Num dia de tanto constrangimento, uma alegria.
A de ver, mesmo de forma hipócrita, a Veja pedir desculpas a Romário por ter publicado um extrato falso de uma suposta conta bancária no exterior, que pertenceria ao Senador fluminense.
Hipócrita porque, das duas uma: ou a revista foi criminosamente irresponsável ao reproduzir um documento falso recebido de alguém, e neste caso tem a obrigação, até para que sejam tomadas as providências legais, de dizer como e quem o forneceu; ou, então, a revista foi deliberadamente criminosa ao participar como autora ou cúmplice de uma falsificação abjeta.
Se não foi, porque alegar que não se retratou porque ” pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade VEJA não tinha razões para suspeitar”. É mesmo? Vai, então, a revista preservar o “sigilo da fonte” de um bandido que a usou para demolir a reputação alheia?
Se não veio do Ministério Público – que é o que diz a edição difamadora -, de onde veio?
Que meio de bandidagem é este onde a Veja é ferramenta da desonra e, quando descoberta nesta imundície, diz que está só fazendo “jornalismo”? Que turma é a da Veja? Os Demóstenes, os Youssef, os falsários?
Romário fez um golaço para a democracia e para o jornalismo brasileiro.
Deveria estar sendo aplaudido de pé pelos jornalistas, porque fez o que a Veja não fez: buscou as provas da verdade e honrou o que havia afirmado. Não se intimidou pelo clima de “todo mundo é ladrão” construído pela mídia, com a Veja à frente, e “peitou” um veículo quase sempre impune de notas de esgoto.
Tomara que não tenha esquecido os tempos de craque como jogador e aja como craque na política. O adversário levou um gol no contra-ataque e balançou. Hora de ir em frente e marcar o segundo: a revistá é confessa, não há mais materia de prova a discutir, é só a de direito – inquestionável – à indenização proporcional ao dano causado.
E que dano, para um político, um mandatário, ser apontado pela revista de maior circulação do país (não é o que ela própria afirma?), com repercussão em toda a imprensa do país, como um praticante de crime financeiro?
Faça a Veja desculpar-se com aquilo que ela ataca nos outros, mas pratica a rodo: exposição degradante e dinheiro.
Mate o jogo, Romário.
Leia a nota da Veja:
VEJA reconhece erro e pede desculpas a Romário
Em seu perfil no Instagram e em sua página na internet, o senador Romário de Souza Faria publicou a informação de que recebeu do banco suíço BSI um documento (leia a íntegra em francês) enviado por aquela instituição financeira às autoridades daquele país. “Nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça.”
O extrato em questão foi publicado há duas semanas por VEJA como prova de que Romário era titular de uma conta bancária na Suíça com saldo equivalente a 7,5 milhões de reais. O comunicado do BSI não deixa dúvida sobre as adulterações no documento e pede às autoridades que investiguem a autoria da falsificação.
Por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro, VEJA pede desculpas ao senador Romário e aos seus leitores. Esse pedido de desculpas não veio antes porque até a tarde desta quarta-feira ainda pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade VEJA não tinha razões para suspeitar.
A nota do BSI dissipou todas as questões a respeito do extrato. Ele é falso.
A investigação desse episódio, no entanto, continuará sendo feita por VEJA.
Estamos revisando passo a passo o processo que, sem nenhuma má fé, resultou na publicação do extrato falso nas páginas da revista, evento singular que nos entristece e está merecendo toda atenção e cuidado para que nunca mais se repita.
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Entristece? e os milhares de documentos que a Veja já publicou antes não entristece? Não entristece a campanha difamadora e a sabotagem com seu próprio país? O que me entristece é ver uma carreira inteira ser enxovalhada pelos próprios colegas.
Esta revista pode pegar os nossos nomes ou de qualquer cidadão e publicar alguma mentira sobre nós. Quem sabe até dizer que somos os verdadeiros donos da cocaína que estava no helicóca ou o construtor do aeroporto nas terras do tio do aécim! Depois de livrar a cara do safado, publica uma notinha dizendo que errou sem querer!
Que bom que a VEJA reconheceu o erro.
Publicou um extrato sem checar a autenticidade no banco dele originário.
Toda atividade profissional está sujeita aos erros e ciladas.
Mas, pela frequência mínima de falhas (comum em especial no jornalismo) a VEJA não teve a sua credibilidade arranhada. Ou atirem a primeira pedra quem nunca deu uma rata dessa...
