Da coluna de Nélson de Sá, hoje, na Folha:
“(…) Míriam Leitão, do “Bom Dia Brasil”, questionada sobre “um pedido a Papai Noel”, respondeu: “Que as ruas sejam de novo ocupadas, para exigir educação”. E Carlos Alberto Sardenberg, do “Jornal da Globo”: “Queria protestos vigorosos, mas pacíficos, na Copa”.
Será que não significa muito que dois dos mais notórios porta-vozes do conservadorismo façam este tipo de afirmação?
Saul Leblon, editorialista do Carta Maior, saiu na frente de todos os blogueiros com seu artigo publicado hoje e começa a responder esta questão.
Ele foi ao ponto que, neste final de semana, creio que muitos de nós fossemos tocar, certamente que sem seu brilhantismo.
Indica o que sabemos todos: a reedição dos protestos de junho em plena Copa do Mundo é a última e desesperada “bala de prata” de que dispõe o conservadorismo em busca de alguma chance eleitoral em outubro.
Não é que as manifestações sejam da direita ou muito menos a direita.
Não o foram, mesmo em 64, porque são mais a instrumentalização, a seu serviço, de uma parcela da classe média que não compreende o progresso como algo coletivo, mas como sua inclusão na camada das elites que, no fundo, as desprezam.
E, ainda, temem as radicalizações que nela surgem, com palavras de ordem e métodos que não são absolutamente os seus.
Mas que, depois, podem ser “enquadradas”, como se viu, dramaticamente, no Egito.
Leblon ergue a mais oportuna das advertências.
Nós não somos as instituições nem sua imutabilidade. Somos sua transformação, para o que os tempos e o povo exigem.
Sem a bandeira da mudança, aponta ele, seremos “um sino de veludo”, que toca mas não é ouvido.
Leblon dá a receita do caminho, que não é o que o “marquetismo” apontaria.
Mas que é o nosso significado.
E, perdoem a tautologia, sem nossos significados, não significamos nada.
O nada não faz história.
A vez dos amigos do povo
O conservadorismo brasileiro percorreu todo um alfabeto de alternativas ao longo de 2013 até se convencer de que, isoladamente, nenhuma das vogais ou consoantes lhe daria o que procura.
O caminho da volta ao poder.
A rua emerge como a derradeira aposta de quem, sucessivamente, ancorou o seu futuro no julgamento da AP 470, na explosão da inflação, no apagão das hidrelétricas, no abismo fiscal e, ainda há pouco, na hecatombe decorrente da redução da liquidez nos EUA.
Cada uma dessas alternativas, mesmo sem deixar de impor constrangimentos objetivos ao país e ao governo, mostrou-se incapaz de destruir o contrapeso de acertos e conquistas acumulados ao longo dos últimos 12 anos.
A irrupção de protestos em plena Copa do mundo tornou-se assim a nova bala de prata acalentada por aqueles que, corretamente, ressentem-se de um amalgama capaz de injetar dinamismo ao acerto de contas que buscam com a agenda progressista brasileira.
Não se espere passividade a partir dessa avaliação.
Está em curso o vale tudo para mobilizar uma classe média eterna aspirante a elite, ademais de segmentos que consideram indiferente ter na chefia da nação Dilma, Aécio ou Campos.
Juntos eles compõem o novo rosto da velha agenda banqueira.
Importa reter desse mutirão aquilo que ele informa sobre a singularidade da campanha eleitoral de 2014.
Junho de 2013 encerra lições nesse sentido.
Delas, o conservadorismo tem a pretensão de ser o aprendiz mais aplicado na prova de fogo que se avizinha.
Apostar a reeleição de Dilma em uma estratégia essencialmente publicitária, como tem objetado Carta Maior, pode reduzir a campanha progressista a um sino de veludo, diante dos decibéis convocados, manipulados e magnificados pela estridência do carrilhão midiático.
O que se desenha para 2014 está mais próximo de um 2002 radicalizado, do que daquilo que se assistiu nas disputas de 2006 e 2010.
Mobilizações de massa não são a primeira escolha de elites mais afeitas a golpes e arranjos de cúpula.
Seu medo atávico às ruas remonta às revoluções burguesas do século XVIII, sendo a contrarrevolução francesa um exemplo clássico do empenho em resgatar o poder para a segurança de um diretório armado, se preciso.
As reticências empalidecem, no entanto, em momentos da história em que a rua é o que de mais palpável se apresenta à regeneração de um domínio conservador espremido em uma correlação de forças que ameaça escapar ao seu controle.
Hoje, não por acaso, o chão firme desses interesses no país se equilibra em duas hipertrofias insustentáveis: a do judiciário e a da mídia.
A campanha do PT em 2014 não pode hesitar diante dessa mistura de esgotamento e desespero.
