Hoje, outra vez, o dólar superou o patamar de R$ 5,50, voltando aos níveis de maio e anulando toda a pouca valorização que havia obtido mês passado, depois que o Banco Central voltou a informar saída líquida de dólares do país, acumulando uma perda de US$ 15,2 bilhões, mesmo com o bom desempenho da balança comercial que ajudou a reduzir o déficit de US$ 54 bilhões de perdas de capital.
Não há, senão em alguns colunistas da imprensa – e muitos nunca deixaram de acenar com a tal retomada da economia, chova ou faça sol – quem veja uma recuperação no horizonte e é o que aparece na pesquisa Datafolha divulgada agora à tarde, mostrando que a maioria da população acha que a situação econômica vai seguir ruim (29%) ou piorar ainda mais (41%).
O mesmo acontece com as expectativas sobre o desemprego, nas quais 19% assinalam que seguirá alto como estar e nada menos de 59% acham que irá piorar ainda mais.
Estamos vivendo, política e economicamente, na base do auxílio-emergencial, que está injetando, ao lado dos subsídios a contratos de trabalho suspensos, injetam algo como R$ 60 bilhões no mercado de consumo, mas abrem um buraco igual nas contas públicas, sem uma estratégia que crie, com este sacrifício, alguma perspectiva duradoura de ativação econômica.
A principal questão do pensamento econômico no Brasil , hoje é o “quanto tempo dura?”