Basta olhar para fora, para os países em que a epidemia do Covid-19 tem mais tempo, para se concluir que salvo raríssimas exceções, não há sinal de que a situação esteja regredindo a alguma coisa próxima da “normalidade”, embora haja várias e temerárias medidas de afrouxamento do isolamento social.
Mesmo onde observa-se um declínio no número de novos casos, este se dá de forma muito mais lenta do que a disparada que tiveram até que chegassem aos números máximos, do que, aqui, aparentamos estar ainda muito distante, pela precariedade na aplicação de testes e, até, como revela o Estadão, hoje, pela deficiência na compilação de seus resultados.
Portanto, é provável que, com afrouxamentos e reforços do isolamento, a situação de semiparalisação da economia se prolongará, com toda a certeza, até fins de junho ou mais, para depois só muito lenta e progressivamente voltar a circulação de pessoas.
As pesquisas de comportamento e expectativas de comerciantes e de consumidores, divulgadas hoje pela Fundação Getúlio Vargas, caíram a um nível jamais registrados desde que começaram a ser feitas (veja os gráficos) e deverão baixar ainda mais, com as esperanças de uma crise rápida se dissipando com os dias.
E vão se dissipar, porque o efeito do desemprego – que avança forte apesar das medidas de redução de carga e redução de salário – não começa a se fazer sentir quando se trata do emprego formal.
Todas estas questões objetivas se desenham numa tela de absoluta confusão política que retira do Brasil qualquer possibilidade de ser palco de investimento, ainda que resolva entrar em clima de fim de feira na privatização de ativos públicos.
E ficaremos pior, com um Ministro da Economia que insiste em falar em cortes ante à crise, está minado pela crescente influência dos militares e “prestigiado” pelo presidente, assim como se diz dos técnicos de futebol depois de derrotas acachapantes.
E claro, ficam só esperando a hora de cair.
17 respostas
https://twitter.com/luisnassif/status/1254563218460233729
https://www.youtube.com/watch?v=f9r-vpgq7mA
https://www.youtube.com/watch?v=H5e3Ec4Fseo
https://www.youtube.com/watch?v=vmgZpDzoKeg
https://www.youtube.com/watch?v=OIF2tOjKixM
https://twitter.com/H1SaiaDaMatrix/status/1251884885884710915
Kalecki, o grande gênio da economia a ser revisitado…
esqueçam keynes, aprendam com kalecki.
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1254795709922058241
https://twitter.com/CarlosHortmann/status/1254928076892442625
Até as sociedades ditas “mais evoluídas” , sofrem do mesmo mal.—–a burrice—–
Neste caso Espanha.
https://www.lavanguardia.com/sanidad/20200427/48751091000/fernando-simon-raquel-yotti-coronavirus-pandemia.html
Sr.Brito! E o senhor acredita em recuperação do CAPITALISMO? Não que a “PANDEMIA ATUAL”,possa definir o seu FINAL,senão as velhas máximas históricas,que sempre afirmaram,que a extremada concentração de RIQUEZAS,nos cofres de uma,cada vez menor MINORIA,levaria para as maiorias,senão o horizonte da miséria,ou A REVOLUÇÃO.E,como essa,aparentemente ainda esta longe,e nem sei se conseguira chegar,acho que a VACA,tem muitas CHANCES ,DE IR PRA O BREJO.E o BREJO,poucos ou ninguém,sabe onde se encontra!Conclusão lógica,A PANDEMIA,É O PRODUTO ACABADO DO IMPERIALISMO FINANCEIRO! Absurdo?Morrendo a maioria dos miseráveis,na visão dos TRUMPS DA VIDA,o mundo será mais lucrativo,ainda…
para muitos capitalistas malthusianos esta crise é benéfica.
quanto mais pobres morrerem, melhor.
limpa o sistema, elimina excessos, depura improdutividades etc.
