Strauss-Kahn, as orgias, o FMI e a Petrobras

khan

Está se realizando, na França, o julgamento do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, acusado de cafetinagem, que veio à tona  após o rumoroso caso da tentativa de violação de uma camareira nos Estados Unidos.

Khan nega as acusações de cafetinagem e diz que apenas participava – quatro vezes por ano – de orgias, junto com a nata do empresariado mundial.

Diz, em sua própria defesa, que “estava ocupado, salvando o mundo durante a crise financeira”.

Perdoem-me, mas não é o FMI o supra-sumo da governança corporativa mundial?

Não é ele quem dita, inclusive, as regras pelas quais infelizes países, como o Brasil de FHC e a Grécia, agora, devem ser governados.

E as “figuras do empresariado internacional”, também não estavam ali exercendo a “austeridade”  que apregoam, pagando modestamente (apenas 900 euros, cada) às meninas  que se prostituíam, enquanto, salvavam o mundo demitindo aos milhares os trabalhadores?

Pelas teorias da mídia brasileira, Khan era um indicado pelos governos da Europa e dos EUA, não é?

Não era uma alta figura do Partido Socialista Francês, liderando a ala neoliberal, pré-candidato a Presidente?

Não se tem notícia de que o FMI tenha sido abalado por isso.

E não se diga que os delitos de Khan eram apenas de “comportamento pessoal”, porque antes de sua ascensão ao FMI enfrentou outros, de natureza financeira, dos quais foi absolvido por falta de provas.

Mas aqui, bastaria que Khan apontasse as negociatas envolvendo os países que o FMI punha contra a parede e estaria na situação de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.

E ajudasse a destruir o FMI, como se faz com a Petrobras.

Mas, como lá eles sabem bem o que lhes interessa, Khan vai à fogueira moral sem apelação.

E o FMI segue, sem sequelas, fazendo o que tem de fazer: controlar e policiar a “moralidade” do mundo.

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7 respostas

  1. O filme, “Bem-vindo a Nova York”, de Abel Ferrara, com Gérard Depardieu e Jacqueline Bisset no elenco, aborda de forma crua essa estória de Strauss-Khan, com abundância de cenas “pornô-chic”, onde as mulheres de bem formadas fisicamente, são excelências, intertrepando maravilhosamente com homens deformados de corpo e alma, Depardieu de corpo e Khan de alma (Devereaux no filme).

  2. Aqui se reúne uma turma de notáveis e alguns medíocres como eu mesmo, bela lembrança do Francisco ai em cima.

    Bem , voltando ao Brasil, notícias ruins não faltam, essa do Cardozo dar entrevista a VEJA é prova mais que contundente que não há comando no País, nossa presidencia está vaga.

    Cunha presidindo a câmara dos comuns e Calheiros na dos lordes é pra arrebentar qualquer governo, tudo isso por causa do que ainda move o mundo e que foi responsável pelas principais guerra com a participação dos EUA pós Vietnam, PETRÓLEO meus caros, este é o motivo pelo qual querem apear do poder a Dilma e o PT.

    O Império quer nosso petróleo e para isso destruir a Petrobras e o PT é a senha para o sucesso, aliados não faltam inclusive a própria postura atabalhoada de Dilma e de seus palacianos.

    Quem se ferra ? O povo que terá o des-governo tucano que merece, desemprego, juros altos, empobrecimento, enfim a escravidão enquanto a mídia dirá todo o dia que o País está no rumo certo.

    1. Perdão pela falta de pausas , meu computador está como o Governo Dilma, precisando de uma reforma ou um grande baque na parede antes de ir pro lixo.

      Pra não restar dúvida , notável o post do notável Francisco.

  3. Straus Khan foi fuxdido, sorry fodido, porque iria denunciar que o ouro em Fort Knox não existe. Ao que tudo indica é o “ouro dos tolos” que sustenta o dólar…

  4. Fernando.

    Não se esqueça que a substituta dele no FMI, Sra. Lagarde, tem problemas com a justiça francesa sobre a dívida da L’Oreal. Ela era ministra da Fazenda no governo
    Sarkozi

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