José Roberto de Toledo, o melhor analista de pesquisas da grande mídia, logo será chamado a analisar a devastação das últimas moitas de aceitação de Michel Temer como governante. Mas, antes disso, publica hoje, no Estadão, artigo onde dá forma ao que é uma sensação geral: as “reformas” temeristas não têm como prosseguir no Congresso.
Com ele ou sem ele.
Separei um trecho absolutamente claro:
Antes de os comuns mortais descobrirem que Joesley não é um erro ortográfico, aprovar as reformas de Temer no Congresso já havia custado aos cofres públicos entre R$ 60 e R$ 160 bilhões, dependendo de quem faz e como faz o levantamento. Esse dinheiro foi gasto em isenções, perdões, inclusões e refinanciamentos para os lobbies dos grupos de pressão – aqueles que gritam mais alto, ou que sussurram as palavras certas às pessoas que mandam.
Quanto vai custar agora, depois de as gravações e malas de dinheiro inundarem o noticiário e as timelines? Mais importante: quem vai pagar a fatura? Se as reformas já eram impopulares antes do escândalo, tentar colocá-las em votação nessa conjuntura custará muito mais caro, pois o risco de se alinhar ao governo para aprová-las estará multiplicado muitas vezes.
Além do preço tem o prazo. Nem nos mais molhados sonhos dos líderes governistas se vislumbra uma retomada imediata das votações das reformas. Quanto mais demorarem, mais improváveis.
Seja qual for o desdobramento – e a velocidade – do estertor do atual ocupante do Planalto, a pauta do “mercado” ficou inapelavelmente marcada com o “estigma Temer”. É impossível que qualquer solução não-eleitoral dê a um governante provisório capacidade de levá-las adiante.
Qualquer que seja ele, não pode se apresentar megalômano como se apresento o “ponte para o futuro”. Só será capaz de manter-se se proclamar que sua missão é a normalização da política e a preparação do processo eleitoral. A legitimidade que puder alcançar dependerá, exclusivamente, de proclamar-se transitório e comprometido com a convocação de eleições diretas.
14 respostas
Nao é credivel “É impossível que qualquer solução não-eleitoral dê a um governante provisório capacidade de levá-las adiante”. Basta a grande midia decretar que é para fazer, que se faz! Ou está ela agora a pedir eleições diretas? claro que não… ha o risco do povo esse monstro ignorante
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-do-boi/joao-doria-jr-lide-industria-wesley-batista-presidente-jbs/
2013–
João Doria Jr, presidente do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, acaba de lançar o LIDE Indústria e para comandá-lo convidou Wesley Batista, presidente do JBS.
Batista também irá integrar o Comitê de Gestão do LIDE. O novo braço do grupo nasce com a meta de unir os empresários do País em prol do avanço da indústria brasileira e mantê-la mais competitiva e diversificada.
O LIDE Indústria luta pela reindustrialização do País, a fim de que a indústria de transformação, nos setores mais competitivos, volte a exercer papel de liderança no desenvolvimento nacional. Segundo Wesley Batista, “não podemos mais continuar perdendo tempo com barreiras que atrapalhem o nosso avanço”.
“Wesley chega para inspirar os principais líderes empresariais do País e do LIDE Indústria que tem como desafio melhorar o delicado quadro da indústria brasileira”, concluiu Doria.
Fonte: Assessoria de imprensa do Grupo Lide.
Tem mais gente defendendo a permanência de Temer. A Record, ontem, no Domingo Espetacular, fez reportagem longa dizendo, entre outras coisas, que a JBS cresceu e muito nos governos Lula e Dilma (isso foi falado mais de uma vez); que a perícia feita nos áudios pelo perito contratado pela Folha provocou uma reviravolta. Espinafrou o Joesley , o que não é difícil de fazer, parecendo, porém, que com a intenção de defender Temer.
E o que me deixa mais injuriado é ver que toda essas barbaridades acontecem em um programa cujo âncora é Paulo Henrique Amorim.
Nunca vi esse programa mas o pha não é confiável. É preciso ficar esperto.
Não é responsável pela produção do programa.
Eu estou começando a achar que vai dar certo essas chapas que a Globo quer no golpe 2: Sandy Júnior,Leonardo e Eduardo Costa ou Sérgio Irineu Moro e Edson Arantes.
Noblat e Merval sugeriram também Alexandre Frota e Eliane Cantanhêde ou Alexandre Frota e Ana Paula Padrão.
Márcio Garcia e Angélica e César Filho e Angélica não agrada ao Mercado.
Link do texto de Fernando Horta imperdível e complementar a tua reflexão FB. Mostra a urgência de recuperar a política e prestar atenção no processo fascista que vivemos. As redes sociais (Faceburro na linha de frente) são obviamente o terreno fértil mais evidente do empoderamento das “bestas-feras” assim classificadas pelo autor (GGN) …
http://jornalggn.com.br/blog/blogfernando/o-fascismo-nosso-de-cada-dia-ou-quem-sera-comido-primeiro-por-fernando-horta
Cleiton Souza, tb concordo plenamente com tua analise sobre a Magnifica Dilma !
“Ponte para o futuro” inferno do País.
Já está claro que Nelson Jobim é o nome que reuniria as condições para o mandato tampão. Resta saber se ele se disporá a queimar sua biografia para atropelar o povo e impor as “reformas temeristas”.
Custo a acreditar que Jobim aceitaria o papel de lacaio dos marinhos, mas, em nossa realidade fantástica que desafia a mais criativa ficção, nem vendo se consegue crer.
Para muitos, uma semana com faixa diagonal verde-amarela já é o bastante para vender a própria alma, e o amanhã não importa.
Tudo muito precoce….
Afirmar q a reforma da previdência está morta é ingenuidade….
Nenhum nome por via indireta pode ser aceito, é o plano B da “Gloebbels”. Somente um nome por via direta terá as condições de enfrentar os desafios da retomada da democracia.