Suspensão das demissões é vitória temporária dos petroleiros

A decisão da desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região, no Paraná, suspendendo até o dia 6 de março a demissão de perto de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes, na cidade de Araucária, foi uma imensa vitória.

Depois de 18 dias de greve, com crescente adesão, mas com ameaça de demissão, desconto dos dias parados (na prática, todo o mês de fevereiro) e a brutal atuação do ministro Ives Gandra, colocando o movimento na ilegalidade, seria um sacrifício brutal para a categoria manter o movimento, ainda mais nas escalas de plantão e turnos próprias do Carnaval.

Durante todo o movimento, os petroleiros foram sábios em resistir às provocações e fugir do que era o plano do governo: colocar contra eles a situação e ameaça ao fornecimento de combustíveis.

A luta sindical no Brasil, hoje – e mais ainda na Petrobras – é de resistência, a de ganhar tempo até que chegue ao fim esta onda de desmonte do patrimônio nacional.

Daqui a 15 dias, a categoria estará mais forte e pronta para fazer, como fez, sentir o peso de quem move a maior empresa o Brasil.

 

 

Fernando Brito:

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  • Quem sabe os do Banco do Brasil e da Caixa Econômica também não acordem. Por hora eles ainda estão se comportando como os judeus na plataforma de embarque para Auschwitz, ainda acreditando que vão apenas pegar o trem para algum belo local de trabalho no Leste.

  • Devagar com o entusiasmo. Suspensão de audiências é praxe no TJT. Ainda mais em véspera de carnaval. Suspender demissões, por outro lado, não é o mesmo que anulação.

    A luta é para impedir o fechamento de uma unidade de produção de fertilizantes, única na AL, essencial para a nossa soberania. Pois compostos nitrogenados são também utilizados na industria bélica para fabricar explosivos.

    Isso sequer será discutido em um tribunal da justiça do trabalho. Nada foi ganho ainda. Pelo contrário, há risco de uma derrota se os trabalhadores paralisarem a greve nacional por promessas vãs de apenas manter negociações. Pois é isso que exige o TJT-PR para a continuidade das audiências, que a FUP pare a greve nacional.

    A luta da FUP é pelo fim das privatizações e desmantelamento da Petrobras e recuperar nossas reservas de pré-sal.

    Se os petroleiros se contentarem em negociar o aumento das verbas rescisórias, e não fincarem pé contra o fechamento da empresa, será uma derrota.

    E é isso que parece que está sendo defendido pelo sindicato dos químicos do PR.

    Já vi esse filme antes, não esperem muito desses dirigentes. Eles tem um perfil mais pelego que revolucionário.

    • não fale bobagem, a luta é e sempre foi por empregos...fácil falar de fora do que não sabe...

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