Seis por 100 milhões. A balança da concentração de renda no Brasil

seisporum

Ontem, divulgou-se o cálculo com base nos dados da Forbes e do Credit Suisse sobre a concentração de renda no mundo.

A oito pessoas mais ricas tinham a mesma riqueza que metade da humanidade – 3,6 bilhões de pessoas – somadas.

Hoje o UOL publica, como os mesmos dados, o resultado da conta em terras tupiniquins.

Os seis mais ricos têm o mesmo que metade dos brasileiros, somados.

Uma desigualdade brutal, estúpida, intolerável, medieval.

Mas há um dado na reportagem do UOL que talvez ajude a esclarecer o que estamos vivendo hoje.

Entre 2001 e 2012 a renda do sexteto e de seus companheiros nos 10% mais ricos cresceu.

Mas a renda dos 0% mais pobres da população brasileira aumentou em uma taxa  mais alta.

Isto, sim, é inadmissível.

Se não tivéssemos parado com isso, onde íamos chegar? Na civilização?

Veja a matéria do UOL:

Os seis homens mais ricos do Brasil concentram a mesma riqueza que toda a metade mais pobre da população do país (mais de 100 milhões de brasileiros), segundo o relatório da ONG Oxfam divulgado nesta semana.

A ONG britânica de assistência social e combate à pobreza usa como base levantamentos sobre bilionários da revista “Forbes” e dados sobre a riqueza no mundo de um relatório do banco Credit Suisse.

De acordo com a “Forbes”, as seis pessoas mais ricas do Brasil são:

Jorge Paulo Lemann, sócio da Ambev (dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica) e dono de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz

Joseph Safra, dono do banco Safra

Marcel Herrmann Telles, sócio da Ambev e dono de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz

Carlos Alberto Sicupira, sócio da Ambev e dono de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz

Eduardo Saverin, cofundador do Facebook

João Roberto Marinho, herdeiro do grupo Globo

A fortuna somada desses seis empresários era de US$ 79,8 bilhões (cerca de R$ 258 bilhões) em 2016, de acordo com a “Forbes”.

Na sexta posição entre os mais ricos do país, João Roberto Marinho aparece empatado com seus dois irmãos, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho, com patrimônio estimado em R$ 13,92 bilhões cada um. Se fosse considerado o patrimônio dos três irmãos juntos, a desigualdade seria ainda maior, segundo a Oxfam.

Melhora entre 2001 e 2012

No caso do Brasil, a ONG afirma que os salários dos 10% mais pobres da população brasileira aumentaram mais que os salários pagos aos 10% mais ricos entre 2001 e 2012.

“Em muitos países em desenvolvimento nos quais as disparidades salariais estão crescendo, a diferença de remuneração entre trabalhadores com diferentes habilidades e níveis de formação é um grande impulsionador da desigualdade”, diz o relatório da Oxfam, intitulado “Uma economia para 99%”.

Desigualdade é semelhante no mundo

A desigualdade é praticamente a mesma no cenário global. No mundo, apenas oito bilionários acumulam a mesma quantidade de dinheiro que a metade mais pobre da população do planeta, ou seja, 3,6 bilhões de pessoas juntas, segundo a ONG.

Entre os oito mais ricos do mundo estão o cofundador da Microsoft Bill Gates, o dono da rede de moda Zara, Amancio Ortega, e o cofundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg.

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11 respostas

  1. Se pegassemos os R$ 258 bilhões dividido pelos 100milhões de pessoas, daria 2.580 por pessoa neste ano, e acabaria o dinheiro.

    Se pegássemos os 2trilhões que o governo pegou do povo e dividisse pelos mesmos 100milhoes de pessoas, daria 20000 por pessoa e ano que vem teria de novo.

  2. O dinheiro na nossa sociedade tem um significado semelhante ao das Piramides dos Faraós, acreditam que lhes assegurará vida eterna, segurança e boa aventurança. Por isso o surgimento da raça humana, foi desde o inicio do seu aparecimento, um dos seres mais predatórios na face da terra, responsável pelo desaparecimento de centenas de outras espécies, e que causou isso foi sua inteligencia. Provavelmente desaparecerá mais cedo que muitas outras, se auto destruindo, pois no seu cerne estava a ganancia e a prepotência, de se achar melhor que outras criaturas incluindo a sua.

  3. Quando vou ler algo coerente de algum coxinha? Prefeito se vestir de gari para parecer popular, nem na menor cidade interiorana do Brasil. Só tucano mesmo para ser tão demagogo assim. Milionário varrendo rua… tá bom. Me engana que eu gosto. Quero ver ele, sozinho, limpar um banheiro público, que não tenha sido limoado antes pelos verdadeiros operários.

  4. O golpe dado pela elite e seus sócios do exterior foi um golpe dado contra os pobres, e contra o próprio povo brasileiro. Esta é a realidade.

  5. Caro Fernando, o Boulos foi detido e nenhuma notícia sobre este fato aqui no Tijolaço nem no Conversa Afiada. Tomei conhecimento pelo Sputinik e pelo Globo.

  6. Coxinhada trouxinha. Ajude os Marinho a ficar ainda mais rico. Eles ainda não são os mais ricos do Brasil. Tadinhos, façam um esforço, continue os assistindo e fazendo o joguinho deles. Vocês levarão um sonoro agradecimento quando não tiverem mais dinheiro nem pra trocar de TV. Plim, plim..

  7. Ah não esqueçam de tomar muita cerveja, de preferência da AmBev, utilizar o Facebook para divulgar suas ideias de jerico e depositar suas reservas, enquanto existirem, no Banco Safra. Assim estarão engordando o bolo dos seis mais ricos do país. Que tal?

  8. Odebrecht vem aí, laia laia laia. Em fevereiro a as boas línguas estão dizendo que saltará tampo de cabeça de aliados do Temer pra todo lado. As boas línguas dizem também que Lula e Dilma não serão citados. Aí que eu quero ver a porca torcer o rabo. Acho que o governo do interino vai miar.

  9. Uma dica, Fernandinho. Se vc matar um desses ricos achando que com isso o seu dinheiro será distribuído, o Código Civil garante a herança. Então, nada de tentar matar ninguém, viu?

    1. Oh alissonbroncoernesto.. pensa um pouco, coiso ruim. Nao importa se o meio de produçao sera’ capitalista, comunista, se o regime de governo sera’ presidencialista, miltarista, parlamentarista, monarquia. A questao, coisinha é: do jeito que esta’ nao pode ser. Nao importa se houve merito, ou roubo no enriquecimento dos empresarios, esta apropriaçao por poucos da maioria do que a terra tem para dar, nao pode se sustentar por muito mais tempo. E isto é em vista das mazelas, que voce, eu, todos nos vemos diariamente nas cidades e no campo. E’ simples, nao sei como sera’ feito, nao quero pessoalmente lhe contrariar, mas isto é, simplesmente, nao sustentavel, cara.

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