É uma honra partilhar aqui no Tijolaço o trabalho de reportagem de Rodrigo Vianna, o Escrevinhador, feitas para o Jornal da Record.
A gente fica preso numa cadeira, diante de uma tela e precisa disso para não perder a ligação com o mundo real, aquele onde ideias viram fatos, mudam vias, trazem felicidade.
Sem isso, tudo aqui seria estéril, sem sentido.
Só estou aqui porque duas gerações antes a minha, o Brasil viveu políticas inclusivas e brasileiros se esforçaram por seus filhos.
O pior que poderia fazer por eles seria esquec~e-los como quem esquece um retrato antigo. E o melhor é vê-los, todo dia, em gente nova, que faz seu próprio caminho, soprada pelos mesmos ventos, caminhando por seus próprios pés e olhando para o mesmo destino.
“Eles chegaram lá”: um novo Brasil se desenha, longe do Fla-Flu da internet
Rodrigo Vianna
Durante mais de um mês, rodamos atrás de boas histórias por esse Brasil: Goiás (foto ao lado), Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo. O objetivo era encontrar famílias que, pela primeira vez, tivessem conseguido colocar um filho na Universidade.
Não foi difícil achar. Longe do Fla-Flu histérico na internet, há um novo Brasil que se desenha. O filho de pescadores virou advogado (e já trabalha num escritório – no centro de Florianópolis). A filha de um catador de latinhas estuda para se formar veterinária em São Paulo. O lavrador goiano conseguiu transformar o filho em engenheiro. O produtor rural pernambucano (a família vive no meio do sertão, em Bodocó) mandou a filha pra São Paulo, e hoje ela é dentista…
Tudo isso aconteceu nos últimos dez anos. Enquanto muita gente reclamava dos aeroportos lotados de “gente feia”, tripudiava do “Bolsa Esmola”, e falava mal do PROUNI (que enche as universidades de “vagabundos”)… Enquanto isso, o povão arregaçou as mangas e aproveitou as brechas que se abriram. Mas não venham os governistas mais empolgados achar que esse povo se ajoelha no chão pra agradecer Lula e o PT. Conversei com as famílias, entrei nas casas: a maioria está feliz, mas sabe dos imensos problemas do nosso país. E quer mudança. Mais mudança. O que não significa andar pra trás, com discurso de “menos Estado”…
Esse novo Brasil (construído pelas bordas, e longe dos holofotes) é resultado, sim, de políticas públicas claramente inclusivas. Mas se desenha também graças ao esforço individual, à solidariedade e à garra das famílias mais humildes. Esse povo brasileiro é admirável: longe das Sherazade, da violência policial, dos colunistas urubulinos e dos comentaristas que falam do Brasil sem sair da frente do computador, há um outro país que nos enche de esperança.
É o que você pode conferir a seguir, em 5 reportagens da série “Eles Chegaram Lá” – que foi ao ar no “Jornal da Record. Produção: Rosana Mamani. Edição: Ângela Canguçu. Reportagem: Rodrigo Vianna (com participação de Jairo Bastos, em Pernambuco.) Imagens: Edgar Luchetta (São Paulo – apoio técnico de André Carvalho), Fabio Varela (Brasília/Goiás – apoio técnico de Fernando Gommes), Márcio Ramos (Santa Catarina). Coordenação: Helio Matosinho. Chefia de Redação: Thiago Contreira.
Pra começar, conheça a história de Almiro – o filho de lavradores na região de Anápolis (GO), que se formou em Engenharia; ele trabalha para indústrias importantes, dá aulas no SENAI e faz pós-graduação no ITA. O pai segue a plantar tomate e banana. Almiro estudou em faculdade particular, com bolsa do PROUNI.
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Djuliane é filha de um catador de latinhas em São Paulo. Na infância, rodava pelas ruas, no carrinho puxado pelo pai, cercada por papelão e garrafas. Hoje está na Universidade. Um amigo da família ajuda a pagar o curso, em faculdade particular. Você também vai conhecer o José – filho de empregada doméstica que só sabe assinar o nome (mas dotada de uma garra impressionante), ele acaba de se formar em Administração.
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O cenário é belíssimo: a praia da Pinheira, litoral catarinense. O pescador Manoel acorda todo dia às 4h da manhã. E vai pro mar. Isso há quase 50 anos. A novidade é que ele e a mulher (batalhadora, ao lado do marido) conseguiram colocar dois filhos na Universidade: Marcos estudou com bolsa do PROUNI, e já se formou em Direito. Marcelo está terminando o curso de Engenharia de Pesca, numa faculdade pública: a Universidade do Estado de Santa Catarina.