Se o conservadorismo se inclina às ruas , a resposta progressista não pode ser a defesa retrógada de instituições ultrapassadas pelo avanço da sociedade.
Instituições não são neutras.
Elas cristalizam uma correlação de forças de um dado momento histórico.
A representação da sociedade no atual sistema político –a exemplo de seu ordenamento de mídia, já não expressa o aggiornamento ecumênico verificado na correlação de forças nos últimos anos.
É justamente a urgência dessas atualizações institucionais que a agenda petista deveria incorporar à campanha eleitoral de 2014.
Não como recurso ornamental de um cuore publicitário.
Mas como diretrizes efetivas de mobilização e engajamento político de amplos setores em torno da candidatura Dilma.
Não se trata de criar uma antídoto às ruas.
Mas de levar às ruas uma referência efetiva de renovação histórica, em resposta a expectativas sistematicamente fraudadas pela cepa dos que hoje se fantasiam de amigos do povo.
Se eles convocam as ruas é porque o extraordinário bate à porta.
E quando o extraordinário acontece não bastam as receitas da rotina.
12 respostas
taí, o que eu espereva aconteceu.
saul leblon, mais do que preciso, aponta o caminho político para a jornada de 2014.
é isso, vamos à luta!
É a UDN retrógrada e golpista incentivando o terrorismo, a desordem, uma guerra civil nas ruas do país. Lembro que eles são 30% de votantes incautos e, se todos forem para rua, só deus sabe o que poderá acontecer e sobrar dessas batalhas campal. Os órgãos pertinentes do governo responsáveis pela manutenção da lei e da ordem no país tem o dever de colocar um freio na insanidade desses golpistas pois, não pensem que sairão ilesos dessas manobras rasteiras.
A Miriam Leitao,o Sardenberg sao porta vozes dos seus patroes para sobreviverem, quer dizer, subserviencia até no últino botao da camisa,assim como aquele que queria se tornar o novo Paulo Francis,e nao conseguiu, o tal de Arnaldo Jabor.
Na Band tem o Boechato, também porta voz da família Saad. No caso do IPTU ele se curvou tanto ao patrao,sobretudo na rádio, que quase mostrou a calcinha.
Poderíamos falar de muitos outros mais que cumprem a missao patronal afim de achincalhar o governo popular mas nao conseguem e nem vao conseguir por uma razao muito simples-
A audiencia desse pessoal está muito baixa, só atingem uma parte da classe média, aqueles que ficam, brasil afora, pelos botecos assistindo aqueles terríveis programas policiais fascistas dos finais da tarde.
Esses pseudo jornalistas tem que desconfiar que estao malhando em ferro frio há muito tempo. Quem dá voto está ocupado com seu trabalho(e como tem gente trabalhado nesse país!) o tempo todo,está satisfeito com os caminhos que vem sendo percorridos até agora pelo governo popular e torcendo para que fique por vários mandatos.
Portanto, acho que essas opinioes ou sugestoes das Mirians,Sardenbergs…tem pouco alcance.
nNesses casos,nada melhor que aquele maravilhoso slogan popular-
O POVO NAO É BOBO,ABAIXO A REDE GLOBO!
José Emílio Guedes Lages – Belo Horizonte
O PT precisa “pautar” as manifestações:
1. O DARF da Globo;
2. O mensalão mineiro;
3. O trensalão;
4. O helicóptero do pó;
5. A farsa da AP 470;
6. Ley de medios…
Motivos para irmos às ruas, temos muitos!
Vamos pra rua!!!
As Organizações Globo, literalmente babam de ódio pelo Partido dos Trabalhadores. Com as manifestações previstas para o mês da copa, talvez seja possível que a Rede Globo, junte aos manifestantes, uma cópia do DARF, que até o momento está mais sumido que o caracter de Demóstenes Torres.
SÓ UMA PERGUNTA A ESSES HIPÓCRITAS, E NADA SOBRE A SONEGAÇÃO DA BANDIDA REDE GLOBO, AS CONTAS EM PARAÍSOS FISCAIS, SOBRE A AJUDA AO REGIME MILITAR, A COMPRA DA REDE GLOBO DE SÃO PAULO,E MUTO MAIS E BOTA MUITO MAIS NISSO !!!!!!!!!!!!!!!!
O próximo ano será um vale tudo para o conservadorismo brasileiro, principalmente para o PIG que teme alguma represália do governo, fazendo ser cumprida nossa constituição com relação aos meios de comunicação, que deveria ser pauta na campanha do PT no próximo ano. Esse tenso clima de possiblidade de golpe é muito preocupante visto o histórico do STF voltado aos interesses da elite e uma das principais alternativas do conservadorismo. Os erros nus fazem aprender a não repeti-los, espero que o governo do PT aprenda, errou muito em nomeações no STF e paga o preço e finge não ver o que esse conglomerado midiático representa.
