomodar os interesses regionais da Arena, o parido da ditadura, em 1979.
Talvez o velho-novo Nunes tenha de apelar para o esquema do “um manda, o outro obedece”.
A cúpula do futebol brasileiro está, digamos, “rachadinha” e à mercê dos interesses do “dono” do país.
Como “o futebol é uma caixinha de surpresas” e os dirigentes do esporte costumam ser uma “caixa de esgotos”, vamos ver no que dá esta confusão.
O vídeo do filho presidencial mostra que a cabeça do técnico está na forca, porque a esta altura os cartolas todos estão trocando o caboclo pelo messias.
Jair acima de tudo.