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O pai é pedreiro, a mãe é costureira. Os dois só estudaram o básico. O filho Neemias é pintor de paredes. E não aceitou o “destino” traçado. Com mais de 40 anos e 6 filhos pra criar, Neemias conseguiu entrar na faculdade particular, estuda Engenharia, graças a uma bolsa do Educafro – entidade que apóia o esforço de negros para chegar à Universidade. No Brasil, o número de negros no ensino superior saltou de pouco mais de 2%, para 15% nos últimos dez anos. Cotas, solidariedade, esforço individual: tudo fez diferença. Conheça também o Bruno: filho de uma cozinheira, ele acaba de se formar em RH.
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A família vive em Bodocó, no meio da caatinga. Edivaldo, um dos filhos do casal de pequenos produtores rurais, migrou pra São Paulo: virou pedreiro, encarregado de obras. Anos depois, levou a irmã Elane pra São Paulo. Ela começou trabalhando como faxineira numa faculdade na zona leste. Conseguiu bolsa da universidade e, enquanto limpava salas e arrumava cadeiras, foi cursando Odontologia. Hoje, a filha do sertão é dentista em São Paulo.
31 respostas
Uns chegam com trabalho duro, pagando impostos, e contribuição previdenciária para se aposentarem…
porém vão se aposentar muito mais tarde do que os ricos, que começam a trabalhar mais tarde, vivem mais, e recebem mais benefícios.
Tudo isso graças a REFORMA DA PREVIDÊNCIA encabeçada pelo PT, e votada com COMPRA DE VOTOS, no chamado esquema do MENSALÃO.
Uns trabalham de verdade, enquanto a companheirada enche o bolso de dinheiro público roubado.
Quer dizer que foi o Lula o pioneiro na sacanagem da reforma da previdência?
O tal do Alex é apenas ignorante, ou também desfila no bloco dos tucanalhas que repetem a mesma mentira mil vezes até virar verdade?
Como disse o Rodrigo Viana, longe do fla x flu da internet, as coisas acontecem. O Alex deve estar convencido do que fala. Caso contrário, prestaria atenção na reportagem toda. E você tem razão: as mentiras não só repetidas, como intensamente divulgadas, acabam virando “verdade”e algumas pessoas, por falta de tempo, paciência ou mesmo devido a seu sistema de crenças, embarca na onda que lhe parece mais segura, vamos dizer assim. Se vc leu a reportagem sobre a “praga” que foi rogada a um professor da UFBA e que se concretizou em forma de ótima surpres, vai ver que os do contra, são contra só por crença mesmo. E Viva o PT!
Para esses papagaios acéfalos, nem precisa repetir mil vezes. Eles “aprendem” rápido.
Bastam 3 edições da Veja e pronto: está formado mais um idiota.
O Goebbels, com a estória de “repetir mil vezes”, se trabalhasse no PIG, seria sumariamente demitido.
Parece até trollagem paga, de tão incompetente.
Primeiro, a Reforma da Previdência de 2003 se restringiu exclusivamente aos servidores públicos.
Segundo, a taxa média de desemprego caiu de 12,4% em 2002 para 5,4% em 2013.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/01/desemprego-fica-em-43-em-dezembro-diz-ibge.html
mais um que acredita nessa história de compra de votos para a realização da reforma da previdência….essa história de assistir as mentiras dos tele jornais do PIG todas as noites e depois entrar na net e ler somente os títulos dos textos postados pelos blogueiros dá nisso!!!
Eu me pergunto se existe alguma coisa mais aristocrática do que um cidadão ser contra a REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Quem foi “prejudicado”, ma minoria irisoria, esperava aposentar quem nem marajá!
Eu era aluno da UnB na época, fazia uma disciplina das Ciências Sociais, na qual o professor era tanto funcionário da universidade quanto consultor legislativo do Senado. Ele sabia que teria seus vencimentos de aposentadoria bastante reduzidos, mas pra ele era JUSTIÇA SOCIAL.
ISSO SIM QUE RESPEITO AO POVO! E ELE NÃO ERA NEM DE ESQUERDA!
é alex…………acho que voce se ferrou…seu troll.
Alex… cara! vc mandou muito mal!!! lamentável…
talvez tua intensão seja esta mesmo; mas só lamento mesmo;
uma dica: se estás convicto de teus critérios, processa a Record por informação leviana etc e tal…
Alex, você esta sem a informação adequada, pesquise qual foi o governo que implantou o fator previdenciário no Brasil. Quer saber, eu adianto para você, foi o FHC, isso mesmo o príncipe da privataria tucana.
