Complementando o post anterior, sobre a retração da economia e o que se disse ontem sobre estarmos caminhando para uma situação de recessão, os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços em setembro, como ocorreu na atividade do comércio, caiu muito além do que previam os agentes econômicos.
Una baixa de 0,6%, enquanto os operadores da economia previam alta de 0,5% é mais que a diferença entre os números. É uma mudança de clima, que se acentuou em outubro e não parece melhor nestes dias de novembro.
Ainda é o suficiente para o setor acumular crescimento – 6,8% em 12 meses e 3% no trimestre – mas não para anular a tendência de queda forte, quando começarem a sair do acumulado os índices que subiram forte no final do ano passado, quando se soltou a demanda reprimida da primeira onda da pandemia.
Não é um cenário que vá passar, embora possa haver uma pequena queda da inflação, se o regime de chuvas ajudar os reservatórios e o petróleo não subir mais no mercado internacional.
Teremos um primeiro semestre de 22 – já a fase de campanha eleitoral aberta – de queda na renda, no emprego e na atividade econômica.
E de corrosão contínua da popularidade do ex-Mito.
Portanto, não esperem que a calmaria momentânea de Jair Bolsonaro vá continuar. Ele precisará compensar sua inépcia com agitação.