X – 10 “ministérios” igual a nada. A “conta de chegar” que o governo faz com atraso

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A criação de Ministérios, em qualquer Governo, é um gesto mais político do que administrativo.

São criados para sinalizar a importância que um tema tem em determinada gestão.

Ou o status que determinado órgão possui.

Direitos Humanos, Combate ao Racismo, defesa da  condição feminina, estímulo à pesca, estratégia, Aviação Civil, Comunicação Social, Portos e apoio às pequenas e microempresas ganharam este nível ministerial por estas e outra – mais comezinha – razão: a de que não há remuneração compatível com os titulares destes setores que venham de fora da máquina pública.

É que, abaixo do cargo de Ministro, entre os cargos de livre provimentos, a mais alta remuneração bruta dada a função comissionada na União é (valor atual) de R$ 13,9 mil, a de Secretário Executivo (na prática, um sub-Ministro). Um Chefe de Gabinete de Ministério, função que exerci, era, à época, em 2012, remunerado com R$ 8,9 mil e, hoje,  R$ 11,2 mil.

O resultado é que estas funções são, quase todas, ocupadas por servidores de carreira, que conservam seus vencimentos originais e acumular, em parte, o valor do comissionamento no cargo.

Se estas secretarias forem reincorporadas aos ministérios, a economia será, praticamente, a de dez vencimentos de ministro: no total, R$ 300 mil por mês, num orçamento de pessoal da União que chega, só no Poder Executivo, a R$ 215 bilhões por ano.

Ou 0,0018%.

Mais ou menos como reduzir em 10 o número de juízes no Brasil, no universo de 16 mil magistrados do país.

Todo mundo, na administração federal e no mundinho fútil de Brasília sabe disso.

Se o Governo fundir todos os ministérios num só o resultado econômico continuará sendo zero e o político-administrativo alcançará o infinito.

O que está claro é que foi uma medida para dar carne à matilha.

Efeito zero, exceto na política.

Não foi feito quando podia aliviar o Governo da carga hipócrita da oposição; é feito quando só o faz evidenciá-lo mais fraco.

E diante do PMDB, o maior “ocupador” de ministérios destas terras.

O Governo Dilma segue sem entender que não é menos, mas mais Governo o que quer o povo brasileiro.

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22 respostas

  1. Em outras palavras:
    A Presidenta e seus auxiliares continuam se (des)informando pelo PIG.
    Melhor fariam a si e ao Brasil se lessem apenas blog sujo.

      1. E você, Roberto Luiz, continua não entendendo o que lê né, pois acabou de “ler” (se é que leu mesmo) uma crítica contundente do Tijolaço ao governo Dilma e ainda vem dizer que é chapa-branca. Você deve ter faltado a aula de interpretação de texto não é?

      2. Só chapa-branquismo nada, sr. Roberto Luiz,
        Nos blogs de esquerda (sujos!) ela (a Presidenta) também “apanha”. Só que nesses blogs a coisa é consequente, é algo que visa o progresso e o bem estar do pais e não aquela manipulação dos midiotas que se vê por ai, aquela orda de muares que canta o hino enquanto caminha para o abismo .
        Além do que, blog sujo é divertido, tem cada mula-sem-cabeça que aparece para falar besteira teleguiada que o sr. nem imagina!

  2. É inacreditável que o governo vá se entregando dessa forma. E sempre com um “dead time”, já que parece que eles só informam assim.

  3. Que seja um argumento furado da oposição, mas entre os trabalhadores essa medida faz eco.
    E é chegada a hora de jogar o fisiologismo nas cordas.

  4. Essa conta de “apenas” 300 mil é bem leviana. Não faz sentido nenhum reduzir o número de ministérios sem diminuir também o número de secretarias e, consequentemente, cargos em comissão. Sem contar com o imenso potencial de economia ao se unificar as áreas-meio e administrativas.

    Além disso, pensando no caso concreto, o que a secretaria de integração racial conseguiu realizar no período da sua existência que não seria também possível dentro de uma secretaria de direitos humanos?

    1. Marcos, não é leviana, é aproximada, obvio. Não leva em conta encargos (que seriam mínimos, com a previdência limitada a 10 salários- referência, baixa, portanto). Ainda que fosse triplo, seria irrelevante. Não é a conta de custeio que importa, por isso, é a conta política. E nessa conta, o que antes seria lucro, agora é prejuízo.

