O navio aí da foto é o José Alencar, que partiu hoje de manhã do Estaleiro Mauá, em Niterói, para receber a sua primeira carga de 50 mil toneladas de nafta no Terminal de Olho D´Água, no fundo da Baía de Guanabara, e levá-la até o Terminal Marítimo Almirante Barroso, em São Sebastião, São Paulo.
É o sexto navio do Programa de Modernização da frota da Transpetro – subsidiária da Petrobras. Já entraram em operação os navios de produtos gêmeos do José Alencar, o Celso Furtado,o Sérgio Buarque de Holanda e oRômulo Almeida, entregues pelo Estaleiro Mauá, de Niterói (RJ), e os petroleiros João Cândido e Zumbi dos Palmares, construídos pelo EAS, em Ipojuca (PE). Até março vai operar o Dragão do Mar, outro petroleiro.
Antes das encomendas da Petrobras, no final de 2004, o Brasil tinha ficado quase 15 anos sem construir sequer um navio de grande porte.
Agora, ainda há outros 12 em construção, metade deles prevista para operar ao longo deste ano.
E hoje mesmo o presidente da Transpetro, Sergio Machado,anunciou o início da construção de mais oito navios de produtos no Rio, com investimentos de R$ 1,4 bilhão e conteúdo nacional acima dos 65% praticados até agora.
A indústria naval do Rio, que já foi a cabeça do segundo maior parque produtor de navios do mundo, ressurgiu definitivamente.
Nunca mais, nunca mais a Baía de Guanabara será um cemitério de estaleiros e velhos navios-fantasmas.
8 respostas
NUNCA DANTES!!!
Nunca Mais!!!!!
Agora DILMA!!!!
Olá, Fernando!
Hoje, na Ponte Rio-Niterói, na vinda para o trabalho na cidade do Rio avistei o navio-plataforma Cidade de Ilhabela citado por você no outro post. Uma maravilha! Imponente. De tão grande e próximo da ponte parecia que poderia “colidir” com ela em qualquer momento. Bem me lembro de quando morava em São Gonçalo e estudava em Niterói e a indústria na Naval “fervilhava” de operários na orla de Niterói. Os ônibus que vinham lotados da cidade-dormitório se esvaziavam no Barreto até a Ponta da Areia. Gostava de sentar na janela para acompanhar passo-a-passo, diariamente, a evolução da montagem dos navios no estaleiro EBIN localizado próximo a via até a sua liberação definitiva ao mar. Depois sobreveio a crise nos Governos Collor/Itamar/FHC e tudo virou uma imensa tristeza. A pujante Indústria Naval quebrou e veio o desemprego em massa dos metalúrgicos. A orla parecia uma “cidade fantasma” com seus navios abandonados. Os ônibus já não circulavam mais “lotados” de operários. Aliás, dizem alguns que foi naquele período que muitos migraram para o comércio informal, ou seja, viraram nossos populares camelôs, nas ruas do centro de Niterói, São Gonçalo e do Rio de Janeiro. Aí veio o Lula e determinou que a Petrobras fizesse suas encomendas nos estaleiros nacionais e a Indústria Naval aqui renasceu. Me parece mais pujante e poderosa do que antes. Hoje, muitos operários já seguem em seus próprios carros para o trabalho congestionando o trânsito, mas aí já outra história…Dias trás ouvi num destes debates televisivos o representante da ABIMAQ(Associação Brasileira da Indústria de Maquinas) resmungar que a tal exigência de percentual de “conteúdo majoritariamente nacional”, na verdade, transformou quase todos os estaleiros em “meros soldadores” de peças. Que a tecnologia embarcada não agregava substancial conteúdo nacional. Será verdade? Você poderia nos escrever algo sobre isso?
Há mais de cem anos o Brasil fabrica navios, portanto tem conhecimento de causa, no entanto no caso das plataformas, inclusive parte da mão de obra é importada, mas gera emprego aqui e a tecnologia vai se absorvendo aos poucos.
É uma pena que a presidenta não divulga os feito deste governo. Melhora essa comunicação Dilma.
Aqui em PE as obras federais são creditadas na conta do governador Eduardo Campos. A falta de comunicação do governo Dilma impede que o Brasil e os brasileiros saibam o que está acontecendo no país. O PIG como sempre vai omitir essa informação.
Observação: o nome do navio é José Alencar, sem o “de”. Quer dizer, o homenageado é o ex-vice-presidente, não o escritor.
Toda a razão, o “de” veio de minha memória remota…Corrigido, obrigado
Nunca mais??
Não subestime o poder “neoliberal”.