Não é uma, nem duas, não são exceções, histórias como estas, são milhões hoje no Brasil promovidas pelo Prouni, Pronatec, Sem Fronteiras, politícas de cotas, etc. E não é só no que diz respeito à educação, é em todas as áreas que e verifica uma grande evolução. Meu amigo, procura, por um momento, pensar com isenção, que você perceberá tudo isso.
Caro Fernando
A honra é toda minha.
A mudança vem sempre de forma imperfeita. Mas é bom perceceber que algumas coisas vão melhorando… Aqui temos duas pelo menos: de um lado, familias humildes podem colocar os filhos na Universidade, e de outro a internet nos permite fazer uma disputa de narrativas. Do contrário, talvez vencesse a narrativa da tragédia, de que o Brasil teve uma “década perdida”, e outras bobagens.
Valeu, meu camarada!
Aquele abraço
Rodrigo Vianna.
parabéns Rodrigo pela excelente matéria ela nos dá ânimo para fazer o bom combate..
parabéns Rodrigo Vianna pela excelente matéria ela nos dá ânimo para fazer o bom combate..
parabéns Rodrigo Vianna,são mate´rias como essas que nos dá força para continuar exercitando o bom combate…
Eu quis apenas pontuar que o instituto da idade mínima para a aposentadoria foi aprovado na reforma previdenciária do governo (blagh) FHC. Lula, para minha decepção, referendou a idéia na reforma que patrocinou.
Com isso, quero apenas distinguir o meu comportamento – de petista que se decepcionou com a posição adotada pelo partido – e a desses babacas de plantão, que vêm aos foruns apenas para deturpar.
Assisti a série , maravilha ! Rodrigo é craque… apresento uma sugestão , motivado por curiosidade própria que , imagino , seja compartilhada por muitos. A transformação na vida das pessoas que mudaram para as casas do programa do governo e que pela primeira vez na vida residem em endereços dignos …
O lado positivo do País deve ser mostrado. Não gosto mais de ligar a televisão pois tudo que é ruim é mostrado, reprisado e debatido, para a final, um comentarista criminal atribuir aos políticos, lá de Brasília, dizem eles.
É importante que haja programas que mostrem o que há de bom em nosso povo e a luz da esperança que está vindo por aí. Todos estão a pregar o fim do mundo no Brasil.
É certo que há problemas, coisas terríveis acontecendo, violência, criminalidade, corrupção, mas há o outro lado, milhares de pessoas saindo da pobreza mais pobre, onde a fome ditava o seu dia-a-dia, já começam a avançar e ter sucesso na vida.
O Brasil é a terra das oportunidades, já me dizia meu avô, que aqui chegou em 1912.
Gente, não vamos dar atenção a esse pateta (isso para não chamá-lo de imbecil porque eu sou educada). Ele é um troll perdido que caiu do trensalão tucano. Ao contrário do seu comentário ressentido, muito maior é nossa alegria de ver o que está ocorrendo com este novo Brasil que se agiganta com essa geração formada com sacrifício mas com conquistas, fruto de políticas públicas de inclusão social. Já cantava o poeta maior Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, o que não é o caso desse infeliz chamado Alex.
Sem necessidade de comentários. A matéria se sobrepõe ao comentário. Parabéns Rodrigo Viana pela matéria. Valeu!!! Inclusão sempre.
Eu não me canso de citar o grande Darcy Ribeiro, para quem o povo brasileiro era maravilhoso e o Brasil só tornou-se um potência dos trópicos pela ação e omissão da pior elite do mundo.
Corrigindo: só NÃO tornou-se uma potência. Mas vamos chegar lá.
Isso serve para aqueles preconceituosos que dizem que pobre é preguiçoso, que só está nesta situação porque não quer trabalhar, que o bolsa-família é bolsa esmola e só serve para manter a indolência dos pobres,e etc.
Neonazistas tentam apagar da história heroísmo do Exército Vermelho:
http://portuguese.ruvr.ru/2014_02_26/Libertadores-sao-vitimas-do-vandalismo-por-parte-dos-libertados-1050/
essa reportagem revela o que acontece pelo país inteiro, como sempre gosto de dar exemplos concretos: atualmente moro em uma cidade pequena no sul de um estado pequeno o ES, conheço um aluno de Engenharia da UFES que mora em um Distrito , eu disse Distrito, do Município que moro e nesse exato momento está na Finlândia estudando pelo Ciências Sem Fronteiras, foi passar o Natal e Reveillon em Londres lugares inimagináveis para esse menino da roça..
