Será que o rejuste espera o ‘desconto’?

O preço do petróleo subiu (neste momento, perto de R$125 o barril tipo Brent, ante US$ 113 no dia 1° de junho). O dólar, idem.

Como não se vai mudar a política de paridade de preços, a regra de três é clara.

Hoje, o Estadão já publica as contas: os importadores de combustível reclamam de um “prejuízo” de R$ 0,82 por litro de gasolina e de R$ 0,95 no de diesel.

Isso, na média, porque a Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada ao fundo Mubalada, de Dubai, já aumentou os preços da gasolina em torno dos 5% e do diesel entre 7,8% e 7,9%.

Considerando só as refinarias ainda da Petrobras, a defasagem é ainda maior: 20% na gasolina e 19% no diesel.

Suficientes para “comer”a redução anunciada com o ICMS e mais um pouco.

Sem contar o que, claro, as transportadoras e os postos – com suas margens de lucro apertadas – vão tirar de qualquer redução de impostos.

Por isso Arthur Lira está correndo para referendar o projeto já aprovado a toque de caixa no Senado, para que o “desconto” chegue antes do reajuste de preços.

É tudo feito em cima das coxas, embora envolva dezenas de bilhões de reais em dinheiro público.

Isso, é claro, funciona como qualquer gambiarra: mal e por pouco tempo.

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