O mundo cão a que levaram o Brasil

Não surpreende ninguém o novo coice de Jair Bolsonaro aos doentes e mortos pelo coronavírus, hoje, ao dizer, no Mato Grosso que a “conversinha mole” de “ficar em casa é para fracos”.

É apenas mais uma exibição da estupidez do sujeito desqualificado que, ocupando a Presidência da República, a todos nós desqualifica, porque nos torna impotentes para reagir como deveríamos, não apenas em homenagem a eles mas, também, a todos que procuraram proteger suas famílias com o isolamento possível e, às vezes, quase impossível.

No momento em que o Mato Grosso está ardendo com um recorde de incêndios, que devastam a fauna do Pantanal, o marqueteiro da insensatez levantou um cachorro como troféu, embora o pobre bicho, assustado, não tenha a qualquer culpa em virar símbolo da imbecilidade presidencial.

Não é preciso dizer que Jair Bolsonaro reduz a uma questão de “macheza” resistir a uma doença que está a poucos dias de completar um milhão de vítimas fatais em todo o mundo, numa contagem macabra em que o Brasil tem uma das maiores taxas de mortalidade,: a sétima e, dentro de dois ou três dias, a terceira entre países com mais de 10 milhões de habitantes.

Embora o mundo esteja coalhado de governantes medíocres, nesta quadra da História, é uma vergonha que a todos os brasileiros atinge o fato de termos chegado a este nível de degradação, em matéria de governantes.

Mas é ainda pior a chaga que Bolsonaro está gravando na testa de nossas elites, que foram cúmplices da sagração de um imbecil deste naipe ao mais alto cargo da República.

O cachorro que Bolsonaro ergueu em triunfo, homenageando a si mesmo e a outros fortes, ao menos, não tem culpa na eleição de um tipo assim, capaz de latir selvagemente.

Piores são os que creem que o Brasil é um canil ao qual têm de colocar um pitbull a governar, feroz e impiedoso, pronto a nos dilacerar se não o obedecermos.

 

 

 

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