Eles querem que tomemos as ruas?
Vamos pois todos às ruas.
O alvo principal de nossos protestos será o PIG.
Vamos em todas as manifestaçoes fazer uma visita à sede das empresas de comunicaçao do PIG, principalmente a GLOBO.
Vamos mostrar ao Brasil que o PIG mente, que a Globo manipula e corrompe, que a Globo além de tudo sonega.
É DILMA no primeiro turno!
Nossa bandeira de luta sarao palavras de ordem contra a GLOBO e contra o PIG!
O PT tem que deixar de ser omisso e convocar toda a sua militância, mais as militâncias sindicais do Brasil inteiro para exigir o julgamento do mensalão tucano mais o trensalão, mais a lista de furnas, mais a cocaina dos amigos íntimos do Aécio. Tem que deixar de ser tímido e covarde. Se Zé Dirceu tivesse tido peito de processar o Roberto Jefferson por calúnia e difamação quando este fez acusações sem provas, talvez fosse hoje presidente do Brasil, e não um prisioneiro condenado sem provas
Hildegard Angel: “Não estou vendo fantasmas; o Projeto do Mal de 64 ganha corpo”
publicado em 26 de dezembro de 2013 às 23:27
Stuart e Zuzu Angel, irmão e mãe de Hildegard assassinados pela ditadura civil-militar
A GENTE NUNCA PERDE POR SER LEGÍTIMO, MAS QUEM CONTA A HISTÓRIA SÃO OS VENCEDORES, NÃO ESQUEÇAM!
por Hildegard Angel, em seu blog, sugerido por Messias Franca de Macedo
O fascismo se expande hoje nas mídias sociais, forte e feioso como um espinheiro contorcido, que vai se estendendo, engrossando o tronco, ampliando os ramos, envolvendo incautos, os jovens principalmente, e sufocando os argumentos que surgem, com seu modo truculento de ser.
Para isso, utiliza-se de falsas informações, distorções de fatos, episódios, números e estatísticas, da História recente e da remota, sem o menor pudor ou comprometimento com a verdade, a não ser com seu compromisso de dar conta de um Projeto.
Sim, um Projeto moldado na mesma forma que produziu 1964, que, os minimamente informados sabem, foi fruto de um bem urdido plano, levando uma fatia da população brasileira, a crédula classe média, a um processo de coletiva histeria, de programado pânico, no receio de que o país fosse invadido por malvados de um fictício Exército Vermelho, que lhes tomaria os bens e as casas, mataria suas criancinhas, lhes tiraria a liberdade de ir, vir e até a de escolher.
Assim, a chamada elite, que na época formava opinião sobre a classe média mais baixa e mantinha um “cabresto de opinião” sobre seus assalariados, foi às ruas com as marchas católicas engrossadas pelos seus serviçais ao lado das bem intencionadas madames.
Elas mais tarde muito se arrependeram, ao constatar o quanto contribuíram para mergulhar o país nos horrores de maldades medievais.
Agora, os mesmos coroados, arquitetos de tudo aquilo, voltam a agir da mesma forma e reescrevem aquele conto de horror, fazendo do mocinho bandido e do bandido mocinho, de seu jeito, pois a História, meus amores, é contada pelos vencedores. E eles venceram. Eles sempre vencem.
Sim, leitores, compreendo quando me chamam de “esquerdista retardatária” ou coisa parecida. Esse meu impulso, certamente tardio, eu até diria sabiamente tardio, preservou-me a vida para hoje falar, quando tantos agora se calam; para agir e atuar pela campanha de Dilma, nos primórdios do primeiro turno, quando todos se escondiam, desviavam os olhos, eram reticentes, não declaravam votos, não atendiam aos telefonemas, não aceitavam convites.
Essa minha coragem, como alguns denominam, de apoiar José Dirceu, que de fato sequer meu amigo era, e de me aprofundar nos meandros da AP 470, a ponto de concluir que não se trata de “mensalão”, conforme a mídia a rotula, mas de “mentirão – royalties para mim, em pronunciamento na ABI – eu, a tímida, medrosa, reticente “Hildezinha”, ousando pronunciamentos na ABI! O que terá dado nela? O que terá se operado em mim?
Esse extemporâneo destemor teve uma irrefreável motivação: o medo maior do que o meu medo. Medo da Sombra de 64. Pânico superior àquele que me congelou durante uma década ou mais, que paralisou meu pensamento, bloqueou minha percepção, a inteligência até, cegou qualquer possibilidade de reação, em nome talvez de não deixar sequer uma fresta, passagem mínima de oxigênio que fosse à minha consciência, pois me custaria tal dor na alma, tal desespero, tamanha infelicidade, noção de impotência absoluta e desesperança, perceber a face verdadeira da Humanidade, o rosto real daqueles que aprendi a amar, a confiar…
Não, eu não suportaria respirar o mesmo ar, este ar não poderia invadir os meus pulmões, bombear o meu coração, chegar ao meu cérebro. Eu sucumbiria à dor de constatar que não era nada daquilo que sempre me foi dito pelos meus, minha família, que desde sempre me foi ensinado. O princípio e mandamento de que a gente pode neutralizar o mal com o bem. Eu acreditava tão intensamente e ingenuamente no encanto da bondade, que seguia como se flutuasse sobre a nojeira, sem percebê-la, sem pisar nela, como se pisasse em flores.
