Rodrigo Maia a Míriam Leitão: reforma não tem 50 votos na Câmara

Em entrevista a Míriam Leitão, ontem, na Globonews, posou, outra vez, de “dono” da reforma da Previdência que, diz ele,”não tem mais que 50 votos a favor”.

— Quem decide o que será colocado na pauta é o presidente da Câmara.

Maia, usando a si mesmo como exemplo, voltou a criticar a condução que, até agora, Bolsonaro deu a sua relação com o parlamento:

—Quem ganha a eleição tem que saber construir aliados e não dividir a governabilidade.

E disse que vão aparecer novos problemas com o envio, nos próximos dias, das medidas relativas à aposentadorias dos militares junto com a concessão de aumento nos vencimentos das Forças Armadas.

— A gente reconhece que R$ 22 mil para um general quatro estrelas é pouco, mas o momento atual não é de falar de nenhum tipo de aumento.

O presidente da Câmara vai, ao menos nas palavras, tomando o lugar que caberia à articulação do Governo. Ou, melhor chamando, a “desarticulação” do governo, como se vê nos jornais de hoje, no desespero de “anular” o que disse Jair Bolsonaro ao admitir 60 anos como idade mínima para as mulheres.

Fernando Brito:

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  • Alguma coisa fez este povo perder o medo que tinham do Bolsonaro. O que terá sido?

    • Todos esperaram acabar a campanha eleitoral e o leãozinho raivoso percebeu que para governar o buraco é mais embaixo e assim vai virando um cordeirinho obediente nas mãos dos militares e dos fisiológicos do Congresso.

  • Não caio nessa. Alguém se recorda do que aconteceu às vésperas daquele 17 de abril de 2016, quando fizeram uma encenação de que os votos necessários para barrar o impeachment na Câmara haviam sido conquistados? No fundo, estão aplicando o velho golpe: criar dificuldades para vender facilidades.

    • Sem contar que já está circulando o preço de 10 milhões para "convencer" deputado a votar.

    • Vi que um salário nos EUA de general chega a 12,000 dólares, algo em torno de 30 mil reais, em país altamente desenvolvido. Aqui 22 mil + benefícios é vida de Faraó diante de 44% vivendo com 1 salário mínimo ou dois.

  • Está valorizando o negócio. Vamos ver como ele fala depois que "os urutus entrarem em ação" e o cofre for aberto.

  • "A gente reconhece que 22 mil é pouco", agora, para os idosos em situação de miserabilidade 1 salário mínimo é muito, vamos dar a eles 400 reais. Infâmia, corja safada maldita!

  • "A gente reconhece que R$ 22 mil para um general quatro estrelas é pouco..."
    Imagine um salário mínimo;

  • Mentira que general ganha só 22 mil. Conheço tenente coronel que ganha mais que isso e sargento da reserva que ganha mais de 15 mil.

  • Para o desespero de alguns, reforma será aprovada! E quero apenas lembrar que militares tem sua própria previdência custeada por eles mesmos, e com direito à desvios dos valores mensais, que são de 11% dos seus salários pelos pelos governadores e chefes de estado!!!

    • "Militares reformados e da reserva ganham em média R$ 13,7 mil por mês. Funcionários públicos da União ganham em média R$ 9 mil e quem se aposenta pelo INSS custa em média R$ 1,8 mil por mês para a previdência – com grandes discrepâncias entre quem recebe mais e quem recebe menos."
      "A contribuição de um civil para o INSS é de 11% do salário bruto. Já a única contribuição feita por militares, para pensões, é de 7,5% - que pode subir para 9% se o militar tiver ingressado antes de 2001 e quiser manter o benefício de pensão vitalícia para filhas não casadas. Só o Exército tinha, no início do ano, mais de 67.600 filhas de militares recebendo um total de R$ 407 milhões por mês - o que dá um valor de mais de R$ 5 bilhões por ano. A Aeronáutica e a Marinha não divulgam os valores, apesar de se tratarem de dados públicos. No total, são mais de 110 mil filhas de militares recebendo pensões."
      Confira em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46840663

      • Caracas...acho que ela ficou muda...depois dessa explicação...Será que ficou...

      • Você está falando dos militares das forças armadas né? Porque para os militares estaduais, não é assim! Para começar, eles pagam quase 12% de previdência dos seus salários brutos, filhos e filhas não tem direito à pensão e muito menos à previdência depois de 24 anos, e o interessante é que continuam pagando o mesmo valor depois do desligamento dos filhos, e continuam pagando quando entram para a reserva, quando são reformados,pelo resto da vida, e se falecerem, a esposa continua pagando o mesmo valor, sem contar que possuem previdência privada. O que vem acontecendo nos últimos anos? O estado desconta estes valores direto no contra-cheque, e não repassa à previdência, como temos o exemplo do estado de MG em que Pilantrel desviou 3 bilhões da previdência militar, não se assuste, foram 3 "bilhões" mesmo! Quando falam de militares, é preciso observar que, em número, militares estaduais se sobrepõe muito aos das forças armadas, e colocam todos no mesmo balaio.

  • Boa tarde, perdoem minha ignorância. Bolsonaro quiz ser eleito sem ajuda, somente do povo e conseguiu, agora para governar precisa do apoio dos parlamentares, aí que a porca torce o rabo, esse apoio nunca foi de graça, para a maioria não importa o que vai ser votado, mas quanto vão ganhar pelo apoio.

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