El País vê o que a Globo esconde: México e União Européia correm atrás do Brasil para se posicionar em Cuba
O jornal espanhol El País, publicou duas matérias de colunistas conservadores, vendo um esforço do México em seguir os passos do Brasil na geopolítica de integração latino-americana, reaproximando-se de Cuba.
O México, que foi o único país latino-americano a nunca romper relações com Cuba, havia se afastado da Ilha na década de 90, com governos neoliberais e com o tratado de livre comércio com os Estados Unidos. As relações diplomáticas azedaram mais ainda durante o governo de Vicente Fox. Agora, o atual presidente mexicano Peña Nieto anulou 70% da dívida cubana, no valor de R$ 828 milhões, como gesto de reaproximação.
Diferente da TV Globo, que tem uma visão provinciana de ver a América Latina com um olhar a partir de Miami, o El País enxerga o que está por trás do financiamento do BNDES a empresas brasileiras para construir o porto de Mariel e do cancelamento da dívida com o México:
“… a vontade das duas maiores economias da região de ganhar influência e aproveitar as oportunidades de negócio que se apresentem na ilha em um futuro próximo. (…) E a se situar na primeira linha de saída para aproveitar suas eventuais medidas de liberalização econômica.”
o latino-americanista do The Economist, Michael Reid, que vê nas duas potências “uma crescente ansiedade por se posicionar diante de uma Cuba pós-castrista, pós-embargo norte-americano e pós-ajuda venezuelana”.
Cuba tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) da América Central, medido em PPC (Poder de paridade de compra). Mais do dobro da Costa Rica com sua fábrica de microprocessadores da Intel. Muito maior do que o Panamá com seu canal. O dobro de Porto Rico que é um Estado Livre Associado aos EUA.
Cuba tem também a maior população da região, e um alto grau de escolaridade com mão de obra muito qualificada. Passa por reformas econômicas semelhante às da China, e esse conjunto de fatores aponta para um futuro promissor. Tolo de quem virar as costas para Cuba, tanto é que outro ator deseja entrar em cena: a União Europeia.
Esta semana o presidente Lula visitou Havana a convite do presidente Raul Castro para debater e compartilhar experiências sobre a ampliação do uso de biomassa na matriz energética cubana, aproveitando a vocação do país para a produção de cana-de-açúcar. O senador Blairo Maggi acompanhou Lula, para compartilhar com os cubanos a experiência brasileira de produção de soja, para melhorar a produtividade do cultivo na ilha.
Eh,eh, notícias boas desse Brasilzão. Maravilha.
Artigo de Lula: Por que o Brasil é o país das oportunidades
Por Luiz Inácio Lula da Silva
Passados cinco anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de estabilidade que poucos podem apresentar.
Nos últimos 11 anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu 4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108 bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.
Reduzimos a inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da previdência caíram em relação ao PIB.
Colocamos os mais pobres no centro das políticas econômicas, dinamizando o mercado e reduzindo a desigualdade. Criamos 21 milhões de empregos; 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e 42 milhões alcançaram a classe média.
Quantos países conseguiram tanto, em tão pouco tempo, com democracia plena e instituições estáveis?
A novidade é que o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se um competidor global. E isso incomoda; contraria interesses. Não é por outra razão que as contas do país e as ações do governo tornaram-se objeto de avaliações cada vez mais rigorosas e, em certos casos, claramente especulativas. Mas um país robusto não se intimida com as críticas; aprende com elas.
A dívida pública bruta, por exemplo, ganhou relevância nessas análises. Mas em quantos países a dívida bruta se mantém estável em relação ao PIB, com perfil adequado de vencimentos, como ocorre no Brasil? Desde 2008, o país fez superávit primário médio anual de 2,58%, o melhor desempenho entre as grandes economias. E o governo da presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar o esforço fiscal necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.
Acumulamos US$ 376 bilhões em reservas: dez vezes mais do que em 2002 e dez vezes maiores que a dívida de curto prazo. Que outro grande país, além da China, tem reservas superiores a 18 meses de importações? Diferentemente do passado, hoje o Brasil pode lidar com flutuações externas, ajustando o câmbio sem artifícios e sem turbulência. Esse ajuste, que é necessário, contribui para fortalecer nosso setor produtivo e vai melhorar o desempenho das contas externas.
O Brasil tem um sistema financeiro sólido e expandiu a oferta de crédito com medidas prudenciais para ampliar a segurança dos empréstimos e o universo de tomadores. Em 11 anos o crédito passou de R$ 380 bilhões para R$ 2,7 trilhões; ou seja, de 24% para 56,5% do PIB. Quantos países fizeram expansão dessa ordem reduzindo a inadimplência?
