O ‘clima’: quanto mais Jair explica, mais se complica

Live de madrugada para tentar conter o estrago, Jair Bolsonaro dá a impressão de que alguém avisou que foi grande, nos permanentemente medidos índices que sua campanha usa para avaliar a repercussão dos fatos da campanha.

Não é o caso nem de explorar as contradições de suas justificativas de que fazia apenas uma visita a casa de refugiados venezuelanos, porque na sua declaração polêmica ele é bem claro ao dizer “voltei”, o que quer dizer ter ido outra vez, depois que “pintou um clima” ou que, no UOL, a dona da casa visitada disse que ali havia uma sessão de estética – algo nada incomum entre adolescentes – e por isso as jovens estavam ” se arrumando no sábado”, segundo revela reportagem do UOL.

O importante é que o assunto virou um tsunami nas redes sociais, com quase um milhão de tuítes com menções sobre o “pintou um clima”, “pedófilo”, “pervertido’ e – vejam só – a “solidariedade” recebida pelo presidente de Gabriel Monteiro, o vereador carioca pedófilo que perdeu o cargo por isso.

Quase sempre cético sobre os efeitos eleitorais de tantas declarações e atos, aventuro-me a dizer que, desta vez, isso parece ter acontecido, e novamente por ações exclusivamente de responsabilidade do atual presidente.

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