“Todo o poder emana do Moro e em seu nome será exercido”?

Lá está, na manchete do Estadão:”Moro vê resultado da eleição como risco à Lava Jato“.

O resultado da eleição – quando ela é livre – é a consagração do que está dito na primeira lei a que o Doutor Todo-Poderoso acha que não vem ao caso: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Do alto de sua arrogância autoritária, diz que o país precisa do ““do exemplo de lideranças honestas”. Honestas, claro, na visão dele.

Quem sabe, dá exemplo de “liderança honesta” o sujeito que compra vias públicas para anexar à sua mansão, como o furioso com que a toda hora Moro posa para fotos?

Será exemplo de “liderança honesta” um juiz, convertido que se acha em “herói nacional” receber “auxílio” de verbas públicas para morar num apartamento que é seu, próprio?

Ou sair do recolhimento de sua função para “badalar” pelos salões daqui e do mundo, em eventos que só raramente são jurídicos, “marquetando” sua própria figura?

Ou aqueles que dão a sorte de contar com a leniência da Justiça e assistem as denúncias contra eles perambularem de tribunal em tribunal, cada qual dizendo que “não é comigo”, como Geraldo Alckmin, Beto Richa, Aécio Neves?

Liderança honesta, Dr. Moro, é aquela que recusa usar seu poder discricionário para interferir no resultado das eleições.

E que, desejando nelas influir, despe a armadura da toga que o protege e desce ao campo da política sem ela, para enfrentar seus adversários com a espada do voto e não com o aviltamento de usar o poder legal como sua arma.

Do contrário, seu poder será sempre o de delegado “da roça”, que não pode ser confrontado e se acha no direito de que todos o obedeçam e ninguém questione seus atos.

Precisamos, sim, de leis que impeçam abusos e, em matéria de corrupção, estamos cheios delas, sem melhores efeitos.

Mas há outros tipos de abuso, como o de pessoas que, investidas do poder de Estado, querem escolher como e quem o povo pode escolher em eleições.

O dos que roubam um valor imenso, superior, aquele que nos dá o estágio de civilizados: a liberdade e a soberania do povo.

 

Fernando Brito:

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  • SEM DÚVIDA O GRAU DE DEMÊNCIA E IMORALIDADE DESTE SUJEITO MEGALOMANÍACO, CONTINUA A CRESCER NOS BRAÇOS DAS MÁFIAS QUE O USAM PARA PERPETRAR O ROUBO DO BRASIL.
    ESTE CRIMINOSO JÁ DEVERIA ESTAR PRESO ,MAS NÃO ESCAPARÁ DISTO CASO OS BRASILEIROS TENHAM APRENDIDO A LIÇÃO.
    SAUDADES DA JUSTIÇA POPULAR DOS 60/70 ,QUANTA SAUDADE!!!!!

  • Sérgio Moro, o arrogante e midiático senhor feudal da Constituição brasileira, aquele que fala mais à mídia, do que nos processos que deveria julgar, perde por completo o decoro inerente a um juiz, interfere no processo eleitoral e faz chantagem rasteira com o(a)s brasileiro(a)s. Ah, o CNJ e o STF? Encontram-se em berço esplêndido sob a coberta da omissão corporativa. #MoroEALeiEEstamosConversados

  • Liderança honesta não vai aos EUA treinar e receber orientações para afundar o próprio País. Não vai aos EUA treinar e receber a cartilha para afundar a política, a economia e o bem-estar social do País. O único juiz do brazil sabe que existe a maior liderança honesta do País se chama LULA, sabe e tem provas disso. Mas o dever de ofício com os americanos e a sua sabujice, ao contrário do que ele prega, puseram essa liderança honesta na cadeia, para impedir seu retorno ao poder central do País, e fazer o Brasil retomar o caminho da ALTIVEZ, DO DESENVOLVIMENTO, DA REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES, DA ECONOMIA FORTE INTERNA E EXTERNAMENTE. Como já disseram, o dotô não passa de um homem público NANICO, a exemplo dos que ele protege.

  • Moro é um salafrário e um grandessíssimo filho de uma puta !
    Vagabundo desgraçado !

  • PERFEITO: "O resultado da eleição – quando ela é livre – é a consagração do que está dito na primeira lei a que o Doutor Todo-Poderoso acha que não vem ao caso: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
    Do alto de sua arrogância autoritária, diz que o país precisa do ““do exemplo de lideranças honestas” . Honestas, claro, na visão dele.
    Quem sabe, dá exemplo de “liderança honesta” o sujeito que compra vias públicas para anexar à sua mansão, como o furioso com que a toda hora Moro posa para fotos?"

  • Esse cara já encheu o saco com sua lava jato. Destruiu a economia, é responsável por milhões de desempregados, ajudou no golpe, desacreditou o Judiciário, não respeita a Constituição, enfim, tem tantos predicados que se considera um santo e toca a falar asneiras na mídia que o protege. Solta ele num debate público para ver se sai bem. Já entrou na História pela porta dos fundos. Falso moralista.

  • Liderança honesta, Dr. Moro, é aquela que finge não saber sobre um cara chamado Tacla Duran, que foi viver na Espanha para se livrar de achaques de seu padrinho de casamento e amigo íntimo da família, que negocia delações em troca de muitos dólares para diminuir a pena e dizer o que o MPF quer.

  • "EM DEPOIMENTO, DOLEIRO DIZ QUE YOUSSEF TRABALHOU PARA CABEÇA BRANCA, O EMBAIXADOR DO TRÁFICO."
    UOL traz hoje uma manchete com esse título.

    Foi o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, quem, na Operação Dominó, deflagrada em maio, quando prendeu uma rede de doleiros, denunciou Youssef.
    Segundo a Justiça, a ser confirmada a denúncia, Youssef que está de folga, livre e solto, poderá voltar à prisão Agora, pensando bem, isso só aconteceria se Moro deixasse, afinal, esse cara, que nunca poderia ter delinquido de novo, se a justiça tivesse sido feita, foi beneficiado pelo inimigo mortal de Lula pra ser apenas mais um herói, como fora um dia Roberto Jefferson.
    Mexer com o que Moro já sacramentou, como vimos no HC concedido a Lula por Favreto, pode ser mais uma coisa feia que a justiça brasileira virá a fazer.

  • Resultados práticos da Farsa a Jato:

    1) Envenenamento do clima político do país (particularmente com a divulgação criminosa do áudio) que resultou num impeachment por motivo fajuto e consolidação de uma quadrilha criminosa no poder, que impõe de forma ilegítima um programa de governo que não foi vencedor nas urnas;

    2) Destruição de setores da economia com grande geração de desempregados (em particular, a construção naval);

    3) O único político de expressão encarcerado é justamente o que lidera as pesquisas de intenções de voto - e que foi preso num processo sem provas, mas com muita convicção, com tramitação célere e unanimidade até na dosimetria da pena. Os outros, com evidências bem maiores de delitos, livres, leves, soltos e não vêm ao caso - alguns até tiram fotos sorrindo ao lado do juiz "super-herói" da Marvel, digo, da Globo.

    Moro, VTNC!

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