Os números definitivos da arrecadação federal, divulgados agora à tarde, desmontam a histeria dos “nervosinhos” que choravam a falta do superávit primário e bradavam contra o “descontrole das contas públicas”.
A receita total em 2013 foi de R$ 1.138,3 bilhões.
10,6% maior que em 2012 em valores nominais e 4,08% superior, já descontada a inflação.
Se consideradas apenas as receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal (que são 98% do total) o crescimento real é um pouco maior: 4,36%.
E se o Governo não tivesse reduzido impostos através da desoneração tributária teria crescido 6,9% além da inflação, pois as desonerações passaram de R$ 44 bilhões para mais de R$ 77 bi.
Quase o mesmo que a arrecadação extraordinária representada pelo Refis ( R$ 21,7 bi) e pelo leilão de Libra ( R$15 bi)
As desonerações, se não ocorressem, representariam perto de 0,8% do PIB de superavit, e fazendo o resultado primário chegar aos 2,3% que o “mercado” dizia ser o ideal.
Esse dinheiro não foi para os cofres do governo, mas irrigou a economia industrial.
Como os impostos não aumentaram e a diferença do aumento das desonerações praticamente empata com as receitas extraordinárias, o fato objetivo é que a atividade econômica, que é a fonte da arrecadação, aumentou. Bem como a eficiência da arrecadação.
Apesar da torcida dos “nervosinhos”.