Diz o provérbio gaúcho que “cavalo encilhado não passa duas vezes”, retratando a ideia de que as oportunidades não devem ser desperdiçadas.
Há riscos, porém, na pressa e imprudência desta escolha: o de não ver se é matungo ou mesmo asno a montaria que se toma para a marcha.
Janio de Freitas, hoje, na Folha, discorre como, depois de rejeitá-lo pela sua carreira de aventureiro ambicioso dentro do Exército, os militares passaram a vê-lo como maneira de serem reconduzidos ao poder, com minguante resistência à aventura.
E como, agora, depois da farta exibição de mediocridades e de cumplicidades com o mundo obscuro da milícia, há um crescente incômodo com os perigos que a escolha temerária lhes trouxe.
Está no ar
Janio de Freitas, na Folha
Excluído do Exército, sob ponderações no Superior Tribunal Militar que puseram em dúvida até seu equilíbrio mental, Bolsonaro ficou à distância de sua classe por muito tempo. Embora refletindo-a nas opiniões e, proveito também eleitoral, nas reivindicações.
A perspectiva da candidatura à Presidência mudou sua relação com o passado. Por utilitarismo, sem dúvida, Bolsonaro empenhou-se em ser dado como capitão, representante legítimo de todas as idiossincrasias e da radicalidade conservadora, anticultural e patrioteira da caserna. O candidato identificado com as Forças Armadas.
Os comandos do Exército aceitaram o risco dessa identificação, apesar da preocupação até revelada. Os da reserva, categoria em que as pretensões de superioridade e os sectarismos podem se mostrar mais, regozijaram-se com a atitude de Bolsonaro.
O então comandante do Exército, general Villas Bôas, que se reconhecera como um dos preocupados, formalizou a aceitação do risco, aparentando dá-lo por extinto.
Em duas semanas após a posse, a preocupação voltou a muitos. Pelo avesso, porém. Como preocupação com a possibilidade de identificação, aos olhares internos e sobretudo externos, dos militares e seus generais com Bolsonaro, suas ideias irrealistas e o círculo familiar-religioso insustentável.
Desde a terceira semana, o lento desenrolar do caso Flávio Bolsonaro e seus tentáculos até o próprio Bolsonaro tiveram a contribuição do vexame no Fórum Econômico Mundial para agravar o estado de coisas. Se cá fora, sem comprometimento com a situação, seus possíveis desdobramentos causam inquietações, é fácil imaginar o que se passa com a maioria dos generais, inclusive como contribuintes da identificação militar com o novo e caótico poder.
Nos últimos dias, as interpretações, análises, deduções, dos mais diversos calibres, povoaram as mentes e conversas dos próximos e dos mais atentos às várias movimentações no poder e arredores.
Admitidas exceções, entre os generais do governo militarizado e Jair Bolsonaro o ar já não é o mesmo.
Apesar do esforço, a poluição é perceptível.
Ainda não se conhece poluição que não deixe consequências.
50 respostas
O problema é esses militares tão “racionais” e “ciosos de seu papel social” substituírem, com aval de parte da “esquerda”, o capitão pelo general-vice. Este último tão tresloucado quanto, mas com “boa aparência”…
Quem na esquerda ou em parte dela dá aval aos militares?
Repare que eu pus “esquerda” entre aspas. Isso posto, nomeemos os bois: Luís Nassif e Kiko Nogueira.
Pelo que eu li no blog do Nassif, ele dá como certa a substituição do capitão pelo general. Hora nenhuma eu entendi que ele achasse isso desejável.
Pelo que depreendi, o Nassif não deu nenhum aval à substituição do capitão pelo general, apenas explicitou um aspecto político de nossa conjuntura. Mas pode ser que sim e nesta altura dos acontecimentos que mal faz?
Você quer dizer que Luis Nassif e Kiko Nogueira, representantes de uma certa esquerda “com aspas”, com seu “aval” são solidários com as “conspirações” palacianas do vice com pretensões a presidente Mourão? É isso mesmo? Algo como o Haddad ser o Plano B do Golpe de Estado nas eleições? Ou como Dilma dando o auto golpe para ficar com a cadeira de senadora que não conquistou? Ou “apoio crítico” a internvenção militar no Rio para não perder o apoio dos setores militares (?, risos) que de verdade nunca tivemos? Ou as ironias em relaçõa a quem criticava essa intervenção como portadores de “sindrome de Belchior”?
Acho que você está assistindo muito – nomeemos – “duplo” “expresso” (duplo e expresso com aspas) nosso máximo representante da loucoesfera de “esquerda” (sic)
Olha, a única coisa que eu fiz foi responder à sua pergunta.
Os artigos estão nos respectivos sites (DCM e GGN), bem como os comentários em grande parte críticos às ideias de ambos os articulistas. As ilações deixo por sua conta.
As justificações são piores e mais confusas que as falsas afirmações.
Vamos parar com isso, vamos parar com isso. Nassif e Kiko apenas fizeram prognósticos, não estavam propondo soluções. É preciso nos mantermos em cima dos trilhos, porque as miragens laterais levam ao abismo.
Concordo. Para tanto, precisamos saber onde estão os trilhos e quais são as miragens.
Engano seu. Nassif não dá apoio ao Mourão. É só ver o último “xadrez” publicado no blog dele, principalmente na parte final, em que ele enumera todos os podres do general.
Adma, José e Antônio Carlos:
Eu me referia a este artigo: https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-de-hamilton-mourao-futuro-presidente-por-luis-nassif#100
Da leitura entendi que o autor crê que Mourão seria um “mal menor”, por representar uma reabilitação da imagem do Brasil no cenário internacional. Mesmo listando os “podres” do general, conclui que este seria uma opção “racional” (vocês veem alguma conotação negativa nesse adjetivo?).
Se houve outro artigo posterior, favor me indicar, pois acabei de acessar o GGN e o mais recente é esse mesmo do link.
então
estou à espera da revoada geral… ou seria generais…
a grande tragédia é que eles poderão herdar o poder
Não será tão fácil. Há muito dinheiro rondando e corrompendo. Da última vez ficaram 20 anos e produziram o desastre da hiperinflação, da dívida externa gigantesca, a tortura, o assassinato de opositores…Nossa apatia os manterá no poder. Como diz PHA, a sociedade brasileira é submissa e não tem forças para reagir ao desastre que se avizinha. Acho que vão endurecer e radicalizar na opressão. Mais 20 anos?
Trinta anos na política e tudo que fez foi aprovar dois projetos irrelevantes (pílula contra câncer de efeito questionável e redução de IPI para produtos de informática). Conhecido do público apenas pela longa série de absurdos preconceituosos que diz, muitos dos quais o levaram à condenação, pelo apoio à tortura e pela incitação à violência e ao estupro.
Seja militar, seja civil, seja lá o que for, meu conceito sobre as pessoas que conheço que votaram nele ou que se abstiveram do voto conscientes que o estavam elegendo, ficou irremediavelmente comprometido. Não são pessoas do bem. Nenhum deles era tão ignorante a ponto de realmente acreditar que votar no PT era pior que eleger esse dejeto humano.
Emilia, você resumiu tudo: o antipetismo foi tão bem implantado nas mentes ignaras, que em nenhum momento olharam o monstro que surgiu do covil, não se engane, esse monstro não tem nada de bom a oferecer, vai devorar a todos.
Impossível que os militares não soubessem que do cavalo encilhado que passava não se podia aproveitar nem a sela. O homem pensava que Davos fosse uma fervorosa convenção de anticomunistas.
Distopia tupiniquim.
Os militares talvez até soubessem, mas a ambição por poder os cegou.
Resta saber, e nem Jânio nem Brito tem bola de cristal para tanto, como reagirão quando essa imagem negativa começar a respingar sobre as Forças Armadas. Estou pessimista.
Como se diz em Minas: ” sai do mato e entra na capoeira”! Sai Bozoasno e entra o jagunço Mourão! Um doce pra quem dizer o que é pior!
Certo, mas como o FHC, o Ciro, Sarney, Collor e outras “raposas velhas” dos últimos 40 anos, os militares também não tinham conhecimento verdadeiro sobre quem era Jair Bolsonaro e sua famiglia???? Duvide-odó!!! Isso vai sair caro…
Falta um câncer santificando mito nessa equação. Por isso não vingou Vice da malta civil, mas General da Reserva. O capitão quer presidir até hospitalizado. Sem anestesia, será difícil tirar intestinos, em todos os sentidos.
Soube que uma equipe multidisciplinar, composta por cientistas políticos e biólogos, está se debruçando sobre fenômeno nunca antes registrado, ocorrido na semana passada, na Europa: a transformação do Asno de Troia na Águia de Davos.
Eu não esqueci!
1- Jânio, Xico Sá, Kennedy, Reinaldo Azevedo e até alguns blogues, agora ditos de Esquerda, serviram, sim, para a derrubada da Presidenta Dilma.
2- Neste texto Jânio quis dizer algo, mas não disse.
Jânio e Xico Sá no mesmo saco de Kennedey e Reinaldo Azevedo é exagero.
Reinaldo Azevedo divulgava mentiras. Preconceituoso,
ajudou e muito a ascensão da ultra direita.
Eu os acompanhei desde os anos de 1990 pela FSP. Com sutileza , mas com frequência foram prá cima de Dilma. E olha que nem incluí o Nassif e vez por outra fazia críticas duríssimas.
Os militares puderam dizer NÃO ao golpe, e assim evitá-lo. Bastava uma manifestação do então chefe, cacique militar, que “não aceitaremos processos que, ilegais, quebrem a ordem democrática…” Tudo teve seu tempo. Teriam mudado a História, triste, que suportamos. Teriam, aí sim, aumento no respeito e admiração que possuíam. Mas resolveram arriscar….Apostaram no burro, calaram nas ilegalidades, prenderam o governante que lhes deu orgulho e projeção mundial, destruiram e destroem nossa soberania. Tornaram-se iguais ao BURRO. E já não gostam do reflexo no espelho.
Parece que o Capeta chegou para cobrar as insanidades desta turma do Coturno. Vejam bem:Brumadinho e o Bostonaro cagando por uma bolsinha de lado. É ou não é uma maldição sobre esta turma??????
ATE AGORA NAO VI A BOLSA DE COLOSTOMIA DO ASNO! SE A NATUREZA PERMITIR AMANHÃ O CAPETA ABRAÇA ESSE ESCROQUE!
Esqueça. A bolsa é fake
Mas o que é que tem dentro dessa tal bolsa de colostomia? O cérebro dele?
Porque dentro do crânio só tem estrume.
Vivemos um “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”.
Há mais militares no governo do que no período da ditadura. Não me esqueço das afirmações absurdas do vice no período eleitoral. O certo e que não há instituição nesse país que tenha como objetivo o povo brasileiro. Todos se batem e se abatem em causa própria.
A esquerda não tem colocado, mas a tragédia consequência do crime ambiental de Brumadinho teve a participação decisiva do ex governador petista Pimentel. O desenvolvimentismo da esquerda tem causado ou ajudado a causar danos irreparáveis ao meio ambiente e populações. Infelizmente temos partido de pressupostos capitalistas para alavancar o desenvolvimento.
Não tenha ilusões,todos dos generais aos pastores;sabiam com quem tava se metendo ou ninguém sabia do episódio do assalto que sem prestar queixa a polícia sua arma voltou é o ladrão apareceu morto
Tenho dito que parte da caserna, a mais velha, esqueceu e a outra parte, a mais nova a que os governos democráticos permitiu cultivar uma visão romantizada e equivocada da ditadura não conheceu de quando os militares eram desprezados e a instituição estava completamente desacreditada.
Os erros que cometemos não nos servem, não têm lado bom a não ser como lição de aprendizado para não os repetirmos. Não lembrá-los, portanto, é risco certo de voltarmos a repeti-los.
Quer dizer que para participar de debates não pode – nem por videoconferência – por recomencoes médicas. Agora, despachar operado dentro do hospital pode para não passar o poder de direito para o general Mourão. Isso é um derespeito a constituição que preceitua que em caso de impedimento o vice tem que assumir. Espero uma resposta do general Mourão que foi eleito como vice. Precisamos dar muito destaque a esse assunto. Esse homem não passa de um asno e tem medo do vice presidente mostrar que é mais preparado do que ele para exercer a presidência da república.
Complementando comentario: sirene tocou em Brumadinho em relação a uma outra barragem. Neste momento precisamos de um presidente de pé e atuante. Não aceito esse homem ocupar a presidência da república neste momento. O cara tomou o planalto a fórceps com fake news e outras coisas mais graves e ainda temos que suportar isso. Cadê a seriedade do hospital que antes disse que ele não tinha condições de sequer participar de um debate por videoconferência e agora vai recomendar que ele governe dentro de um hospital? Hah me poupem né. Nao precisamos de presidente bajulando Israel neste momento não. Precisamos de um presidente que no mínimo atente para o fato de ter como ministro um cara envolvido com as mineradoras e com processo de improbidade administrativa nas costas. Espero uma reação contundente da imprensa e do titular do dever e do direito de presidir o país ainda mais num momento como este.
Não consigo entender por que razão o Tijolaço bloqueia meus comentários. Tenho sempre o cuidado de não ultrapassar os limites de uma convivência social civilizada, mas enfim…
Prezado José Lopes, sem a presunção de querer responder pelo Brito, vou atravessar uma resposta. Nos poucos últimos anos que venho frequentando este espaço, percebi que O Tijolaço é um exército de um homem só, onde as batalhas – posts – são a prioridade. Atividades de apoio como revisão de texto ou liberação de comentários costumam sofrer com isso. Ainda mais nos últimos meses com o problema de saúde do Brito – quem é assíduo por aqui já sabe. Portanto, não acho que você foi bloqueado; apenas ficou numa fila. Eu sei porque também fico sempre nela. Isso acaba prejudicando o timing do debate, concordo, mas acho bem barato para continuar a ter acesso ao melhor conteúdo da blogosfera. Inclusive de comentários.
Na verdade, ter ou não meus comentários publicados não é tão importante assim. Meu “prejuízo na informação” seria maior se ele bloqueasse meu acesso ao blog. Tijolaço é o primeiro do dia que leio. No mais obrigado pela explicação.
E aí hospital Albert Einsten, que hospital é esse que recomenda para o trabalho uma pessoa operada e acamada? Recomendações médicas contrárias só valem durante campanhas eleitorais e de acordo com a cara do cliente?
Entre presidente e vice, se sairmos do espeto vamos cair na brasa. A questão é que o espeto além de quente está envenenado o suficiente para envenenar as nossas relações diplomáticas, os direitos trabalhistas, o meio ambiente, a segurança pública, os direitos das minorias, a educação, os costumes, etc, etc. . É muita desgraça vinda de uma pessoa só. Essa chapa tem que ser cassada. Além ter sido eleita com fake news , o capitão pagou uma fatura ao Moro por ter tirado Lula das eleiçoes, teve seu processo atrasado por Fux para não ser declarado inelegível, e ainda por cima, fraudou o resultado das eleições. A sua bajulacao a Israel tem uma razão de ser. Israel tem os melhores especialistas em informação do mundo. A sua bajulação com Trump também tem uma razão de ser. A CIA tem os melhores hackers do mundo. Para quem sabe ler um pingo é letra.
Foi um enorme e extremamente ingênuo erro destes generais a escolha tão lamentável deste rapaz. Patrocínio, mesmo.
Sempre que as FA fizerem política, desviarem do seu papel constitucional, o farão em grave prejuízo próprio. È inevitável.
O bolsonaro é um enorme e definitivo exemplo disso.
Esses generais que escudaram o golpe e tutelaram o stf são responsáveis diretos pela eleição do bozo, como em lágrimas regozijou-se villas-boas.Envolveram-se diretamente na campanha inclusive, notadamente através dos serviços de espionagem e contra-informação.
Esses generais golpistas em sua maioria chegaram aos postos máximos do exército menos por sua qualificação profissional e pessoal e mais pelo seu alinhamento ideológico e seu compromisso com os porões da ditadura. E também pela rede de favorecimentos da maçonaria (esta instrumental no alinhavo dos segmentos sociais que respaldaram o golpe, principalmente no judiciário e no meio político-institucional). Alguém tem dúvidas de que o mesmo general (Sérgio Pires, então presidente do stm), que contra a recomendação do general Leônidas (ministro do exército) reverteu a decisão do conselho de justificação (que por unanimidade condenou o bozo) e poupou-o da expulsão, num caso evidente de protecionismo ditado por motivos ideológicos, quando tratou-se da promoção de outros oficiais não tenha sido também o critério ideológico a preponderar. E aqui deve-se notar também as pressões pela absolvição por parte do fascínora Newton Cruz, de quem o bozo era um protegido.
São generais com pouco preparo na gestão administrativa. Acreditam que autoridade deriva do autoritarismo. Aqueles que comandaram forças da Onu no Haiti se acham e são considerados pelos seus pares como supra-sumos por que a base de comparação é medíocre.
Em exércitos realmente profissionais, tipos como Ajax Pinheiro ou Paulo Chagas, para citar 2 exemplos, jamais chegariam ao generalato. E Mourão é do mesmo naipe.
Continue ou não bozo no comando do governo, a responsabilidade do exército é a mesma. E afundarão o prestigio do exército que tanto esforçaram-se para criar (através da propaganda, da mistificação e da penetração e entrelaçamento com as classes médias, principalmente através da Adesg e dos CPORs e NPORs) como forma de preparar sua volta ao poder para “redimir a imagem da ditadura” e em muitos casos “resgatar” a imagem de familiares atolados na tortura, como é o caso de Etchegoyen por exemplo.
O General Mourão falou que seria preciso desamarrar o cavalo brasileiro para que ele deixasse de pular apenas setenta centímetros e passasse a pular um metro e oitenta de altura. O que aconteceu em Brumadinho exemplifica muito bem o que acontece quando o cavalo empresarial tem plena liberdade para pular: Ele pula além da conta e afunda o prestígio do país e a vida de centenas de pessoas na mais imunda das lamas. Não vale a pena. É preciso pular com absoluta segurança e responsabilidade, mesmo que seja pouco.
Basta dizer que muitos militares acreditam que o Lula é “culpado de corrupção”, para que se perceba seu grau de ingenuidade ideológica, ou então de visão estratégica parca e ainda por cima emocionalmente contaminada pelo idealismo reacionário de John Wayne. Seu poder de análise se atrofiou e se transmutou em fé cega. Acreditam em tudo que determinados círculos militares e de inteligência estadunidenses lhes dizem. Agora mesmo, já que não olham mais para as duas mãos da grande via da geopolítica planetária, estavam absolutamente seguros de que o golpe na Venezuela seria tão moleza como o foi no Brasil, e até já tinham como certa a heroica participação do Brasil no rolo, através de uma tropa de “pacificação”, depois que os “militares venezuelanos” tomassem o poder e instalassem o tal de Guaidó no “trono democrático”.
Depois da frustração golpista, a culpa pelo fracasso, claro, como sempre, tinha de ser da Rússia. Ainda acreditam piamente nas versões dos neocons guerreiros e dos guerreiros neocons do Estado Profundo americano sobre o acontecido: A Rússia, que seria extremamente pobre, paupérrima, estaria deixando os cidadãos russos passarem fome e outras necessidades apenas para juntar grana e comprar com vil metal os militares venezuelanos que teriam prometido ajudar os americanos no golpe de estado do “guaidó”, e depois voltaram atrás. Além disso, os “ditadores russos” agora teriam mandado, para fazer a segurança do presidente Maduro, mercenários de uma empresa privada – que seria a versão russa da empresa de guerra americana famosa por ser a responsável por enorme mortandade de civis na guerra de invasão do Iraque – a sinistra Blackwater – Xe Services – Academi. Mas eles ainda completam dizendo que tal empresa paga mal seus mercenários, assim como o formidável Exército Russo pagaria muito mal seus militares. Muito lero-lero, como diria certo político brasileiro. A geopolítica se desenrola na vastidão da realidade atual, e no entanto causa espanto que tanta gente permaneça cega, a ouvir lorotas de quem já não manda no terreiro como mandava antigamente.
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LEIAM ESTES COMENTÁRIOS DO LAURI E DO ALECS. Sabe-se que comentários muito grandes nos blogs costumam não ser lidos. Aqui é altamente recomendável que se os leia. Parabéns aos dois comentaristas.
Parabéns Lauri, no seu texto não tem como movimentar uma vírgula.
O longo inverno de 04 anos nos aguarda, seja com Bolsonaro ou Mourão, para a classe trabalhadora é trocar seis por meia-dúzia.
Estou vendo a censura contra comentários que voces discordam. E mais fácil censurar do que discutir, não é ? Apenas gospem coisas e não querem ser contrariados, pois assim, não iriam conseguiriam manter o argumento.
A pergunta hoje é: Quem manda no jeep que está na porta do STF? O Flavio? O Queiroz? O Gen Villas Boas? Não importa, o jeep continua lá. É a sustentação dessa lambança.
E o “Mar de lama” que o Bostonaro gostava de falar: aconteceu em Brumadinho. Um “mar de lama” e olhem que não é do PT. Olha ai gente: O castigo anda a cavalo, ou monta num asno ou será um “jumento de carga!!