Suspensão de vacina de Oxford exige investigação

A Espanha acaba de de se juntar à França, Alemanha, Itália e outros 14 países para interromper o uso das vacinas Oxford/AstraZeneca pelo registro de efeitos inesperados ocorridos na Dinamarca e Áustria.

A situação é mais preocupante porque a União Europeia também está, como nós, desesperada por vacinas, com seu cronograma de imunização muito atrasado.

A notícia deve ser recebida com cautela, até porque tanto a Organização Mundial da Saúde quanto a Agência Europeia de Medicamentos continuam autorizando seu uso, alegando que os riscos são minúsculos diante do benefício da imunização contra a Covid 19.

E cautela, neste momento, é ampliar o leque de vacinas disponíveis para o país, de modo que alguma situação grave que se confirme com a vacina anglo-sueca não represente um golpe mortal no Programa Nacional de Imunização, já cambaleante.

A Fiocruz, envasadora agora e, possivelmente, logo produtora da vacina no Brasil tem todas as condições técnicas de acompanhar as investigações que se dão na Europa e os testes em larga escala que estão sendo realizados nos Estados Unidos, supervisionados pelo FDA, cujos resultados são prometidos para até o final do mês.

É provável – tomara! – que os eventos adversos – relacionados a possível surgimento de coágulos sanguíneos em pessoas recentemente vacinadas – nada tenham a ver com a vacina.

Aguarda-se da Fiocruz uma postura ativa na questão, por tudo o que ela representa em capacidade e tradição. Precisamos que ela saia de seu mutismo, fechada nas dificuldades que enfrenta na produção da vacina, e dê aos brasileiros a certeza de que, acima do fato de ter se tornado uma “fabricante” de vacinas é uma formuladora de soluções de saúde.

Vacina não é um produto, é um insumo da saúde da população.

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