Número de carteiras assinadas recua ao nível de dez anos

CARTEIRAS

O Brasil tem hoje quase 20 milhões de pessoas a mais que em 2009.

E um número igual de carteiras de trabalho igual ao que tinha uma década atrás.

No gráfico do IBGE que reproduzo o quadro dramático é mais visível: em quatro anos, desde 2014, praticamente quatro milhões de carteiras de trabalho foram perdidas.

Mais de 10% em números absolutos e muito mais que isso se considerarmos que, de lá para cá, algo acima de 4 milhões de pessoas entraram na força de trabalho (empregadas ou procurando emprego) e cerca de 10 milhões chegaram à idade considerada pelo IBGE como de trabalho, em potencial.

O desemprego só não é estatisticamente maior porque, simplesmente, é cada vez maior o número de brasileiros que desistiu de obter emprego e vive de “bicos” e outros expedientes: em quatro anos, as politicas neoliberais nos levaram a praticamente dobrar a população desocupada.

Muitos detalhes e análises poderiam ser repisados diante dos números do IBGE.

Mais importante é dizer que, num quadro destes, não há solução possível para nenhum  problema econômico ou social. Nem para a Previdência, nem para o consumo, nem para as receitas públicas, nem para a educação nem, muito menos, para a violência e a criminalidade.

 

 

 

 

 

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6 respostas

  1. Foi pra isso que deram o golpe do impeachment sem crime em Dilma? FOI!!! Quanto menos vagas de trabalho, mais mão de obra escrava na praça, mais lucro pros apoiadores do golpe.

    Insegurança social fruto do crescente desemprego? Chamo o exército pra enxugar gelo.

    Paz Social só com Geração de Emprego, Renda, Educação e Programas Sociais de Inclusão.

    E o Lula, que durante seu governo gerou 20 milhões de empregos com carteira assinada, é que está preso.
    #HelpPrincesaIsabel

  2. Seria um mal menor, até um castigo merecido, se os que perderam o emprego fossem todos batedores de panelas.
    Digo que seria um mal menor porque, embora os ditos batedores de panelas não passem, na maioria dos casos, de pobres coitados feitos de bestas pelos espertalhões criminosos que aplicaram o golpe e usados como buchas de canhão, muitos que foram mandados para a rua da amargura não participaram da farsa nem com ela concordam. Apenas foram vítimas do golpe e dos pobres de direita que batem palmas para os que lhes puxam os cabrestos.

  3. O sujeito trabalhava como metalúrgico, ganhando R$ 3.000,00 por mês. Pagava R$ 800,00 de aluguel, e se virava com o resto. Agora ele evoluiu, tornou-se empreendedor: vende lixa de unha no semáforo, fatura R$ 600,00 por mês, e conseguiu sair do aluguel: mora debaixo da ponte.

    Todos estamos nos tornando empreendedores.

    1. Moro no Vale do Paraíba (região industrial e tecnológica do Est. de São Paulo) e duas noticias chamaram a atenção nos últimos dias: domingo passado o jornal “O Vale” informava que a população de moradores de rua (na maior cidade da região) tinha aumentado 50% e nesse domingo o mesmo jornal informa que emprego e renda despenca em toda região. Resumindo: gente que perdeu o emprego, a renda, não tem mais dinheiro para pagar aluguel e se “vira como pode”. Sobram queixas dos comerciantes (cujos clientes sumiram). Isso sem falar no aumento de roubos, furtos e assaltos em geral.
      É a retomada economica, que só existe para os comentaristas televisivos.

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