Certamente não são muitos os que percebem que a ascensão de Michel Temer ao poder é apenas um passo na caminhada de um projeto autoritário para o Brasil.
Aliás, talvez poucos o percebam tanto quanto os beneficiários momentâneos desta monstruosidade, eles próprios ameaçados todo o tempo porque, pior parte da lama que tomou conta da política – e não apenas dela – no Brasil, sabem que são reféns da fúria destruidora que ajudaram a despertar.
Tornamo-nos um país estranho, onde, para argumentar, acaba-se por ter a obrigação de fazer uma inútil declaração de honestidade, porque qualquer reparo que se faça a este furor passou a ser visto como sinal de que as ideias sejam fruto de quem as têm estar também metido na ladroagem.
E nem duvido que, diante de crítica, a camada jurídico-policial que já detêm boa parte dos cordéis que dirigem este país mande esquadrinhar a vida do infeliz que tenha tido a imprudência de questionar a divindade deste novo e curioso Santo Ofício que caminha para nos governar.
Porque é isso o que estamos vivendo, uma nova e autoproclamada Santa Inquisição.
Começou-se por agitar na praça pública da mídia os crimes de ladrões como Alberto Yousseff – o ladrão de incubadora, cevado desde 2004 por sua primeira delação premiada a Sérgio Moro – e Paulo Roberto Costa – o ladrão de carreira, como frequentemente os há em qualquer grande empresa, quando o poder de decisão e de acumpliciamento a interesses políticos deixa ao alcance da mão o poder de enriquecer, amanhã devidamente acobertado pelo “sucesso na iniciativa privada” que alcançará depois que a deixar.
Entrou-se daí na corrupção que coloca na mesma gamela empresários (mais, empreiteiros!) e políticos, duas substâncias que, misturadas, produzem sempre resultados que variam da geléia ao pântano.
Neste processo, foi sendo construída a legitimidade de uma nova classe de poderosos: os homens de polícia. Não só os de baixa extração, como simboliza-os perfeitamente a figura do “Japonês da Federal”, metido em obscuras histórias criminosas, mas também os mais ascéticos e escanhoados, como os promotores de Curitiba e seu chefe brasiliense, Rodrigo Janot. E a isso, espertos como são os homens das leis, foi se aderindo todo o Judiciário.
Os “heróis” do Brasil deixaram de ser os que fazem – pontes, escolas, progresso, estradas, usinas, navios, bem-estar social – e passaram a ser os que desfazem reputações, empresas, programas, governo, empregos…
Alega-se que, com o dinheiro surrupiado na corrupção, para usar a mesóclise que passou a soar “cult”, poder-se-ia fazer mais escolas, mais hospitais, deitar-se mais asfalto às ruas, mais lâmpadas aos postes, erguerem-se amis casas aos pobres.
É verdade, claro.
Só que o remédio que aplicam – e está visto nos fatos – é fazer tudo parar. E os já poucos hospitais e escolas tornam-se nenhum, o asfalto fica no pedrisco porque deus-me-livre de lidar com empreiteiras, as casas ficam no papel, porque não há mais dinheiro, pela paralisia total do país, como os navios ficam nos estaleiros, as pontes nos pilares, o Brasil na sua “vocação” que as elites sempre lhe atribuíram, de país pobre, como se a pobreza irreversível não fosse o pior crime que se pode cometer não a um, mas a milhões de seres humanos.
(a esta altura do texto, as mentes miúdas já estão no “ih, este aí está defendendo a corrupção”, o “rouba mas faz”, deve estar no “esquema”. Peço desculpas aos moralistas de botequim e aos éticos de banca de jornal, mas não estou)
Curiosamente, no elevado sentido ético-moral que move nossos novos Cruzados há algo em que não se pode tocar e que se virem para garantir: os privilégios da própria casta. Não há reação – perdoem-me as exceções por confirmarem a regra – aos abusos nos mega-salários e suas fieiras de penduricalhos das corporações punitivas, capazes de chamar de “prerrogativas” até mesmo o “direito”, como disse um desembargador paulista, de comprar ternos em Miami ou o de receber auxílios-moradia (e com montanhas de atrasados!) para morar em suas próprias casas. Em plena crise institucional, cuida o presidente do STF do reajuste do Judiciário, ouve-se nas gravações.
Por aí vê-se seu apegado amor aos dinheiros do povo.
Mas deuses não pecam.
