Helena Chagas: STF manda dizer que não quer mais Moros

ESTADOPOLICIAL

Helena Chagas, no site Os divergentes, analisa o que está além dos autos na decisão de Dias Toffoli de relaxar a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo.

Faz todo o sentido o que ela diz ao afirmar que “A interpretação geral é de que o STF mandou um aviso importante aos navegantes: não quer mais Moros por aí”.

A proliferação de mandados de prisão preventiva de juízes de primeira instância pelo Brasil afora nos últimos tempos está preocupando a cúpula do Judiciário. Há o lado positivo de que, pela primeira vez na história, corruptos de colarinho branco estão indo para a cadeia. Mas há exageros e injustiças. E um claro efeito entre os juízes e procuradores: parece que todo mundo quer ser Moro e ter seus cinco minutos de holofotes.

Helena diz que “se o STF não teve ânimo, ou força, para enquadrar um Sergio Moro endeusado pela mídia e pela própria sociedade sedenta de justiça, está, por outro lado, decidido a não permitir que clones do juiz paranaense se multipliquem por aí.”

Deve ficar ficar atento, então, aos contatos nada institucionais como o feito pelo Ministro da Polícia Federal, Alexandre de Moraes, a Sergio Moro, uma completa inconveniência, sobretudo da parte de um governo que tem todo o interesse no que se passa em Curitiba, seja pelos seus adversários, seja pela pele de muitos dos seus integrantes.

Quando o Governo da República trata um juiz de primeira instância como símbolo do Poder Judiciário é mau sinal.

Até para os demais milhares de juízes, alguns loucos para aparecer como “xerifes” também.

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13 respostas

  1. Reparem na foto. Alguém saberia dizer se existe e qual seria o significado da espécie de sinal que eles parecem fazer usando as mãos? Alguns de maneira bem explícita, outros de maneira mais discreta.

  2. Otimismo a flor da pela . As aberrações jurídicas de quem pede a prisão e de quem decreta e aceita o pedido, aberração no sentido do pedido em si , das explicações e provas relacionadas . Quem tem foro privilegiado pode contar com atenção dos onze pássaros pretos e que não tem . E nesse caso porque envolveu uma senadora.

  3. O que não entendi na decisão de Tófoli e justamente isso, pois ela se aplica como uma luva nos desmandos da lava jato. Fala até em “conjecturas” e “ilações” do MP que são os argumentos mais frequentes dos advogados dos acusados pelo MP aecista de Curitiba que faz dobradinha com Moro.
    A minha leitura é que como Tófoli é uma espécie de estagiário de gilmar, ele não tomou a decisão sem antes consultar seu “mestre” e gilmar está claramente protegendo as vítimas dos áudios de Machado no senado talvez em troca do voto deles a favor do golpe. Suspeita-se que o vazamento dos pedidos de prisão dos denunciados por Machado tenha vindo do chefe de Tófoli e isso foi fundamental para que os senadores reagissem e suas prisões tenham sido abortadas. Nada é por acaso ou em nome do Direito ou da Justiça quando vem do nosso apequenado stf que agora não tem mais como referência os juristas alemães e sim os hondurenhos e paraguaios.

  4. Os candidatos a Eliott Ness de Curitiba resolveram ostentar seus sobretudos de meganha americano.
    É muito provincianismo desses idiotas, PQosP!!!

  5. Temer neoliberal incomoda os militares

    Por cesar fonseca ubiramar lopes

    em 15/06/2016

    O texto de Cezar Fonseca salienta que graças ao nacionalismo dos treze anos da Era Petista, os militares desenvolveram outro conceito de segurança social, que não se compatibiliza com a política neoliberal. Este novo conceito baseia-se na Escola de Copenhague, e transcende o mero equipamento e treinamento militar, expandindo o conceito de segurança nacional ao desenvolvimento econômico, em que a sociedade tenha diante de si ofertadas a educação, a saúde, o emprego, a renda e o consumo adequados às suas exigências de dignidade humana e social. Ou seja, os militares, com seus três projetos, aprovados nos governos Lula e Dilma, não entendem mais a segurança pública e nacional como produto de prioridade conferida à força policial. Muito pelo contrário. A força policial, em si, é vista como produto da insegurança social, da insuficiência dos fatores econômicos e políticos capazes de atender demandas comunitárias. Isto está claro no Programa Nacional de Defesa (2005), na Estratégia de Defesa Nacional (2007) e na Doutrina Militar de Defesa Nacional (2008), aprovados no Congresso Nacional e constantes, desde então, no ordenamento jurídico brasileiro.
    Os projetos de segurança nacional são, ao mesmo tempo, âncoras do desenvolvimento com viés amplamente nacionalista, visto que sua prioridade é o fortalecimento de uma geopolítica brasileira que confere ao Brasil posição independente no mundo globalizado.
    O governo Temer, com sua polítiica anti-BRICS e com seu carrossel de medidas de austeridade neoliberal antipopular que acaba com poder de compra dos trabalhadores, diminuindo renda disponível para o consumo, deprimindo as forças produtivas, enquanto não se faz nada contra o processo de sobreacumulação especulativa da renda nacional, para atender reivindicações de bancos, da Febraban que tomou conta do Banco Central, para fazer a política da agiotagem contra a sociedade etc, eis o que apavora, no momento, os comandantes das forças armadas. A austeridade neoliberal – para os ricos, tudo, para os pobres, pau – acelera providências que aumentam extraordinariamente a instabilidade social e a insegurança pública e política. Vai o jogo do ajuste fiscal austero, bancocrático, na linha contrária propugnada pelos projetos nacionalistas dos militares, como alternativa de desenvolvimento nacional sustentável.
    Por isso, o governo Temer, do ponto de vista das Forças Armadas, vai se transformando, aceleradamente, em grande fator de insegurança nacional.
    Texto completo em:
    http://independenciasulamericana.com.br/2016/06/temer-neoliberal-incomoda-os-militares/

  6. De montagem cênica basta um: MORO é no século XXI o que Buffalo Bill foi no XIX. Como este, que nunca foi herói de nada e se tornou um show man, o braZileiro é uma criatura midiática.

  7. Moro é uma excrescência que não faz justiça, justiçamento de adversários políticos e do PT é o seu mister, mesmo que leve o país a ruína Afirmar que a Lava Jato é um parâmetro de justiça é uma bobagem porque a o animus é questionável. Cunha, Temer , Moro, Janot e PSDB (pai de todos) estão no mesmo balaio. O STF está acovardado, exceção a Gilmar Mendes que sabe muito bem o que faz.

  8. Chega a dar medo ver esta gente junta. Parecem um bando de mafiosos, com estas capas. Dá a impressão que querem mostrar que destoam do resto da sociedade, que não pertencem a este povo, a esta nação. A arrogância saída pelo poros só não pode ser chamada de loucura, se considerarmos que eles têm total segurança quanto sua força. Algo que só pode vir de apoio pára-institucional. As críticas aos abusos não lhes atinge em nada. Estão certos do querem e que sairão impunes de seus atos.
    Se tentaram passar uma imagem de austeridade, podem esquecer. A soberba está escancarada. E isto não é atributo de gente austera.

  9. Parece que a temporada de celebridades chegou ao fim. Só valeu e ainda valem para os perseguidores do PT. Como Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, os malvadinhos da lei. Que o tempo lhes traga o devido esquecimento pelo horror que difundiram. E, Oxalá, que homens sérios, íntegros e de juízo candidatem-se a cargos de juízes e ministros.

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