Voltamos à velha guerra da manipulação.
A imprensa puxa a corda do arrocho, da recessão, dos cortes, e a sociedade puxa do outro, do aumento dos investimentos públicos, para reativar o crescimento.
Suponho que há excessos de ambos os lados, mas sobretudo do lado de lá, do arrocho.
A Folha publica matéria falando que “União perderá R$ 59 bi com negociação”. Ela se refere à medida aprovada semana passada no Congresso, para reduzir os juros das dívidas que estados e municípios pagam à União.
Como eu gosto de repetir: não existe melhor maneira de contar uma mentira do que dar-lhe fumos de verdade.
Basta ler a matéria com um pouco de senso crítico.
Em 2015, o impacto da renegociação, para os cofres da União, será de apenas R$ 1 bilhão.
R$ 1 bilhão de impacto fiscal, que poderia entrar ou não via pagamento de juros por parte de estados e municípios.
Entretanto, como a renegociação permitirá aos estados e municípios recuperarem parte de sua capacidade de investir, haverá retomada de crescimento e, portanto, aumento da arrecadação.
Ou seja, a “perda” de R$ 1 bilhão será neutralizada com aumento dos investimentos dos estados e municípios.
Não haverá perda nenhuma.
Ao contrário, estados e municípios ganham espaço para investir.
A União ganha com arrecadação maior.
E o povo, naturalmente, é quem ganha mais, porque os recursos públicos, ao invés de serem sorvidos no ralo sem fundo dos juros, poderão ser investidos em obras e serviços.
8 respostas
Não é só isso, meu querido. Os juros atuais cobrados da União aos Estados estavam leoninamente indexados. A União apenas admitiu isso num lento acordo que levou anos. O comportamento dos indexadores fixados não tiveram o desempenho esperado pelos contratantes, ou se previu mal. Os estados estão quase todos de pires na mão. Esse episódio foi um capítulo importante mas cotidiano de convivência federativa. É que a carência de jornais pelo sensacional termina por corromper o teor das notícias para enche-las de tempero duvidoso. Mas é algo de certa forma prosaico. União não perde nada, União passa receber com justeza pelas dívidas contratadas e todos saem ganhando que os estados ganham vitamina nos investimentos.
“Entretanto, como a renegociação permitirá aos estados e municípios recuperarem parte de sua capacidade de investir, haverá retomada de crescimento e, portanto, aumento da arrecadação.”
Verdade!
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É isso. É essa a relação que não querem que o País entenda. Por isso irão às raias do absurdo, sempre.
Relação “custo-benefício” é elemento de análise que convenientemente foi suprimido do universo retórico do PiG. É a insustentabilidade do tão amplamente divulgado discurso da sustentabilidade.
Bom, tinha entendido até onde as prefeituras iam ganhar.
Eu acho esta tal de economia um tanto que complicado.
E o GOVERNO, não sabe falar igual a LULA, o rei da cominucação.
Não sabem falar para o POVÂO.
Depois tem que se estribuchar nos palanques.
Fale simples com o POVO, converse…e não mande o Ministro falar.
È nesta hora que o TIRIRICA conversaria melhor..
Exemplificaria como se fosse uma casa, onde o pai é o presidente.
Isto mataria a MIDIA, que não sabe falar…
Ou vocês pensam que eu entendo tudo o que voces falam.
Aqueles JOVENS da eleições de DILMA, conversaria melhor.
Substituam as propagandas da Petro, correios BB, Caixa, por
eles..
Boa Renato. Na veia da coisa feia, estúpida, degradante e complicadíssima desde o vergonhoso e trágico 64. Desde a implantação do tal cavalo de troia midiático.
Primeiro náo se trata do ente União contra estados e/ou municípios e sim banqueiros/ricos que se apropriam dos títulos da dívida pública.
Na verdade, é o contrário, pagou-se muito mais do que se devia, logo, muitos estados e municípios é que deveriam receber o que pagaram a mais. Especialmente o estado do RS e a cidade de São Paulo.