Recorde de infecções mostra descontrole da Covid-19

Com a marca recorde de quase 68 mil casos novos de contaminação pelo novo coronavírus em um único dia – 67.860, segundo as secretarias estaduais de Saúde – já não é mais possível que as pessoas responsáveis sigam “normalizando” o que está acontecendo no Brasil.

Isto corresponde a 80% de todos os casos registrados na China, ao longo de todo o perído de pandemia por lá.

Não bastasse ser inaceitável que mais de mil pessoas percam a vida todos os dias, já há quase dois meses, sem que isso seja uma emergência, estão evidentes os sinais de que as coisas piorarão muito adiante.

68 mil novos casos num dia, com a taxa de mortalidade que temos (3,8%) representam cerca de 2.500 mortes diárias.

É isso o “normal”?

Tenho acompanhado a pandemia desde janeiro, quando ainda havia muita gente boa que a subestimava, muitos devem se lembrar. Por isso, não me sinto alarmista em dizer que estamos à beira de um precipício que muitos não estão percebendo, como não percebiam naquela ocasião.

Estamos passando para a faixa superior das projeções feitas pelos modelos estatísticos de de universidades, que já nos levavam à 200 mil mortes, ou 0,1% da população brasileira.

Isso é monstruoso e não pode ser aceito como inevitável.

Fernando Brito:

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