      1. A própria Dilma já disse, em entrevista hoje, que vai reduzir aproximadamente mil cargos em comissão (dos 22 mil). Sendo muito conservador e considerando que, com todos os encargos (inclusive décimo-terceiro e férias), cada cargo desses custa em média 8 mil reais ao mês, temos um total de aproximadamente 100 milhões de reais por ano de economia. É pouco? Sim, até porque o corte de cargos é de menos de 5%. Mas é bem mais que os cerca de 4 milhões/ano citados na matéria.

        E, insisto, isso sem contar nos ganhos de produtividade decorrentes da sinergia das áreas administrativas e dos ganhos de escala em contratos de limpeza/TI/serviços, entre outros. Por último, um aspecto pouco ressaltado: a fragmentação dos ministérios atrapalha a coordenação de determinadas políticas públicas. O exemplo mais claro é o de transportes, em que, para citar apenas um caso, o tema dos acessos rodoviários e ferroviários a portos é uma “batata quente” que fica pulando entre a SEP e o MT, sem que haja uma instância capaz de mediar adequadamente as atribuições e responsabilidades dos dois órgãos.

      2. Chapa branquismo sim, essa critica por exemplo nem é uma crítica de verdade, o autor ta só pedindo mais cargos públicos, mais cabides de emprego mais gastança. Porque dinheiro de brasileiro da em arvore e não precisa ser economizado!

  5. Matou a Pau!…

    A estruturação administrativa de qualquer Organização é uma decisão política vinculada aos objetivos da mesma e do que se quer alcançar.

    O número de setoriais e o status conferidos ao mesmos se justificam pelos resultados alcançados (+ou-) e pela importância governativa que se quer dar a eles (Estratégico, Tático ou Operacional).

    O grande e contundente exemplo, no Brasil, foi a criação, no governo Lula, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. com status de Ministério (nível estratégico); a partir do qual se começou a falar sério, com resolutividade, no combate a miséria e a desigualdade social. Os resultados falam por si só!…

    Na extinta URSS, nos anos 30, reconhecendo a importância da questão para o País, o governo Soviético criou o Comissariado (Ministério) do Embelezamento Feminino, que tinha entre outros objetivos melhorar os modos, a conduta, o vestuário e os cuidados pessoais de higiene e aparência das mulheres soviéticas.

    Melhor seria centrar esforços para medir os resultados de cada Setorial. Justifica ou não justifica?….

    Melhor seria centrar esforços para eliminar a superposição de programas, projetos e ações no âmbito da União.

    Melhor seria centrar esforços para construir uma governança nacional cooperativa e integrada com os entes federados.

    No caso das duas sugestões acima, não tenho a menor dúvida que se realizadas proporcionariam melhor eficiência, eficácia e efetividade na execução da políticas públicas e com grande otimização dos recursos disponíveis, tanto humano como financeiro, com muito mais economia para o País que o mero corte de Ministérios e/ou Setoriais, bem como o rebaixamento de status das questões relevantes ao país, como a desigualdade racial, que ficariam, com já ficaram durante muitos anos, relegadas ao segunda plano (ao faz de conta).

  6. O Capitalismo voltou a soluçar. A qualquer hora vai começar a vomitar de tanto papel timbrado, brilhoso, com filigranas e muitos zeros que comeu. Os coxinhas vão entrar em desespero e prometerão qualquer coisa para não serem atingidos no seus patrimônios: “juro que não faço mais isto”.. muito tarde amigo, vá se preparando para entrar de madrugada na fila na porta do seu supermercado predileto. Te vejo lá, infelizmente para todos nós. Enquanto muitos procuravam viabilizar os incríveis, gigantescos, recursos para exploração do pré-sal, vc dava gargalhada toda vez que as ações da Petrobrás caia. Agora vamos ver com quantos paus se faz uma….

  7. :

    : 19:13 Ouvindo A Voz do Bra*S*il e postando: Valeu a pena ! ! ! ! Dá gosto ser o cantor do seu povo ! ! ! !
    * 1 * 2 * 13 * 4
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    Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !

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  8. O governo tem que decidir o que quer, ou faz o ajuste ao modo Levy ou diminui a taxa de juros, emiti novos papéis, aumenta a dívida e promove novos investimentos. O que não pode é ficar com os pés em cada canoa, passando a sensação de insegurança e falta de rumo. Se é imprescindível o ajuste, que se fizesse o corte da parte dos cargos comissionados desde a vitória do ano passado, mas o governo, e sua falta de sensibilidade em analisar os cenários, preferiu esperar, esperar e esperar para ver se acontecia um milagre na economia.

    A arrecadação diminui mês a mês. Mesmo com os cortes orçamentários, devido a recessão, os déficits são cada vez maiores. O Banco Central tem uma política autônoma que sabota os esforços da Fazendo em reduzir despesas.

    Diante desse quadro, a falta de capacidade do Estado em promover investimentos causa desemprego, cai o nível da renda do trabalhador, reduzindo as conquistas duramente conquistadas nos últimos anos, trazendo inevitáveis prejuízos políticos, diante, principalmente, da incapacidade do governo de se impor e explicar com clareza o que ocorre.

    O cenário ainda não é apocalíptico como tentam desenhar alguns analistas da imprensa, mas é necessário, antes de tudo, clareza e coragem, de fazer o que precisa ser feito, uma política que indique a redução dos juros, ou seguir a cartilha da ortodoxia financeira internacional, pois, esse meio termo, vai fazer o país patinar pelos próximos anos.

  9. O principal problema do governo Dilma continua sendo a comunicação. Ou a falta dela. Se soubesse se comunicar melhor, e usasse os instrumentos de que dispõe, certamente já teria esclarecido à população brasileira que a crítica falso moralista da redução de ministérios como meio de economizar gastos é puro discurso vazio. Em Minas, Aécio adorava dizer que reduziu o número de secretarias, quando, na verdade, ao final dos 12 anos de governos tucanos, percebeu-se que havia era aumentado o número de cargos comissionados, sem concurso. Ou seja, aumentou em centenas o número de empregos políticos de apoiadores e reduziu meia dúzia o número de secretarias. Mas, para efeito de publicidade, na subserviente mídia mineira (tal como a brasileira), vendia-se a ideia de que o choque de gestão tucano havia cortado na própria carne. Papo furado este. O que o governo tinha que fazer é reduzir os juros que subtraem bilhões de dólares em favor de poucos banqueiros e credores da dívida pública. E combater a sonegação de impostos – outra fonte de desvio de recursos que deveriam estar nos cofres públicos. O resto, é perfumaria.

  10. O Nobel de Economia, Krugman, tornou a declarar ontem de alto e bom som sobre a crise internacional: corte de gastos públicos e aumento dos juros é ir na contra-mão das exigências do momento. Ele e outro Nobel, Stiglitz, ao lado do brilhante Piketty e Economistas com E maiúsculo (não os alugados por bancos e mídia) são unânimes contra as políticas de arrocho, apelidadas de “austeridade” ou “ajuste”. Essas políticas, da fracassada escola de Chicago deu errado em todos os lugares onde foi praticada. Requião também fala isso todo o dia no Senado, mas o governo faz ouvidos moucos e vai jogando a conta nas costas dos trabalhadores enquanto os rentistas fazem a festa com os altíssimos juros.

  11. Putz!! Nao sabia desse lance administrativo que está por tras da tal medida de extinçao de ministérios.
    O seu raciocínio faz sentido. Se a maioria é de funcionários de carreira, o fato dessas secretarias serem reincorporadas aos ministérios torna a atitude praticamente inócua.
    É mais uma medida psicológica para que parem de reclamar do número de ministérios.
    Que merd…
    Economizar seria nao terem aumentado os salários do judiciário, isso sim.

  12. Nosso Coliseu político está sedento de sangue e Estado Mínimo. Se não houver alternativa, que joguem aos leões o Ministério da Justiça.

  13. O QUE SE VÊ:
    QUANTO COMENTÁRIO BABACA, DE PESSOAS DESQUALIFICADAS MAS SEM MODÉSTIA.
    COMO PODERIA REDUZIR O NÚMERO DE MINISTÉRIOS SE A GOVERNABILIDADE EXIGE?
    O BRASIL TEM ELEITO UMA POLÍTICA PARA GOVERNAR E OUTRA PARA LEGISLAR. É POSSÍVEL CONVIVER COM ISSO ?

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