Depois de ter anunciado no jornal de hoje que os “rolés” se tratavam da mais séria ameaça à estabilidade nacional, a Folha se encarregou de aproveitar a sua própria “onda” para criar os “não-fatos” que lhe confirmem tudo.
(Aliás, fez o mesmo com a especulação das ações da Petrobras anunciando um aumento – sem valor definido – para daqui a seis meses!. Se o Governo cala, aceitou, se desmente, recuou. Bacanésimo)
Voltando ao “rolé”: o presidente da associação que reúne os shoppings, Luiz Fernando Veiga “confirmou” (confirmou quem?) o bloqueio de páginas (quais páginas?) no Facebook onde se convocavam “rolés”.
“Escutei isso [sobre o bloqueio de páginas] de dois ou três associados que pediram a retirada de informações”, disse Veiga, sobre o bloqueio das páginas. ”
Uau! Eu também escuto um bocado de coisa, doutor.
E a apologia das drogas?
“Segundo ele, as pastagens (sic) de participantes tinham conotações que falavam em uso de droga. “Você leva a tua conha que eu levo a minha”, dizia um dos textos, segundo o presidente.”
Sei. “Tá” vendo, doutor, sem tráfico…
Ah, houve prejuízos?
“Ele (o tal presidente) afirmou que, embora as informações contábeis de shoppings sejam sigilosas, os centros comerciais já estimam prejuízos.”
Então, em homenagem à objetividade e à precisão informativa da matéria, publico um texto do finado Millôr Fernandes, que lembra muito este tipo de jornalismo:
– Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.
– Junto com as outras?
– Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.
– Sim senhora. Olha, o homem está aí.
– Aquele de quando choveu?
– Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.
– Que é que você disse a ele?
– Eu disse pra ele continuar.
– Ele já começou?
– Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse.
– É bom?
– Mais ou menos. O outro parece mais capaz.
– Você trouxe tudo pra cima?
– Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a véspera.
– Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite.
– Está bem, vou ver como.
10 respostas
Conversa sem pé nem cabeça desse tal presidente. De quê?
Quer dizer que vão a conha pro Shopping, segundo o boxixo da profunda reportagem da Foia, embora a mesma Foia tenha esquecido do povo do helicóptero que trouxe a ìna para Vitória.
Amei e muito bem lembrado!
Tem acontecido coisas nunca antes vistas nesse País – vaguidão dos fatos – ouvir dizer tais fatos – me disseram esses fatos – o fato podia ser – talvez, mas fato de quem – teoria dos fatos – teoria dos dominius – o domínio dos fatos – os fatos da teoria – a teoria do domínio dos fatos – pré-vindo os fatos – o role dos fatos – fatos e rolés……., ou não?
É a escolinha do stf. Deve ser isso que ensinam no cursinho do prof gilmar.
Esse é um assunto muito delicado.
Não se antecipa os crimes privando cidadãos do direito de ir e vir.
O Direito Penal do Inimigo nunca foi tão atual.
Os Estados Unidos fazem esse tipo de intervenção policial a tempos, usando o termo “terrorismo” como prisma a legitimar suas “operações”.
Como se pode ver, é o caso das elites punirem os pobres.
Próximo passo: proíbe-se o sexo, sob o argumento de acabar com a AIDS.
Interessante a história dos “rolês”. Quando os pais desses jovens que melhoram
Interessante a história dos “rolês”. Quando os pais desses jovens vão até os shoppings fazer compras, aumentando o lucro dos lojistas, tudo bem. Quando os filhos dos “novos clientes” resolvem ver de perto e usufruir daquilo que esses centros comerciais oferecem, são marginais invadindo espaço alheio indevidamente? Afinal. as áreas comerciais são públicas ou restritas?
Sei não, mas tô achando que sei lá.
Os rolés são o “maior fator de desestabilização” como o “mensalão” (do PT, claro) foi o “maior escândalo” de todos os tempos. Não sabem fazer gráficos e agora também não sabem o significado de maior, nem de de fator nem de desestabilização. Recomendo aos escribas de pena alugada que recorram ao blog “objetivando oportunizar”. Quem sabe não aprendem a escrever?