Fica isto para os seres humanos comuns, aqueles de carne e osso, que devem, diante deles, para alcançar suas Graças, praticar o dedurismo, que santifica a alma e liberta os corpos – vá lá que de tornozeleira eletrônica, durante algum tempo. Isso já se consagrou como método e generalizou-se a torcida por que “apareça mais, mais, mais”, já não importa se real ou alegado, porque todos são culpados até que provem cabalmente sua inocência, coisa rara no mundo dos “grandes”.
Não é porque os “grampeados” sejam figuras arrepiantes como Romero Jucá, Renan Calheiros ou José Sarney – haja mármore no Inferno para a trinca! – que se deve deixar de pensar na abjeção moral que é um ladrão sair de gravador no bolso a montar armadilhas para capturar outros, por cujas peles trocará livrar a sua. E ladrão-carrapato, vindo do tucanato que se manteve firmemente agarrado a sugar durante quase todo o governo petista, patrocinado por aqueles a quem agora delata –
Quem a isso resistir, ponha-se na Torre de Londres, modernamente situada em Curitiba, até que o arrependimento obtido com grades os faça ceder e confessar perante os novos deuses.
A virtude é nada sem o pecado e não haverá anjos se não houver demônios.
Há dois anos, neste país, não há nenhum problema além desta Cruzada. Até porque todos os outros, agora, são seus frutos.
Os deuses não hesitam em lançar suas pragas porque o temor converte ou submete.
O projeto autoritário de poder que nos ameaça vai além do bando de ratos da política, dos quais o ninho mais largo e tradicional é a caciquia do PMDB, ornado de satélites que lhe são os “não sei nem de que partido eu sou” e os tucanos decadentes, que só na cola arranjaram vaga na procissão.
Seu centro é mais além, no Olimpo da casta judicial-policial.
Temer os ajuda, com suas ações meritórias de demitir, destruir, fechar, desativar, tornar o Estado menor e mais desprezível do que já nos levaram cinco séculos de gente igual ou quase igual no poder.
Mas não lhes bastam os governos reféns.
Miram adiante, no Estado Policial, ao qual o indivíduo não pode resistir quase nunca, pois está desgraçado apenas pelo dedo que lhe apontam.
As coletividades humanas, porém, podem, se alguns tiverem a coragem de apontar-lhes o dedo de volta e dizer o que representam.
O fascismo.
18 respostas
Texto solar, Brito… Parabéns!
Expressa o estado de ânimo… e tristeza profunda e desesperança… perante o futuro sombrio que está posto. Agora, há ainda forças capazes de remover esse entulho do nosso presente???
Não respondo pelo Brito, sr. Daniel, obviamente. Mas, se permite uma opinião, creio que não. A tristeza profunda a qual você se refere nada tem a ver com realismo, no entanto. Ser realista atualmente é encarar o que se vê pelo filtro que nos é imposto. Tudo que esperam dos que assistem estarrecidos o que fazem, é que percam as forças diante do mal imposto por eles.
Fico triste, sim. Muito mais por imaginar a agrura a que estarão submissos os que lutarem pra reverter este processo num futuro próximo. Será preciso o surgimento de uma geração autônoma e inflexível diante das contradições de seus pais, professores, dirigentes, formadores de opinião de todos os tipos. Esta geração a qual eu me incluo, verdadeiramente não possui qualquer condição moral para reagir à conjuntura atual.
