Ontem, no encontro de mulheres sindicalistas, Dilma Rousseff disse o que todos já percebem: está em curso uma articulação para o Brasil voltar a ser uma ditadura explícita, com um “golpe dentro do golpe”:
– Nós temos assistidos estarrecidos e perplexos todas tentativas de dar um golpe dentro do golpe. Nós temos de ter a ousadia de defender mais uma vez eleição direta para presidente. Estou dizendo isso porque, na hora que virar o ano, a Constituição prevê eleição indireta para presidente. É isso que se chama golpe dentro do golpe. Você cria a temporalidade para haja uma eleição indireta.
Para ela, já vivemos em parte um estado de exceção, onde aos opositores “são considerados inimigos e criminalizados enquanto os amigos do governo são poupados”. E citou o caso das denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero sobre a ação de Geddel Vieira Lima, em benefício pessoal:
– O estado de exceção é capaz de criminalizar alguns atos que são legítimos de expressão numa sociedade democrática e ao mesmo tempo perdoar atos que não são legítimos. Não é considerado crime de advocacia administrativa defender que se libere a construção de um edifício de 106 andares em área de patrimônio histórico.
Ouça fala de Dilma, na íntegra:
