Governo deixa a Maia ser o ‘antiparasita”

Numa daquelas estranhas “coletivas em off” – vários jornais publicam, ao mesmo tempo, informação que só tem “fontes” não identificadas – o governo sugere ter recuado da iniciativa de apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional para promover uma reforma administrativa.

Leia-se: uma redução nos direitos e garantias dos servidors públicos, aqueles chamados, na semana passada, de “parasitas” pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Daria apenas “sugestões” sobre uma proposta já existente na Câmara, algo sem pé nem cabeça, porque no processo legislativo há projetos e emendas, não palpites.

Exceto por articulação de Rodrigo Maia, quem irá tentar aprová-las? O major Victor Hugo?

A não ser que não mexa em nada, uma PEC desta natureza vai ter de encarar grupos de pressão os mais variados. E alguns deles, muito poderosos, como o Judiciário, o MP, os auditores e os policiais, entre outras chamadas “carreiras típicas de Estado”. E não só eles: professores, pessoal da Saúde, do INSS, do órgãos ambientais, etc…

Que deputado, ainda mais em ano eleitoral, porá o pescoço nessa furada, ainda mais porque já não há, como na Previdência, um governo novo e a chantagem de que não haveria com que pagar aposentados.

O governo, evidentemente, recuou da “briga” e parece dizer aos parlamentares: “sigam-me, que eu vou depois”.

As chances de aprovação desta reforma, que já não eram muitas, tendem a zero, agora.

A menos que Rodrigo Maia queira mostrar-se ao “mercado” como o capaz de ser o verdadeiro algoz dos direitos, como na Previdência. Desta vez, porém, é impossível que os deputados lhe queiram servir de palanque no muno do dinheiro.

Nem por uma fortuna em emendas, porque agora elas serão de desembolso obrigatório.

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3 respostas

  1. Existem deputados que não estão nem ai para o que pensa o eleitor , mesmo porque seus eleitores pensam como seus iguais , ou seja pode colocar fogo no parquinho dos parasitas que nos apoiaremos , Maia o chileno safado já deu seu golpe nos pobres e aposentados com a reforma da previdência , não custa nada pregar o caixão e jogar na cova com a reforma administrativa.

  2. Considerando o quanto a manada está doida tentando convencer todo mundo que funcionário público é gasto e mais nada, e que o Estado tá inchado, é provável que algum deputado resolva levar essa bandeira adiante.
    E considerando o brasileiro médio, vai ter funcionário público apoiando isso e não serão poucos.

  3. O fato claro e simples é que aqueles que patrocinaram o golpe o fizeram para saquear o estado e o país, seja através da entrega das riquezas nacionais, seja através da doação de patrimônio público (especialmente as empresas públicas mais rentáveis), seja através da rapina financeira. Para isto colocaram um escroque no comando da economia, cujo modo de ação é do servidor do pinochetismo que foi e que tenta replicar no Brasil. Um estelionatário, no sentido literal (o assalto que praticou contra fundos de pensões são a evidência pública disto).

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