Se Guedes projetasse automóveis populares, seria capaz de lançar um em que o volante e a alavanca de câmbio são opcionais.
no carro projetado por pau no guedes além dos itens que vc mencionou, pneus, acelerador, freio, bancos, portas, luz, tanque de gasolina e motor seriam dispensáveis: para pobre está bom assim, um trem dos anos 1950 lotadaço.
Guedes é um fascista.
Em Blumenau,SC, resolveram abrir tudo na sexta-feira, inclusive um grande Shopping, com festa de reabertura e tudo o mais.
Resultado: houve agravamento drástico nas infecções, chegando a quase 40 casos nas últimas 24 horas.
Já no RS que saiu na frente quanto ao distanciamento, os números estão baixos, e em Rio Grande no sul do estado , cidade maior que Blumenau em SC, os números estão baixíssimos, com regras rígidas do prefeito do PT e totalmente aceitas pela população, levando Rio Grande a ser considerada a cidade que mais respeita e leva a sério o distanciamento social.
e pensar que Blumenau já teve gestão do PT e hoje naufraga na irracionalidade.
Deve ser ilegal ser petista la
Raul Seixas canta …”com a boca escancarada, cheia de dentes esperando a morte chegar”.
Na minha opinião, devemos divulgar que esse caos econômico NÃO FOI CAUSADO SÓ PELA COVID.
Lembrem -se das idiotices do Bozo nas relações internacionais Quase entrou em guerra com a Venezuela, brigou com a França , Alemanha, OMS e até com o Papa (e se diz cristão….).
Em dez/19 quando a COVID Não havia chegado o dólar já custava 4,40.
Atividade industrial caindo e o turismo quase acabando.
Ou seja, a economia até que está resistindo. Uma CAGADA por dia, como faz o Bozo, já tinha quebrado muitos países.
Eu diria que o isolamento no Brazil é classista e tende a fracassar na proporção do desemprego e desenvestimento público na manutenção das pessoas desfavorecidas (e mesmo da classe média baixa) para que se mantenham e sobrevivam em isolamento. Digo mais, a coisa vai ser ainda muito pior porque a classe média vai se endividar no sistema financeiro para garantir a sobrevivência e, talvez, ainda ser colhida por um desemprego futuro. De todo o plantel industrial (de pouco que nos restou) apenas áreas específicas como as GRANDES corporações das áreas da alimentação e saúde, por exemplo estão sendo pouco afetadas. Para garantir o desastre o dinheiro continua fluindo para o sistema financeiro. Ainda assim, incrivelmente, a desaprovação completa ao (des)governo fica em míseros 54 % e seguramente a aprovação do paladino Moro deve ter crescido um tanto entre os ex-apoiadores do ser que ocupa a presidência.
Nosso futuro é a completa degradação do tecido social, a falência do estado (falta pouco para chegarmos lá) e, finalmente, a completa subserviência aos EUA qualquer que seja o presidente que por lá se eleja, já que a questão ultrapassa a presidência. O colonialismo por parte daquele país prepotente é uma política de Estado.
Desde o início está claro, pelo menos pra mim, que num determinado momento a sociedade teria que “ir à luta” com algum nível de risco. A equação é simples, o mundo não sobrevive com todos em casa e a ciência não nos dará a solução tão rápido. Infelizmente a crise nos pegou sem governo, mas nem disso o brasileiro pode ser queixar, apenas lamentar a própria estupidez. O que a pandemia mostrou é que os sistemas de saúde do mundo inteiro são frágeis, ineficientes, péssimos diante de algo mais sério. Podemos imaginar o que aconteceria se fosse um vírus mais letal. Estamos diante do imprevisível, as próximas semanas nos darão algumas respostas.
E ainda tem oportunismo na esquerda. Querendo entrar nesta bola dividida. O país vai ao caos disto falo ha meses, mesmo antes da covid. O sistema e quem pautou as eleicoes e estes ultimos acontecimentos economicos e políticos que paguem a conta. O impechement é delles a guerra é delles….. a esquerda e os progressistas só tem uma tarefa agora. Voltar as bases e ajudar o povo…