Quando um filho da classe média indignar-se com a ignorância e a prepotência de seus pais; quando um filho de trabalhador irritar-se com o servilismo de seus pais diante das “regras do jogo”; quando o filho de militante de esquerda se indignar do abandono dos pais em nome de uma causa maior, abusando de nobres princípios para escamotear sua incompetência e covardia nas relações interpessoais; quando pessoas verdadeiramente engajadas em boas causas deixarem de passar por cima das contradições observadas ao redor em nome da mesma causa; quando alguém que, ao deparar-se com o autoritarismo de qualquer natureza puder refutá-lo sem questionar se o mesmo é de esquerda ou de direita, ou duvidar de sua ilegitimidade diante da imagem forjada por quem se arroga o direito de exercer o autoritarismo; quando uma pessoa oprimida por outra recusar-se terminantemente a arredar o pé e vencer o medo do que lhe dirá a maioria covarde; quando as vítimas de toda coação moral ignorarem solenemente as amarras mentais as quais lhes tentam infringir e fazer o que deve ser feito; quando o verdadeiro guerreiro, movido por seus princípios e sentimentos mais sinceros decidir usar as armas de que dispõe, consciente de que a fraqueza de seu oponente não faz do mesmo uma vítima indefesa, senão uma débil criatura, incapaz de resistir individualmente à mínima convicção de seu oponente, sem com isto deixar de usar de subterfúgios para agredir primeiro; quando houver uma geração de jovens que recusa a lógica mafiosa do fascismo que os coopta, usa e os refuga, sem chances de ter uma vida para além dos interesses de seus comandantes… aí, sim, poderemos forjar uma verdadeira nação: com identidade, afeto e cultura autênticas, capaz de rebelar-se à traição de sua própria identidade sem pudores de comparações viciadas pela lógica dos que usurpam. Uma nação avessa a falsos afetos, falsas identificações forjadas no zinabre da covardia, na ferrugem da preguiça que escolhe o caminho mais fácil e na falsa esperança de se conseguir amalgamar dejetos na construção de um pretenso novo país ou um ilusório homem novo.
Uma geração que gosta de lutar e aprende lutando. Que não se pacifica, nem entrega sua alma por uma vida amortecida e conformada com o possível. Uma geração que tem constantemente o botão de “foda-se” ativado para toda e qualquer regra que cheire a destruição ou desumanização de si ou de qualquer um que se atreva a lutar. Uma geração que não aceite chefes, senão reconheça a liderança pela autoridade moral de quem profere palavras em defesa dos que sofrem, mas, sobretudo, dos que lutam e gostam de lutar. Uma geração com verdadeiro senso de dignidade, para além da imagem ou adequação a uma sociedade que exige tolerância ao indigno para continuar existindo.
Esta geração não somos nós. Somos a geração da culpa, da crise, da destruição. Não é realismo dizer isto. É a verdade, para além de nossa realidade. Li uma frase do Vanzollini que explica o que somos: “o mais difícil não é sacudir a poeira e dar a volta por cima. O mais difícil é conscientizar-se da queda”, algo assim.
Recuso a resiliência burra a qual tentam incutir na cabeça do brasileiro, “aquele que não desiste nunca”. Gente burra e arrogante é igual pão, quanto mais apanha mais cresce. E esvazia-se, até que tudo em si vire uma grossa casca.
Desta vez teu excelente texto conclui pela metade. O estado policial é tucano. Agora o pessoal a ser linchado é do PMDB. Aécio, o hepta mencionado na Lava-Jato, obteve mais um HC informal do Gilmar Mendes. O que nos faz pensar que esta nova onda de revelação de grampos é coisa dos tucanos que usaram o PMDB para tirar a Dilma.
John,
Vai haver um beneficiário politico, que fala português, desta conspiração toda. Pode até ser um tucano, mas tenha clareza que o que vivemos é uma trama engendrada muito mais acima. Os “deuses” policiais (MPF, PF, Juiz de Primeira Instancia), não seriam nada se não houvesse por trás deles uma grande trama para reduzir o Brasil e a América Latina a pó!
Você está certissimo, a ordem é lá de cima…..a AL irá servir de escravidão para salvar o capital americano e europeu
Eles ainda me parecem jagunços! Essa conspiração não tem um homem central. As que o têm o revelam logo! Os conspiradores são muitos, todos de mesma agenda. A conspiração é dos políticos de carreira, que usam o corporativismo das instituições (pf, mp e judiciário) para atingir seu objetivo.
Cria-se uma crise institucional para inspirar desconfiança extrema no sistema vigente. Mas não há milicos na esquina com seus tanques preparados. O que há é uma corja de velhacos esperando para dar o bote, hoje, no Brasil de Lula, que se deu no Brasil de Jango no início dos anos 60: os “populistas” que aceitem um parlamentarismo. Esse é um velho sonho dos tucanos (FHC incluso): não precisar de votos para governar a entrega do Brasil aos seus parceiros. Diga-se o que quiser de José Sarney. No governo deste, o farol de Alexandria consulta o Presidente, falando que o que o Brasil precisa é de um sistema parlamentarista. Foi devidamente rechaçado pelo oligarca maranhense.
