Saldo comercial: as “lições” de quem não as pode dar, o PSDB

balanca

Os tucanos – e Aécio Neves, pessoalmente – “tiram onda” das dificuldades do Brasil em obter saldos mais expressivos na balança comercial.

Digo saldos mais expressivos porque, até agora, não houve déficit comercial no Brasil nos governos Lula e Dilma.

E os déficits foram crônicos durante o período FHC, como você pode ver no gráfico.

É lógico que Lula foi beneficiado por um contexto de alta dos preços das commodities – que tiveram alta muito expressiva entre 2005 e 2008 – mas também é igual verdade que o superavit continuou expressivo quando elas despencaram com a crise de 2008. Para que você tenha ideia, o Índice Dow Jones de Commodities – um mix de várias delas – caiu de 233 pontos em junho daquele ano para apenas 117 em dezembro/08.

Tombo pra ninguém botar defeito que, aqui, “marolou”.

Fernando Henrique só enfrentou desvalorização nestes preços no ano 2000.

A queda no saldo comercial brasileiro, que existia no governo Itamar e foi destroçado no do “Príncipe” foi função, até o “mundo mineral” do Mino Carta sabe, fruto de uma cotação fantasiosa do US$1 = R$ 1, o, o planeta mágico que Fernando Henrique criou.

A imprensa brasileira sabe disso, exceto os meninos e meninas que eles mandam cobrir coletivas, que não têm idade nem capacidade de compreender este processo e tratam números como se fossem o resultado de uma partida de futebol.

Como não têm capacidade de entender que o esforço do Brasil, na última década, foi o de abrir mercados e de fugir do impasse de trocas comerciais com dois grandes mercados – o americano e o europeu – afundados com a crise.

Diziam – e dizem – que o Brasil estava fazendo “caridade” ideológica com o Irã, com Cuba, com a África, com a Venezuela, quando Lula perambulava feito um mascate sedutor pelo mundo, abrindo caminhos diplomáticos para um relacionamento comercial crescente.

E mais: que o Brasil “fechou-se” ao mundo, por conta de uma política nacionalista obsoleta, populista, arcaica, quando as nossas trocas comerciais se expandiram a taxas incríveis de, na média 18% ao ano, em valor, de 2002 para cá.

Aos, números, pois, senhores, e chamemos Aécio Neves para conversar sobre eles.

PS. A propósito, o  índice de commodities, hoje, está bem pouco acima do “fundo do poço” que chegou em 2008: apenas 128 pontos.

ANO

exportação

importação

saldo

2013

242,178

239,617

2,561

2012

242,468

223,142

19,438

2011

256,041

226,251

29,790

2010

201,916

181,638

20,278

2009

152,252

127,637

24,615

2008

197,953

173,148

24,805

2007

160,649

120,620

40,039

2006

137,807

91,350

46,457

2005

118,309

73,545

44,764

2004

96,475

62,779

33,696

2003

73,084

48,283

24,801

2002

60,141

47,048

13,093

2001

58,223

55,581

2,642

2000

55,086

55,783

-0,697

1999

48,011

49,272

-1,261

1998

51,120

57,594

-6,474

1997

52,990

61,347

-8,357

1996

47,747

53,301

-5,554

1995

46,506

49,664

-3,158

1994

43,545

33,105

10,440

1993

38,597

25,659

12,938

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2 respostas

  1. Ontem o TRIO NOTURNO da Globo, destruiu o BRASIL economicamente,
    novamente, para eles o Brasil ainda está vivo, e é tratado
    como um monstro que não morre, mas eles acreditam em
    “tanto bato até que morre”.

  2. Como o próprio Fernando Brito já comentou é muito interessante não apenas analisar o saldo mas o quanto cresceu em volume de negócios nossas exportações e importações, teoricamente só importa que consegue vender….

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