E aí, passadas as tragédias, vividas e sentidas todas elas em nossas carnes, histórias e mentes, porém não esquecidas, viradas as páginas, amenizado o tempo, quando testemunhei o início daquela operação midiática monumental, desproporcional, como se tanques de guerra, uma infantaria inteira, bateria de canhões, frotas aérea e marítima combatessem um único mortal, José Dirceu, tentando destrui-lo, eu percebi esgueirar-se sobre a nossa tão suada democracia a Sombra de 64!
Era o início do Projeto tramado para desqualificar a luta heroica daqueles jovens martirizados, trucidados e mortos por Eles, o establishment sem nomes e sem rostos, que lastreou a Ditadura, cuja conta os militares pagaram sozinhos. Mas eles não estiveram sozinhos.
Isso não podia ser, não fazia sentido assistir a esse massacre impassível. Decidi apoiar José Dirceu. Fiz um jantar de apoio a ele em casa, Chamei pessoas importantes, algumas que pouco conhecia. Cientistas políticos, jornalistas de Brasília, homens da esquerda, do centro, petistas, companheiros de Stuart do MR8, religiosos, artistas engajados. Muitos vieram, muitos declinaram. Foi uma reunião importante. A primeira em torno dele, uma das raras. Porém não a única. E disso muito me orgulho.
Um colunista amigo, muito importante, estupefato talvez com minha “audácia” (ou, quem sabe, penalizado), teve o cuidado de me telefonar na véspera, perguntando-me gentilmente se eu não me incomodava de ele publicar no jornal que eu faria o jantar. “Ao contrário – eu disse – faço questão”.
Ele sabia que, a partir daquele momento, eu estaria atravessando o meu Rubicão. Teria um preço a pagar por isso.
Lembrei-me de uma frase de minha mãe: “A gente nunca perde por ser legítima”. Ela se referia à moda que praticava. Adaptei-a à minha vida.
No início da campanha eleitoral Serra x Dilma, ao ler aqueles sórdidos emails baixaria que invadiam minha caixa, percebi com maior intensidade a Sombra de 64 se adensando sobre nosso país.
Rapidamente a Sombra ganhou corpo, se alastrou e, com eficiência, ampliou-se nestes anos, alcançando seu auge neste 2013, instaurando no país o clima inquisitorial daquela época passada, com jovens e velhos fundamentalistas assombrando o Facebook e o Twitter. Revivals da TFP, inspirando Ku Klux Klan, macartismo e todas as variações de fanatismo de direita.
É o Projeto do Mal de 64, de novo, ganhando corpo. O mesmo espinheiro das florestas de rainhas más, que enclausuram príncipes, princesas, duendes, robin hoods, elfos e anõezinhos.
Para alguns, imagens toscas de contos de fadas. Para mim, que vi meu pai americano sustentar orfanato de crianças brasileiras produzindo anõezinhos de Branca de Neve de jardim, e depois uma Bruxa Má, a Ditadura, vir e levar para sempre o nosso príncipe encantado, torturando-o em espinheiros e jamais devolvendo seu corpo esfolado, abandonado em paradeiro não sabido, trata-se de um conto trágico, eternamente real.
Como disse minha mãe, e escreveu a lápis em carta que entregou a Chico Buarque às vésperas de ser assassinada: “Estejam certos de que não estou vendo fantasmas”.
Feliz Ano Novo.
Inclusive para aqueles injustamente enclausurados e cujas penas não estão sendo cumpridas de acordo com as sentenças.
É o que desejo do fundo de meu coração.
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Vai ser muito bom, ótimo, ou bótimo, se esses empuxadores dos protestos virem novamente às televisões pra dizerem que não são contra o governo Federal, mas contra multicoisas, inclusive contra a Globo, e contra todo o PIG. Pois foi isso que vimos durante as manifestações. Elas não demonstraram em dia nenhum um sentimento raivoso contra a Presidente, por exemplo, ou contra o PT. Foram manifestações que manifestavam o descontentamento do povo, em geral, contra tudo que pode ser modificado para melhorar a cara do Brasil, inclusive contra canais de televisão, haja vista quando apareciam por perto eram apedrejadas, ao ponto de repórteres terem tido que se camuflar para não serem atringidos.