A pergunta política da semana que começa é se Jair Bolsonaro sai do PSL ou não.
E isso faz alguma diferença?
Bolsonaro é tão PSL quanto foi PP, PFL, PTB e a penca de partidos onde se alojou por três décadas.
Em nenhuma delas formou um núcleo político, uma corrente de – contenha a risada – pensamento, nada além de obter legenda para candidatar os filhos.
A “briga” com o PSL tem, claro, a ver com o dinheiro do Fundo Partidário e com o controle de seções locais, mas não é isso que a define.
Com três telefonemas, quatro audiências e meia dúzia de cargos ou promessas de cargos, Bolsonaro “resolveria o problema”.
Duas questões, bem diferentes, é que a movem.
A primeira, jogar o laranjal eleitoral ao mar. Essa história de auditoria para cá e para lá é conversa para boi dormir. Bolsonaro sabe perfeitamente o que se fez na campanha, até porque seu então homem de confiança, Gustavo Bebianno era quem assinava todas as despesas.
A segunda, manter as suas hostes em agitação permanente, com a criação de inimigos : os “políticos”, os “fisiológicos”, os “corruptos” servindo sempre para encobrir sua inação e, pior, sua incapacidade.
Bolsonaro está se lixando para ter candidatos a prefeito nas cidades mais importantes do país e todo movimento que fizer na política eleitoral será sempre destinado a abalar o prestígio dos que, na direita, possam ter pretensões à sucessão presidencial.
Quem quiser servir-se do fanatismo que ele criou no país perde o direito a ter vida própria.
Não é, Moro?
4 respostas
Ele pode criar o PQP q vai levar um bando de cretinos com ele. So nao podem se candidatar a prefeito q ele consegue em 10 ou 20 legendas fajutas espalhadas pelo Brasil.
Problema e se tiver 2 candidatos no mesmo município
E eu nao contive a risada
Corrente de pensamento… ????????????
Bolsonaro não criou o fanatismo no país, quem o criou foi a Grande Imprensa e a Turma da Bufunfa. Antes do PT chegar a presidência da República, a maior parte dos “fanáticos” se declaravam”apolíticos” e diziam ter pouco interesse na política, “não gosto de política”, diziam. O PT sempre foi não vou dizer o objeto do ódio mas, certamente, o alvo a ser atingido e neutralizado da Grande Imprensa, da Turma da Bufunfa e de seus líderes políticos. O PT foi transformado em o objeto de ódio e cidadãos apáticos em fanáticos por e pela Grande Imprensa, por e pela Turma da Bufunfa e seus príncipes na política. Foram portanto as vitórias e o sucesso dos governos Lula e Dilma somado a incapacidade desses grupos em derrotar democraticamente o PT em eleições livres que produziu o fanatismo e o ódio, que é seu combustível. A tal “operação” e seu “tribunal” só puderam prosperar graças a essas condições. Todos eles, fanáticos, ódio, operação, tribunal, Bolsonaro são todos e apenas consequências, a causa deles são as ações da Grande Imprensa, da Turma da Bufunfa e de seus príncipes ao longo dos últimos anos.
Concordo com o Policarpo.
Análise perfeita. O presidente governa para sua base eleitoral de radiciais….nada mais e nada além….