Não cabem nos dedos da mão as vezes que a revista errou como nesse episódio do Romário. Quem tiver mais pode citar aqui.
Romário, eleitor de Aécio, agora é oportunisticamente pelos desafetos da VEJA que há 13 anos defenestrar o petralhismo e coleciona inúmeras baixas desse governo, ou com quedas, como Palocci e Erenice Guerra ou com prisões como é o caso atual de Renato Duque, Vacari, André Vargas e José Dirceu. Logo, é compreensível esse 'revanchismo' pela falha da revista que continua sendo a maior do país e que propiciou ao PT a maior derrota eleitoral nos centros onde ela é mais lida. Daí o sentimento de raiva.
Mas tirem o cavalinho da chuva.
O que foi desmentido foi o extrato do senador Romário do PSB, o que foi preso por falta de pagamento de pensão alimentícias.
A caçada aos petralhas continua firme como nunca.
E as denúncias de VEJA à camarilha se confirmando cada dia que passa, com bloqueios de contas e prisões de larápios.
Afinal, quem não deve, ri à toa... que nem o baixinho, que partiu para cima.
Quem não parte, é porque tem o rabo preso.
PT saudações.
A capa do Impeachment de Dilma vai ficar mais bonita do que o Impeachment de Fernando Collor, atordoado pela 'prisão' de seus carros de luxo.
Desejo que a revista se explique com mais pormenores e não repita essas furadas.
Se continua desse jeito pode acabar que nem o PT-Lula-Dilma, incompetente e desacreditado.
Ninguém merece.
Errou nada. A veja o fez de muita má-fé mesmo. E se borrou toda porque o Romário também abriu processo lá na justiça suíça,aonde veja e tucanos não mandam nada(vide o caso Alstom,lembra?)
Aqui,a veja não tem medo de nada,mas lá na justiça suíça ela não manda nadinha,
Olhem o que o Cloves escreveu: "Se a veja forjou o extrato (do Romário), eu me retrato publicamente neste blog. "Cloves - 01.08.2015 às 12:08pm
Quem está mais desacreditado Veja ou Cloves?
Meu caro, não confunda. Ficou entendido que a VEJA publicou extrato falso não que ela tenha o forjado.
Não se preocupe não. O desenlace da estória está por vir. Vamos saber quem forjou o extrato. E reitero, se for a Veja eu me retrato publicamente.
Retratar-se, verbo desconhecido da petralha.
Tentando justificar o injustificável. Cloves sabe que só se retratará daqui a décadas, caso o caso vá adiante (pela justiça suíça, claro).
Se até a Veja já reconheceu que errou, Quem é irretratável?
Olha só quem apareceu!!! O Croves!!! E todo constrangido, tentando justificar o injustificável!!! Peço desculpa a todos, mas não vou resistir: chupa crovão!!!!
Bom dia Companheiros,
é vamos ver se Romário faz o que é certo ou recua como todos no Brasil em virtude de falsas denuncias. A Ed. Abril já passou da realidade p o absurdo como todo o jornalismo, STF, MPF, MPE que fecha os olhos a verdade e prende delinquentes de 16 anos alegando que são criminosos perigosos. Será que são ou são órfão do Brasil? Vamos Senador Romário prove que é digno de ser um representante do povo.
Parceiro pegue o valor da indenização e doe para caridade!
Aí será um gol de placa!
"Não tinha razões para suspeitar".
Bom, por outro lado, fica a pergunta:
- O que se espera de um jornalismo (não criminoso)? Que cheque os fatos.
É o mesmo princípio da delação premiada. Só a fala não serve, deve vir acompanhada de outras provas.
Correto. Delação premiada é recurso de procurador e policial preguiçoso. Não investigam nada e querem tudo de bandeja, apesar dos altos salários. A vitória das delações premiadas é a vitória das confissões sob torturas que ocorrem diariamente nas delegacias do Brasil. Ou seja, métodos da ditadura, não da democracia. Estado policialesco não é estado democrático. O MP e o Judiciário pegaram o caminho mais fácil porque não há controle sobre eles.
Informe-se melhor, leia a lei que rege o combate ao crime organizado, lei 12.850/13, na qual prevê a delação ou melhor a colaboração premiada.
A de autoria de uma senadora petista em 2006 e sancionada pela própria Dilma em 2013. Lei que respeitou todos os trâmites democráticos e legais.
A colaboração é proposta nesses casos de lavagem de dinheiro o acusado só aceita se quiser.
