Compre na baixa, venda na alta, é o mantra dos engomadinhos do mercado financeiro.
Ronaldo Nogueira, o ministro do Trabalho, seguiu à risca essa regra.
Sai menos de dois meses depois de ter entregue um suculento pernil de fim de ano aos empresários, com a reforma trabalhista e estabelecido, com ela, regras semi-escravocratas nas relações de trabalho.
Sai no momento em que todos alardeiam uma recuperação da economia e, com ela, do emprego.
Mas qual seria a razão de um deputado-ministro-candidato deixar a trupe justo na hora em que parece, ao menos nos jornais, a peça começa a fazer sucesso?
Bem, a razão mais imediata é não ter de anunciar, dentro de um mês, uma queda entre 300 e 400 mil postos de trabalho de carteira assinada, típica do mês de dezembro e que levará para o campo negativo a contabilidade do número de empregos formais em 2017.
Há outra, que não deve demorar: mesmo sendo o que é, o Supremo deve derrubar partes da reforma, em uma das 12 ações diretas de inconstitucionalidade que contra ela são movidas.
E uma maior: chegar à eleição com menos memória de que é amigo de Michel Temer, em seu eleitorado da Assembléia de Deus no Rio Grande do Sul, em franca conversão à candidatura Jair Bolsonaro, é necessário para ter chances de ser reeleito.
O ministro do Trabalho é o mais sincero indicador que não há recuperação no emprego e que não há recuperação na imagem do Governo.
Se houvesse, porque ele pediria as contas quatro meses antes do necessário para se candidatar?
15 respostas
O povo tem memória curta ? Ou o que ele embolsou dá para comprar uma reeleição ?
Não podemos esquecer que i Cunha na calada da noite aprovou o financiamento de campanha privada para partidos.
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/200bjesse-o-golpe-criminalizou-a-igualdade-social
Perfeita a análise do Jessé Souza.
É só mais um rato porco deixando o porão da barca. Mas deve ter feito uma boa poupança.
O estrume da vaca que vira esterco tem mais valor que este desgoverno…saiu cagado!
Canalhas! O VERDADEIRO BRASILEIRO precisa votar SOMENTE nos Deputados da esquerda. Daí sim, o ETERNO Presidente LULA poderá implantar o referendo revogatório. Quero meu PAÍS de VOLTA! LULA somos NÓS!
Sobre o que os golpistas e seus apoiadores – comprados a peso de ouro – chamam de “retomada da ecnomia e dos empregos” e “saída recessão”, bastam algumas análises simples, para desmontar essas mentiras ou meias-verdades, mas que são passada ao público leitor, ouvinte e telespectador como se maior e mais absoluta das verdades fossem. Analisemos alguns pontos.
1º) Qual o incremento na atividade industrial em sua cidade? Qual a variação na produção, no consumo no mercado interno e nas exportações de produtos industriais? Qual o número de demissões e qual a média salarial dos demitidos? Quantos foram contratados ao longo de 2017 e qual o salário médio destes?
2º) E no comércio de sua cidade? Quantos estabelecimentos foram abertos e quantos foram fechados ao longo de 2017? Quantos empregados foram demitidos e qual a média salarial destes? Qual foi o número de contratações e qual o salário médio pago aos novos contratados? E o volume físico das vendas, em unidades de produtos, cresceu ou diminuiu neste ano, quando comparado a 2016?
3º) No setor de serviços, que num país subdesenvolvido como o Brasil abriga majoritariamente o ‘precariado’, mas que na mídia venal e golpista é tratado como reduto dos micro-empreendedores, autônomos, profissionais liberais e “patrões-de-si-mesmos”, o que você tem observado, aumento ou diminuição a das atividades e dos estabelecimentos? Salões de beleza, buffets, casas de festas, escolas, etc., têm tido o mesmo movimento de antes? Quantos estabelecimentos desse tipo foram abertos e quantos foram fechados ao longo deste ano?
4º) Por fim observem o setor do agro-negócio exportador. Quantos empregos foram gerados e quantos foram eliminados ao longo de 2017? Esse setor, responsável por grande parcela das exportações, não emprega quase ninguém e as receitas obtidas só beneficiam a casta dos proprietários.
Não é preciso ser profissional de Estatística ou trabalhar no IBGE para responder crìticamente às questões anteriores.