O investimento do setor público passou de 2,6% do PIB para 4,4%. A taxa de investimento no país cresceu em média 5,7% ao ano. Os depósitos em poupança crescem há 22 meses. É preciso fazer mais: simplificar e desburocratizar a estrutura fiscal, aumentar a competitividade da economia, continuar reduzindo aportes aos bancos públicos, aprofundar a inclusão social que está na base do crescimento. Mas não se pode duvidar de um país que fez tanto em apenas 11 anos.
Que país duplicou a safra e tornou-se uma das economias agrícolas mais modernas e dinâmicas do mundo? Que país duplicou sua produção de veículos? Que país reergueu do zero uma indústria naval que emprega 78 mil pessoas e já é a terceira maior do mundo?
Que país ampliou a capacidade instalada de eletricidade de 80 mil para 126 mil MW, e constrói três das maiores hidrelétricas do mundo? Levou eletricidade a 15 milhões de pessoas no campo? Contratou a construção de 3 milhões de moradias populares e já entregou a metade?
Qual o país no mundo, segundo a OCDE, que mais aumentou o investimento em educação? Que triplicou o orçamento federal do setor; ampliou e financiou o acesso ao ensino superior, com o Prouni, o FIES e as cotas, e duplicou para 7 milhões as matrículas nas universidades? Que levou 60 mil jovens a estudar nas melhores universidades do mundo? Abrimos mais escolas técnicas em 11 anos do que se fez em todo o Século XX. O Pronatec qualificou mais de 5 milhões de trabalhadores. Destinamos 75% dos royalties do petróleo para a educação.
E que país é apontado pela ONU e outros organismos internacionais como exemplo de combate à desigualdade?
O Brasil e outros países poderiam ter alcançado mais, não fossem os impactos da crise sobre o crédito, o câmbio e o comércio global, que se mantém estagnado. A recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a economia mundial reflete a retirada dos estímulos do Fed. E, mesmo nessa conjuntura adversa, o Brasil está entre os oito países do G-20 que tiveram crescimento do PIB maior que 2% em 2013.
O mais notável é que, desde 2008, enquanto o mundo destruía 62 milhões de empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil criava 10,5 milhões de empregos. O desemprego é o menor da nossa história. Não vejo indicador mais robusto da saúde de uma economia.
Que país atravessou a pior crise de todos os tempos promovendo o pleno emprego e aumentando a renda da população?
Cometemos erros, naturalmente, mas a boa notícia é que os reconhecemos e trabalhamos para corrigi-los. O governo ouviu, por exemplo, as críticas ao modelo de concessões e o tornou mais equilibrado. Resultado: concedemos 4,2 mil quilômetros de rodovias com deságio muito acima do esperado. Houve sucesso nos leilões de petróleo, de seis aeroportos e de 2.100 quilômetros de linhas de transmissão de energia.
O Brasil tem um programa de logística de R$ 305 bilhões. A Petrobras investe US$ 236 bilhões para dobrar a produção até 2020, o que vai nos colocar entre os seis maiores produtores mundiais de petróleo. Quantos países oferecem oportunidades como estas?
A classe média brasileira, que consumiu R$ 1,17 trilhão em 2013, de acordo com a Serasa/Data Popular, continuará crescendo. Quantos países têm mercado consumidor em expansão tão vigorosa?
Recentemente estive com investidores globais no Conselho das Américas, em Nova Iorque, para mostrar como o Brasil se prepara para dar saltos ainda maiores na nova etapa da economia global. Voltei convencido de que eles têm uma visão objetiva do país e do nosso potencial, diferente de versões pessimistas. O povo brasileiro está construindo uma nova era – uma era de oportunidades. Quem continuar acreditando e investindo no Brasil vai ganhar ainda mais e vai crescer junto com o nosso país.
Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente da República e presidente de honra do PT
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/02/25/aula-de-lula-faz-o-pig-chorar-de-raiva/
Alex, lamento informar mas vc está vendo a rede bobo muito tempo. Está por fora tanto quanto um bumbum de bebê. Acorde! Procure saber a verdade é só andar pelo BRasil.
Meu filho é o primeiro na Universidade, por cotas.
Mas tá difícil tirar o guri do Ovo.
TÕ achando muito fácil…
Queria que fosse o dia inteiro…
Aos 34 anos, filho caçula de dez irmãos, sete ainda vivos, filho de pai comerciante e mãe dona de casa (viúva),através do PROUNI estou agora no terceiro período da Faculdade de Direito… Único nessa família a entrar num curso superior…