Siemens: “maracutaia” era geral, dos dois lados

Ladrão que age sozinho, por anos, em meio a uma multidão de incautos e distraídos, amigos, procurem nos romances policiais.

Nas organizações, sejam empresas ou governos, a corrupção é uma teia de cumplicidades.

Se era preciso mais evidências, a matéria de hoje do Estadão, assinada por Fernando Gallo e Fernando Schelle, as dispensam.

Do lado da empresa, que quer limpar a fachada, depois das milionárias condenações por suborno mundo afora:

“Um dos ex-executivos da Siemens que denunciaram a formação de cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e Brasília sabia da existência de uma conta secreta em um paraíso fiscal operada por integrantes da empresa no Brasil, mas não relatou o fato no acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”.

E do lado do poder público:

“No Brasil, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual paulista investigam vínculos do cartel com políticos e agentes públicos. Ex-presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Sérgio Avelleda, que ocupou o cargo no governo de José Serra (PSDB) e depois dirigiu o Metrô no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), já é réu em ação de improbidade administrativa.”

A matéria registra, ainda, aquele óbvio que tínhamos registado aqui: a história de Adílson Primo de que não sabia de nada, inclusive para que servia a conta em seu nome e no de outros três dirigentes no Banco Itaú de Luxemburgo, é conversa que nem aos bois faz dormir.

Portanto, ficamos assim: no mundo real, só quem faz assaltos desta monta sozinho – deixemos de lado os Arsène Lupin para os livros e filmes – é a agente administrativa Cristina Maris Meinick Ribeiro.

Esta, sim, é um gênio do crime: adivinhou que ia chegar justamente naquele dia um processo de R$ 615 milhões da Globo, foi à repartição, colocou-o numa bolsa e levou-o para casa. Tudo com o único e exclusivo fim de colocar em seu armário e, diariamente, admirar, embevecida, o produto de sua ousadia, sem que nada houvesse sido tramado com ninguém e nenhuma vantagem pudesse advir disso.

Pelo menos foi o que o nosso valente Ministério Público concluiu, não foi?

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9 respostas

  1. Os verdadeiros pilhadores dessa jovem e ingênua nação continuam soltos cometendo seus achaques sem que nada lhes aconteça. E os petralhas é que são os corruptos. Gil Blás de Santiana deve estar se remechendo em seus aposentos subterrâneos a reverenciar a moral tartufiana.

  2. Cadê a mobilização e a repudia aos médicos da máfia dos órgãos de minas gerais, que anestesiaram uma criança para vender seus órgãos? O Concelho de medicina no Brasil tem moral nem pra xingar ladrão de galinheiro. Espero que os médicos Cubanos possam trazer também um pouco de Ética para essas bandas.

  3. O FEBEAPÁ voltou!!!!!! E em grande estilo!!!!!!! Par quem não sabe ou não se lembra, o FEBEAPÁ é o “Festival de besteiras que assola o País”, do saudoso Stanislaw Ponte Preta. Eu tô rindo sem parar. Juntar esse Dr. Fonseca, com o Ex-Dr. Puliça (agora dr. Manicure), o cara do Sindicato dos Médicos do Ceará, com a twiteira deslumbrada, com os irmãos Marinho e o resto do P.I.G. dá um show sensacional. É muita besteira, asneira, bobagem, idiotice, imbecilidade, cara-de-pau, hipocrisia, desfaçatez, tudo reunido. E TEM GENTE QUE LEVA ESSA RAPAZIADA A SÉRIO!!!!!!!! Fica a pergunta: Quem é mais louco? o própruo ou quem o segue?

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