Vamos abrir! Abrir covas…

Dez dias atrás, este blog tocou na evidência – nenhuma adivinhação que não fosse obviedade – de que as mortes pelo Covid-19 no Brasil seriam à base de mil por dia.

Chegaremos a isso e um pouco mais, amanhã, quando fechar-se a semana epidemiológica a que numeram como 22, acima da média das 900 mortes diárias da semana anterior.

Mas isso não é o pico.

Porque é enorme a expansão dos casos de contágio, dos quais ao menos 6% se tornarão, amanhã, cadáveres.

Estes eram 16.286 por dia na semana passada e agora, com esta semana a um dia de terminar, subiram a 19.600 e devem passar de 21 mil com os dados de amanhã.

Ninguém fala a verdade com todas as letras: com atual taxa de letalidade de hoje, que é de 6%, segundo os dados oficiais, significa que 1.615 pessoas morrerão só entre os que se descobriram contaminados hoje.

Mas estamos discutindo liberação do comércio, abertura de shoppings e academias de ginástica, numa grotesca vitória da morte, que se pode ver numa curva que, em lugar de se achatar, agudiza-se.

Infecções e mortes, durante este maio de morte, multiplicaram-se por cinco, e chegarão, no dia 31, a 500 mil e 30 mil, respectivamente. Faça a conta, mantendo esta velocidade, e atinja a inacreditável marca de 2,5 milhões de infectados e 150 mil corpos sem vida no final de junho.

E daí?

 

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5 respostas

  1. Sentindo que o fim está próximo, querem vender a Eletrobrás nem que seja ao homem do prego por um milésimo do preço. Alguém precisa mandar fechar o aeroporto.

  2. Há tempos que você, caro Fernando Brito , vem alertando quase que diariamente a TODOS seus leitores, suas projeções sobre a pandemia .
    Nós, leitores responsáveis, somos testemunhas do seu esforço para tentar minimizar esses tristes números , dentro das suas possibilidades.
    Agora só nos resta o choro e a indescritível TRISTEZA.

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