A saída desse “ministro” do trabalho apenas confirma o desastre que é esse governo golpista, formado pelas quadrilhas das oligarquias escravocratas, plutocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas. Mas as quadrilhas que possuem a maior responsabilidade nesse desmonte e degradação do Brasil não são as da política, por incrível que pareça; as ORCRIMs mais perversas estão no sistema financeiro nacional e internacional e na burocracia do sistema judiciário brasileiro. O alto comando dessas ORCRIMs fica nos EEUU como já demonstrei várias vezes.
MAIS UM PASTOR REACIONÁRIO FDP VOTADO NO RS ,O AUTO-DENOMINADO “POVO MAIS POLITIZADO DO BRASIL”,SOCORRO !!!!!!!!!
Ele sai de cena para tentar se esconder na neblina política de fim de ano, onde vai torcer pela futura confusão geral e pelo esquecimento dos eleitores gaúchos sobre seus atos. O mais provável é que ele seja inteiramente responsabilizado por seus atos durante o período eleitoral. Ronaldo Nogueira, ministro anti-trabalho, inimigo dos trabalhadores, autor da mais odiada reforma que o país já sofreu, com que cara se apresentará aos eleitores?
Enquanto esse povo pobre, ignorante e sofrido continuar votando em pastores, essa desgraça não acaba. Essa bancada evangélica fez pacto com o capeta. Não sai desse povo, um gesto sequer, de bondade em favor do pobre.
#NÃOVOTEEMPASTOR
Esse canalha chamado Ronaldo Nogueira é pilantra e bandido, ainda por cima usa a religião para se eleger. Esse canalha pertence a uma dessas seitas evangélicas que proliferam no país, seitas essas que arrancam dinheiro de seus fiéis, além de determinar como esse fiéis votam.
Ministério do Trabalho continuará sendo antiabolicionista, por Bernardo Mello Franco
QUI, 28/12/2017 – 17:32
Foto: Reprodução
Jornal GGN – Bernardo Mello Franco publicou artigo na Folha festa quinta (28) afirmando que nada vai mudar com a troca de comando no Ministério do Trabalho, que agora ficará a cargo do deputado Pedro Fernandes, do PTB. “O líder do partido na Câmara, Jovair Arantes, me disse que nada vai mudar. ‘Sai o Ronaldinho e entra o Cristiano Ronaldo. Vai marcar gol do mesmo jeito’, prometeu. Vamos esperar sua primeira bola quadrada.”
Para Franco, o Ministério do Trabalho virou feudo do PTB e encarnou o “espírito antiabolicionista que carateriza boa parte do governo Temer.”
Por Bernardo Mello Franco
Na Folha
O ministro do trabalho escravo
Na última semana do ano, o petebista Ronaldo Nogueira deixou o Ministério do Trabalho. Dublê de deputado e pastor evangélico, ele será lembrado por uma atitude pouco cristã. Editou uma portaria sob medida para dificultar a repressão ao trabalho escravo.
Publicado em outubro, o texto expôs o país a mais um vexame. A ONU manifestou “profunda preocupação” e lembrou que o Brasil convive com o trabalho degradante “em fazendas, fábricas e domicílios”. A Organização Internacional do Trabalho alertou para o “aumento da desproteção e vulnerabilidade de uma parcela da população já muito fragilizada”.
Por aqui, a repercussão também foi desastrosa. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, definiu a portaria como um “claro retrocesso”. A ministra Rosa Weber, do STF, afirmou que o texto afrontava direitos fundamentais dos trabalhadores e decidiu suspender seus efeitos.
A portaria escravocrata virou um símbolo do espírito antiabolicionista que caracteriza grande parte do governo Temer. Foi mais uma vitória de setores retrógrados, que apostam na precarização do trabalho para aumentar suas margens de lucro.
Nogueira também ajudou a retalhar a CLT, com a promessa de gerar mais empregos. Nesta quarta, soube-se que o país perdeu 12.292 vagas com carteira assinada em novembro. Foi o primeiro mês com as novas regras em vigor. O anúncio foi feito pelo próprio ministro, que pediu o boné poucas horas depois.
O deputado-pastor era um ilustre desconhecido até ser nomeado. Foi escolhido por Roberto Jefferson, presidente do PTB e condenado no mensalão. Depois da sua saída, a pasta continuará a ser um feudo petebista. A sigla indicou o deputado Pedro Fernandes, eleito pelo Maranhão.
O líder do partido na Câmara, Jovair Arantes, me disse que nada vai mudar. “Sai o Ronaldinho e entra o Cristiano Ronaldo. Vai marcar gol do mesmo jeito”, prometeu. Vamos esperar sua primeira bola quadrada.
O pastor é meu senhor: algo me faltará.
Porque trabalho não é o negócio dele.