Fernando Morais, o “evasor” de R$ 2 perde para mim, o “sonegador” de 6 centavos

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A casta burocrática de alto coturno produziu um episódio tragicômico com o escritor e jornalista Fernando Morais.

Ele reproduz, no Facebook, o comunicado ameaçador que recebeu por ter mandado a um amigo, como retribuição a um presente, duas moedas de R$ 1 dentro de um livro.

Diz o meganha postal:

“Informamos que a utilização do canal postal para o envio de moeda corrente está sujeito não somente às sanções administrativas, mas também a uma responsabilização na esfera criminal. Dessa forma, solicitamos aguardar.”

Sinto muito, Fernando, ganhei longe de você em matéria de estupidez burocrática.

Fui autuado pela Receita Federal por “sonegar” R$ 0,06. Isso,  6 centavos, pode ver aí em cima.

Com a multa  e mais os juros de mora, o total da autuação foi de 11 centavos, débito do qual fui comunicado por uma carta com Aviso de recebimento, que custa 40 vezes mais, no mínimo.

E você, Fernando, ainda colocou as moedas no livro.

Eu, nem sonegar soneguei.

E, se tivesse sonegado, para pagar, teria de recolher R$ 10, que é o valor mínimo do DARF.

Ridículo.

Quando contestei a atuação, “descobriram” que era o Fisco quem me devia, e quase R$ 6 mil.

Reconheceram e me deram o mesmo “solicitamos aguardar”.

Estou aguardando que paguem há anos,  até hoje.

Tudo isso seria irrelevante, motivo de piada.

Se os palermas que fizeram isso não custassem uma fortuna ao povo brasileiro, em corporações de Estado que se arrogam, por mérito concursal, o direito de serem os portadores incontestáveis da verdade legal e, por isso, ter remunerações que não podem ser contidas em nome dos interesses do povo brasileiro.

Mandar R$ 2 em moedas como um presente ou, supostamente, sonegar 4 centavos chamam a sua atenção.

Enviar milhões de dólares para o exterior ou sonegar bilhões ganham nomes bonitos como “trust”/”off-shore” e “planejamento tributário”,

Portanto, Fernando, entre os seus R$ 2 reais e meus 11 centavos (já contando as multas e os juros), eu ganhei.

Você me deve um real.

Só não mande pelos Correios.

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19 respostas

  1. Cadê desornesto? Você que gosta da história do Al Capone, que foi pego por sonegação. Pede pra prender o Brito, pelos seis centavos. A escala é importante: um pedalinho e o projeto de compra de um apartamento mequetrefe te escandalizam, enquanto os cinco milhõezinhos do Cunha não. Então, por certo, os seis centavos do Brito hão de resultar na defenestração permanente de um blogueiro ex-estatizado, não?

      1. Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor…

        Coxinhas x Mortadelas

        Uma relação de amor e odio !!

  2. [BARRACO NO BAILE DO GOLPE!]

    … O que deu na ‘veja’?
    A ‘veja’ está mesmo “peitando o Janot &$ o Gilmar”?
    E confirmando que as acusações contra “o supremo amigão do gilmar”, Dias Toffoli, são mais densas do que estão tentando camuflar?

    ***

    Janot se enrola ao explicar suspensão da delação de Léo Pinheiro
    Decisão é resposta às suspeitas de Gilmar Mendes, mas motivos carecem de lógica: se não há anexo contra Dias Toffoli

