Depois de Sérgio Moro dizer que “é prematura” a discussão sobre liberar a fuzilaria no campo, liberando armas de grosso calibre para os fazendeiros, agora é a vez da Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, apor suas ressalvas ao anúncio presidencial, dizendo que “não sabe” se é favorável à medida.
A segunda “escorregada” ministerial em apoiar o “faroeste caboclo” de Bolsonaro acaba dando um novo sentido ao que disse, há poucos dias, o ex-capitão:
-Eu não sou armamentista? Então ministro meu ou é armamentista ou fica em silêncio. É a regra do jogo.
Bem, Moro e Cristina, embora falando de forma amedrontada, não ficaram em silêncio, embora não tenham tido a coragem de dizer que são contrários.
Ninguém ache, porém que seja por um entendimento intransponível de que a violência não é a forma de convívio social.
É que ambos estão percebendo, em suas respectivas platéias, que a selvageria de Jair Bolsonaro está respingando sobre eles.
Que se cuidem, porque o ex-capitão não aceita senão os incondicionais e não é só aquela frase que o revela. Desde o expurgo de Gustavo Bebianno isto está claro.
Portanto, para além dos elogios públicos que faz a ambos, Jair Bolsonaro, nas suas entranhas, já pôs ambos em sua alça de mira.
O estímulo a que o Congresso retire de Moro o Coaf e o anúncio da liberação de armas no campo (prestigiando Nabhan Garcia, ex-UDR, secretário do Ministério da Agricultura) é sinal disso.
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Frase da semana, não lembro de quem:
"O Brasil, quando chegar ao fundo do poço, descobrirá um alçapão. E, com certeza, alguém vai abri-lo."
É o apocalipse tupiniquim!
Deve ter muitos ministros se perguntado agora onde foram amarrar suas mulas
Só ministros? E os pobres, pretos, aposentados e gays que votaram nele?
A sociedade não está percebendo o absurdo em que se transformou o Brasil?
Soltaram o monstro do fascismo para tirar a esquerda do poder e deu no que deu: elegeram Bolsonaro.
Agora, estão relativizando os absurdos que ele está fazendo, como se fosse fácil tirá-lo do poder, assim que essa deforma da previdência criminosa fosse aprovada.
Mas as coisas podem acabar fugindo do controle novamente.
Do jeito que vai, o genocídio nazista vai ser superado pelo genocídio da população brasileira, perpetrado pelos psicopatas da extrema direita.
E quando a bomba explodir, vai atingir todos, ricos, pobres, brancos, pretos, vermelhos, amarelos, pardos. A guerra não poupa ninguém.
O triste é que a cada substituição de ministro, por incrível que pareça, vem outro pior.
A morte continua e pouco difundida de líderes dos pequenos agricultores acontece sem a "liberação" das armas.
Assim que estas forem legalmente aceitas,assim como a cobertura jurídica à matança ,estaremos sendo testemunhas de um genocídio brutal no campo.
Até onde chega a INSANIDADE DESTE INFELIZ OU A NOSSA TOLERÂNCIA COM ELE??A primeira parece infinita ,a segunda lamentavelmente ,também.
Pois é. Pior do que a insanidade dele é a tolerância (até aceitação) pelos brasileiros!
Foda-se o DESGOVERNO do BOLSOBOSTA.
Não é possível q as "sumidades" não soubessem onde estavam se metendo. E depois tem gente q pensa q burro é o "povo" q não soube votar.
Moro sem poder, e ainda por cima vendo seu desgaste crescer exponencialmente. O episódio de rejeição de New York a seu patrão deve tê-lo deixado de cabelo em pé. Ele, Moro, que sempre pensou em ser recebido em NY como um herói, agora vai ser recebido como sendo o principal auxiliar de um dos homens mais explicitamente rejeitados daquela cidade. Galinha que se acompanha com pato morre afogada.
Moro sem poder, e ainda por cima vendo seu desgaste crescer exponencialmente. O episódio de rejeição de New York a seu patrão deve tê-lo deixado de cabelo em pé. Ele, Moro, que sempre pensou em ser recebido em NY como um herói, agora vai ser recebido como sendo o principal auxiliar de um dos homens mais explicitamente rejeitados por aquela cidade. Considerado como sendo "perigoso" por seu próprio prefeito. Galinha que se acompanha com pato morre afogada.
O garoto propaganda da Taurus virou a vergonha nacional onde quer que vá, o que quer que fale. Que vergonha! Que horror!