Digo que os brucutus homens da lei de hoje são apenas jagunços dos políticos vermes a que protegem incessantemente. Gilmar blinda o Aécio, declara a intenção de inocentar Jucá e protege Daniel Dantas. Como disse o Barbosa, Gilmar pode ter capangas no MT, mas se mostra como o capangão de outras pessoas. Mesma coisa com o Moro, com todos os seus comichões de fazer uma terra arrasada na política e na base industrial brasileira, sua coleira só permite que ele vá morder as pernas do Lula, e ninguém mais.
Não estamos a um passo do Estado Policial, já estamos vivendo um Estado Policial. Basta ver a coleção de arbitrariedades que assola o Brasil. Tudo com as bênçãos da Suprema Corte que abriu as portas para que bandidos assaltem o país.
Estado jurídico policial. Não nos esqueçamos de Gilmar mentes, celso te ferro, rosa verme, fux e outros ratos
O STF se compromete a cada segundo de seu silêncio.
O golpe não seria possível sem esta corja.
Tudo bandido.
#ForaFascistas! Não passarão!
Que horror FB, precisamos lutar contra isso tudo. Pobre Brasil.
Exército monitorando os movimentos sociais. Seria tão ruim assim?
Saiu uma notícia que de onde partiu tem que ser relativizada, porém vejo mais de forma positiva o resultado que teria este monitoramento do que algo negativo, pois a história já demonstrou que o real conhecimento das situações de vida do povo brasileiro, não gerou um movimento de direita, mas sim o TENENTISMO.
Fico muito feliz que o Exército Brasileiro esteja monitorando os movimentos sociais e espero que este monitoramento seja o mais próximo possível destes movimentos.
Podem até pensar que estou ficando louco, porém o exército brasileiro na sua base, soldados, cabos e sargentos, tenentes e capitães é composto na sua maioria de pessoas que ou vem das classes mais desfavorecidas da população brasileira, no caso dos soldados e suboficiais, ou da pequena classe média no caso de oficiais.
Diferentemente da constituição do exército em outros países, o exército brasileiro tem suas origens não na oligarquia rural ou urbana, pois esta oligarquia não acha a função do mesmo como algo que dê algum status que eles acham que merecem. Posso dizer isto com certeza, pois minha família por parte materna era constituída basicamente por militares, que com o golpe de 1964 teve uma ruptura com as forças militares e ninguém mais entrou para o exército.
Agora olhando historicamente para este exército nacional, vemos claramente que na sua história os elementos nas primeiras fases da ascensão na carreira e os suboficiais e soldados, quando se aproximaram do povo geraram, por exemplo, a negativa destes em perseguir escravos fugidos no fim do império e de formar o movimento tenentista na República Velha.
À medida que os militares ascendem na carreira e assumem postos mais elevados são mais bem aceitos nos meios mais oligárquicos, mas sempre com reservas, e começam a assumir posições mais conservadoras.
Assim sendo fico alegre em saber que as forças do exército estão tomando contato com os movimentos sociais, pois a melhor forma de se deixar de odiá-los é através do conhecimento dos mesmos. Inclusive quanto maior for à infiltração dos serviços de segurança do exército nos movimentos sociais melhor será o conhecimento do “inimigo”, criando desta forma uma visão mais clara e sem preconceitos dos motivos das lutas e a “cara” de seus militantes.
Acho que a ideia de infiltrar nestes movimentos sociais militares para monitorá-los pode ser muito mais um chamado tiro pela culatra das oligarquias brasileiras do de uma defesa das mesmas, o dia a dia, junto a estes movimentos dará a verdadeira face do Brasil e criará empatia mais do que rejeição.
Se os movimentos sociais forem devidamente infiltrados e monitorados, não acharão no meio deste nada mais do que eles são, movimentos de resistência popular a opressão as mesmas oligarquias que no Império queria que as forças armadas da época servissem de capitães do mato, e que na república velha queriam que o Exército salvassem as elites oligárquicas da época na sua sanha de saquear o país.
Espero que os movimentos sociais recebam de braços e corações abertos estes infiltrados, pois o que resultará nisto certamente será mais positivo para estes movimentos do que negativo, a gênese de todos os exércitos populares que surgiram no mundo sempre foi de elementos das próprias forças armadas destes países, que longe de uma doutrinação ideológica intensa e não provindo das castas oligárquicas compreenderam o povo que juraram defender.