    23 ago 2016, 21h39 – Atualizado em 23 ago 2016, 22h10

    (…)
    VEJA, naturalmente, conhece os bastidores do que se convencionou chamar de “vazamento”. Durante a apuração, a revista firmou o compromisso de manter suas fontes no anonimato — e vai manter o compromisso. A reportagem de VEJA teve acesso ao anexo da delação em que Léo Pinheiro mencionou o nome de Dias Toffoli. A expressão “ter acesso” significa que os repórteres de VEJA viram e leram o anexo. E apuraram que os termos do anexo estavam em discussão na proposta de delação de Léo Pinheiro. Por isso, VEJA mantém tudo o que foi publicado na edição que está nas bancas.
    O dado mais intrigante na versão pública de Janot é sua decisão de cancelar as negociações com Léo Pinheiro. É intrigante não apenas porque é a primeira vez que o noticiário antecipando os termos de uma delação resulta em cancelamento das negociações. É intrigante, também, porque tem uma falha de lógica. Se nunca houve delação contra Dias Toffoli, se nunca houve anexo algum sobre o assunto, por que o procurador-geral cancelou as negociações? Por que não a manteve normalmente?
    Em sua fala na reunião do conselho desta terça-feira, Janot dá uma pista das razões de sua decisão. Disse o seguinte: “Na minha humilde opinião, trata-se de um quase estelionato delacional, em que inventa-se um fato, divulga-se o fato para que haja pressão ao órgão do Ministério Público para aceitar desta ou daquela maneira eventual acordo de colaboração.” Com isso, fica claro que Janot acha que a divulgação da menção a Dias Toffoli é parte de uma conspiração — da qual VEJA participaria — para forçar que a delação seja aceita. Mas, se não passa de um “quase estelionato delacional”, volta-se à pergunta que não quer calar: por que cancelar a negociação? Não bastaria ao procurador aceitar a delação nos termos que bem entendesse – e desprezar o que a imprensa mentirosa e leviana noticia?

    FONTE: http://veja.abril.com.br/politica/janot-se-enrola-para-explicar-suspensao-da-delacao-da-oas/

  3. E ai turma de progressistas, cansados de teclar ? Ja fizeram os cartazes ? Ja foram às ruas ? Ou estão curtindo muito a alegria das virgulas e das pausas para um café enquanto o Brasil vai pro buraco ? Legal né ? Podemos sempre culpar o outro depois, é mais facil e menos desgastante.
    Viva Lula e Dilma guerreiros, corações valentes, verdadeiros democratas que lutam até o ultimo minuto !!! Vamos vencer !!! Todos às Ruas !!!

  4. Indio abreu, tua imagem perfeita para lembrar-nos o que é real como o obvio uivante.
    cunha é o cocô cheio de vermes do cavalo do bandido [ bandido, quem?] e está desde março 2014 no centro do salão do golpe.
    Passou a feder mais desde dezembro 2015 quando o STF recebeu denuncia sobre ele e sentou em cima.
    Em cima do monturo e sem creolina.
    a proposito, a quê mesmo rescende hoje a suprema corte?

  5. Estão enchendo muito a bola do Cunha. Na verdade ele é o cocô da mosca do cocô do cavalo do bandido.

    BRITO, você sonegou R$-0,06 centavos? Que vergonha, que coisa de pobre. O Itaú, a Globo, o Santander, a Gerdau e a RBS sonegaram 21 bilhões e você sonega uma merreca dessas? QUE VERGONHA!

  6. Banestado mais de 30 bilhões de reais . evasão de divisas ,sabe quem era o juiz que arquivo o processo por falta de provas….? Dica
    A cada 3 mese ganha um prêmio do PIG é o queridinho da eleite burra…tá doido pra prender o Lula.

  7. Essa receita e seus funcionários, que se transformaram em uma casta de marajás é uma vergonha. Posso afirmar, com toda a segurança, que eles são enormes responsáveis pelos seguintes itens: sonegação fiscal (com burramente complexa legislação), atraso no desenvolvimento econômico (com infinitas portarias), preguiça no atendimento aos contribuintes e empresas (nós temos que nos submeter a agenda que eles decretam e não dão satisfação a ninguém, trabalham a hora e dia que querem).
    Lá, tudo é empurrado com a “barriga”. Eles têm um acervo de enorme banco de dados, mas não operam aquilo, nem minimamente de forma adequada. É um desastre essa gente. Verdadeiro atraso completo do País.

  8. Só uma perguntinha: Como é que a receita descobriu a milionária contribuição de R$ 2,00? As cartas já estão sofrendo censura nos Correios? Apenas um detalhe…

    1. As encomendas passam por raio X, como foi em metal deve ter acusado. Fernando, da próxima vez manda em nota de papel envolto com carbono dupla face que não vai ter problema. ….

  9. Perdi dos dois, durante três anos recebi mais que vinte reais acima do teto para declarar imposto de renda, decidi não declarar, depois de quatro anos me multaram e reteram minha restituição, paguei de multa uns sessenta reais de multa, incrível pega o cara que sonega menos de quarenta reais em três anos, mas não pega político que declara que uma fazenda vale um real….

  10. A correspondência que eles enviaram custou mais que o valor que discutem. Só a barnabezada brasileira mesmo. Se existir uma lei que seja bem clara proibindo o envio de moeda por via de correspondência, seja o valor que for, simplesmente apreende, deposita na conta do tesouro nacional e fim.

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