Militares ainda resistem à ideia de que o golpe perdeu

Não é para os alucinados bolsonaristas que os chefes dos 3 poderes da República farão a reunião de emergência agora cedo no Palácio do Planalto.

O encontro entre Lula, os ministros do Supremo dos presidentes da Câmara e o interino do Senado é para mostrar aos que, nas Forças Armadas, ainda insistem em dar suporte ao golpismo que precisam recuar imediatamente.

Por incrível que pareça, mesmo depois da intervenção da segurança de Brasília e do afastamento do governador Ibaneis Rocha, há generais dispostos a proteger os alucinados que depredaram o Planalto, o STF o Congresso e, para isso, formaram tropa para impedir a prisão dos malfeitores acampados à porta do Quartel General do Exército.

As Forças Armadas, para vergonha das corporações que as integram, foram as únicas instituições nacionais que não se juntaram ao coro cívico de condenação da barbárie e, pior, estão se insurgindo, na prática, contra a decisão emanada do Supremo Tribunal Federal para que as concentrações golpistas sejam dispersadas.

Ainda é tempo para que os insensatos recuem e cedam à evidência de que não têm condições de sair deste impasse, ainda mais secundando atos de vândalos e depredadores, senão obedecendo ao bom senso, à Justiça e ao poder civil e legítimo.

Esta conversa fiada de que se deve ter paciência e esperar que os núcleos de marginais “se dispersem naturalmente” não pode sobreviver às loucuras deste domingo.

É preciso que os acampamentos golpistas sejam dispersados imediatamente e, se fossem inteligentes, os chefes militares ordenariam eles próprios a desocupação.

Do contrário, será a polícia que irá fazê-lo e mancharão inevitavelmente a imagem das Forças Armadas com a pecha de cúmplice de arruaceiros.

Este arremedo de golpe, em que fanáticos fundamentalistas foram postos à frente de covardes que nem sequer assumem seus objetivos autoritários, perdeu.

Só sobrevive nas barras das fardas militares e é preciso enxota-los de lá.

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