De tanto ler o Brito, já estou ficando meio que viciado em seu bom estilo. Claro, objetivo e correto. Por estes dias, insisti em questionar os que, no decorrer das gravações do Jucá, eram tratados como “eles”. Queria ao menos ter um vislumbre convincente ou algum palpite sobre suas identidades. Ao que parece, o nosso blogueiro acredita ser nada menos que o próprio judiciário. Suas razões para tal opinião são translúcidas. Parece que são eles mesmos os componentes da “nova casta” citada (não sei no momento se pelo Machado ou se pelo Jucá).
Ainda assim, nem tudo está devidamente esclarecido para mim. Apossar-se do Estado de Direito e expandir o estado policialesco – já que nunca saiu de cena – são grandes demonstrações de poder e garantem a subjugação de toda a sociedade, das instituições e da classe política. Mas, por quanto tempo? Desmandos como os de Gilmar Mendes ou interpretações da lei, bem como procedimentos extravagantes como os de Moro, podem imobilizar a sociedade graças ao fato de se atingir parcialmente a setores menos interessantes do ponto de vista das oligarquias. Mas, e quando a onda chega até os pés destas mesmas oligarquias? Se curvarão com tanta facilidade? Trabalhadores, aceitaram calados as loucuras do governo comandado por eminências pardas? Enfim, toda esta pressão se sustenta sem apoio extra? Como escamotear o fato de que um Estado com a própria constituição corroída por seus próprios agentes da justiça – e estando eles no comando político de forma promíscua – nada mais é que uma grosseira ditadura, aos olhos dos que observam de fora?
Pra mim, se “eles” forem o judiciário, o principal interessado em promover a “nova casta” está é do lado de fora. Uma força que não se contenta mais em dividir o “butim” com tanta gente, pulverizando e dependendo de um cem número de calhordas mal acostumados e visivelmente incômodos à imagem de quem os tem por perto. Além do que, investigar relações escusas com gente de toga neste país, é pedir pra ser preso antes de se conseguir configurar o escândalo.
Recentemente li uma matéria interessante no “Outras Palavras” que atentava principalmente para o fato de que os principais agentes diretos do sistema plutocrata instalado internacionalmente prezam como parte de sua estratégia de poder, o anonimato total. Enquanto o mundo se descabela em conflitos e nos efeitos colaterais gerados pela desigualdade e pelo totalitarismo de certos setores, aqueles que financiam tais forças totalitárias e que locupletam da desgraça mundial permanecem sem nome, face, ou país de origem sequer.
Tendo meios para se investigar as relações entre estes novos agentes da vida política (já sabemos qual foi a cloaca que botou o ovo de Moro, mas é pouco), a relação direta entre a casta judiciário-policial e estes mafiosos anônimos internacionais seria evidenciada, inclusive com provas materiais (a terrível propina a que todos os outros recebem, menos os juízes). Com a roda da Fortuna girando aqui no Brasil, o que que foi fazer nos EUA o Joaquim Barbosa? Dizer que ele cansou dos holofotes seria meio simplista.
Fernando, cada dia que passa você se supera. Sugiro que você escreva um livro sobre esse momento tão triste da história do Brasil, para que no futuro as pessoas tenham uma idéia verdadeira do que aconteceu. E não sejam influenciadas pelas informações dos pais e dos avós coxinha e nem da mídia falseané.
Fernando no discurso do presidente interino e golpista teve um momento que fiquei muito emocionado foi quando ele num ataque raiva deu um tapa na mesa afirmando que nao e coitadinho que sabia pois foi secretario de seguranca em sao paulo por duas vezes E TA ACOSTUMADO LHE DAR COM BANDIDOS depois desse tapinha nao entendi o que isso tem a ver com seus ministros e o congresso.Pelo que sei ele e presidente interino do Brasil nao de uma penitenciaria.
Esplêndido o texto. Estamos a caminho de um Estado Medieval com a jurídico-messiânica inquisição.
Já estamos no Estado Policial desde que a lava jato começou a prender pessoas que nem sequer haviam sido intimadas e as submeteu à tortura psicológica para que fizessem as delações que se encaixassem na narrativa prévia dos procuradores aecistas.
E para isso muito tem contribuído nosso apequenadíssimo stf que ao adotar a jurisprudência golpista de seus similares de Honduras e Paraguai perdeu o direito de fazer citações pomposas de juristas alemães, que podem até ficar ofendidos (com razão) e criar mais um problema diplomático (com a Alemanha) dos muitos que Serra tem criado na sua afoiteza de entregar nosso patrimônio à agiotagem internacional.