Leonardo Rolim, recém-nomeado presidente do INSS, acha que pode ofender a inteligência alheia.
Diz, em O Globo, que o INSS não precisa de mais funcionários. Se não precisava, nem seria preciso o alarde todo que se criou com a história de convocar sete mil militares da reserva para socorrê-lo.
Se não são necessários, seria apenas uma “boquinha”?
A “explicação” de que a possibilidade de requerimento digital de benefícios fez surgir, pela facilidade, “uma fila que não existia” é, simplesmente, uma tolice.
A clientela do INSS é, 90%, composta por pessoas que ganham dois salários-mínimos ou menos. Não tem sequer a habilidade de fazer tudo pelo computador, ou celular, pois há a necessidade de obter e escanear documentos para os “furos” que o CNIS – o Cadastro Nacional de Informações Sociais – tem nas contribuições, muitas relativas aos anos 70.
Sim, porque para comprovar 35 anos de contribuições muitos precisam de uma vida laboral acima de 40 anos de atividade.
O aumento do número de requerimentos, com a iminência da reforma previdenciária, que torna mais difícil a obtenção de aposentadoria é algo que não precisaria de nenhum “adivinhão” para se prever.
Tanto é assim que o número de pedidos em novembro (a sanção foi em meados do mês) já caiu, segundo os últimos dados oficiais disponíveis.
A tal explosão digital que ele alega ter havido desde julho é desmentida pela estabilidade no número de requerimentos de benefícios por incapacidade (aposentadoria por invalidez e auxílio doença) se mantiveram estáveis no período.
O que o sr. Rolim quer arranjar, declarando que não é necessário repor ao menos os 6 mil servidores que se aposentaram no INSS em 2019, é uma greve dos servidores que sirva para tirar dos ombros do governo o que é sua responsabilidade exclusiva: o atraso monstruoso na concessão de benefícios.
Aí, se puderem culpar os servidores, – a quem acham “vagabundos” – vão se lembrar que atrasar meses um auxílio-doença e uma aposentadoria de gente humilde é cruel, muito cruel.
Embora seja muito bom para fazer caixa.
9 respostas
Tem q fazer concurso ou convocar aposentados do Inss.
E a gente podia ate achar q o novo presidente do inss podia ser um cara tecnico q de concentrasse no problema central… Nao e so um amigo dos amigos
Pra ser desse governo tem q ser ou demonstrar ser um cretino
Fuco imaginando cidades q tem uma agencia polo. A unica em 5 ou 10 municipios q atende semialfabetizados q viveram a maior parte da vida apartado de qualquer equipamento eletronico.
Uma vergonha o que os fascistas estão fazendo com esse pais. Cadê os paneleiros?
Com medo de levar bala de sniper
Estão aplaudindo a “solução enérgica” do “governo” que está “colocando ordem” na “bagunça que é o INSS”
Exatamente, eles são hipócritas.
Pedalada fiscal dissimulada.
Se realmente tivessem intenções humanitárias, haveria um artigo nessa reforma onde se leria: “essas regras entram em vigor 180 dias após a publicação no Diário Oficial”.
Não seriam 180 dias de adiamento (o que ocorreria, na prática) que iriam quebrar o país, nem haveria chiliques de mercado, pois a reforma já estava precificada.
Mas convém queimar o filme de órgãos como o INSS e a Dataprev (está última, para justificar uma privatização).
Ninguém no congresso, nem no governo é ignorante a ponto de não saber que sistemas computacionais não se programam da noite para o dia, ainda mais com a grande extensão das modificações.
Desculpe mas, se ele acha isso, está certíssimo. Somos um país de cidadãos alienados, burros, estúpidos, e por aí vai. Tanto que Bolsonaro ainda tem o eleitorado que as pesquisas mostram.
O que os cidadãos pensam disso?
Os maiores prejudicados (os “que ganham dois salários mínimos ou menos”) vão pensar o que a globo determinar que eles devam pensar.
Os capitalistas vão definir o que a globo e o restante da mídia vão dizer.
Da classe média-média até a alta: não se importam, pois têm recursos para se defender (previdência privada, imóveis, participações, investimentos diversos).
A classe média-baixa, na maioria, vai, uma vez mais, dar vazão ao ódio que foi estimulado pela direita.
Bem…!.para um país que colocou Bozo na presidência . Creio que este presidente do INSS, não acha. Ele tem ,é ,certeza de uma grande maioria ser é muito burro mesmo!