Lembrando aos incautos, delaçao per si só não é prova, sendo válida apenas se elucidar positivamente os crimes apurados.
Então, não desinforme mais a patuleia.
Klaus,
vá sentar numa rola!
Falou e disse Joselito.
A publicação fascista só reconheceu o erro porque Romário partiu pra cima. Acharam que o cara iria aceitar passivamente o assassinato da própria reputação da mesma maneira que o PT aceita passivamente os assassinatos de reputação cometidos contra seus membros e do governo, como com a Erenice, por exemplo. Num jogo pesado destes não dá pra colocar coroinhas em campo (tipo Mercadante). Romário, baixinho, enfrentou zagueirões brucutus enormes, se fosse bobo como os petistas de SP ninguém nunca teria ouvido falar nele.
Esse lixo de "revista" só fez isso porque está acostumada a não ver reações naqueles a quem difama.
Onde está o processo da presidenta Dilma por causa das mentiras às vésperas das eleições?
Lula entrou com processo contra esse lixo e a resposta foi uma bomba em seu Instituto, solenemente ignorada pelo governador omisso que temos aqui em São Paulo, pela "grande imprensa" e pelo PSDB que financia essa porcaria de longa data.
Parabéns ao Romário pela rápida resposta e que ele prepare bem as suas costas, pois mafiosos dão um passo para trás a fim de apunhalá-lo quando você se descuidar.
Ok. Grande vitória.
Mas que tal falar sobre a ameaça de o TCU reprovar as contas da Dilma?
- Brito.
Ontem, o mesmo TCU que quer reprovar Dilma, com 17 anos de atraso, admite um prejuízo de R$ 3,4 bilhões com o Fonte Cindam. Note. Se o Marka for incluído, serão R$ 7,4 bilhões. Mais dois bi em multas. Mais multas à diretoria do BC.
Brito. DINHEIRO DO BANCO CENTRAL É PÚBLICO. Como FHC teve as contas fechadas com este rombo? O TCU contabiliza, portanto, um escândalo maior que a Lava-Jato. Escândalo porque o presidente do BC vendia informações ao mercado. Escândalo porque toda a diretoria do BC estava envolvida. Escândalo porque o ministro da Fazenda autorizou (a TV Globo mostrou) a operação que AGORA o TCU avalia em 7,4 BILHÕES. Escândalo porque o presidente do BC teve uma pena de 8 anos em cadeia fechada, assim como a diretoria do BC - e o processo caducou na segunda instância. Escândalo porque o dono do Marka, em vias de ser preso, teve seu passaporte devolvido - e fugiu para a Itália.
Escândalo porque os procuradores que tentaram investigar o presidente do BC foram chamados a Brasília e repreendidos pelo procurador geral. Escândalo porque o presidente tentou abafar o caso, dizendo que o presidente do BC tinha dinheiro por causa de uma herança (inexistente). Escândalo porque a PF achou um bilhete de corrupção assinado no cofre da sala do presidente do BC - na casa dele. Escândalo porque a imprensa só destacou os detalhes anos depois.
Escândalo que, apesar de ter tudo a ver com o nosso momento na política, a decisão do TCU foi comentada na seção de economia.
Escândalo porque os brasileiros pagaram este rombo. Mas o TCU tem a coragem de cobrar de dizer que foram os bancos socorridos os culpados por uma operação que emanou do Banco Central!
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/08/tcu-multa-banco-fontecindam-em-r-1-bilhao-por-operacao-irregular.html
Fernando,eu, tal como você, somos solenes admiradores dos heróicos jornalistas que resistem ao trote de boiada da imprensa nacional. A mesma imprensa sempre apoiou os governos antes de 2002. Depois que Lula assumiu os ventos viraram contra o governo. E a imprensa foi perdendo e continua perdendo a credibilidade. Não só. Ela arrastou consigo grande parte do Ministério Público e, pior ainda, do Supremo(STF), pois foi ditando o passos dos mesmos, e a nossa justiça está num lamaçal duvidoso. Quem ainda acredita na imprensa, no MP, no STF, depois do que temos visto e continuamos a ver diariamente?
A pergunta que não quer calar: o MP está envolvido no crime ou não?
Acho que sim. Carlinhos Cachoeira, também. Demótenes Torres, também.
É bom o baixinho ficar esperto porque na nota tem um parágrafo ameaçador: "A investigação desse episódio, no entanto, continuará sendo feita por VEJA.". Creio que o referido "espisódio" seja o Romário e não a publicação de documento falso.