Um presidente nas mãos da “bandidagem”

A ofensiva do STF sobre as matilhas do ódio e da ameaças cria um duplo impasse para Jair Bolsonaro.

O primeiro, o evidente desgaste por não poder agir em defesa de suas falanges – embora tente parecer fazê-lo, com declarações bravateiras – e o “barata voa” que se instalou nos esquemas de fake news, de difamação em série, de manifestações em busca de confronto.

Órfãos agora, depois de semanas sendo paparicados por Bolsonaro, começam a queixar-se do abandono, dos acenos e da perda do protagonismo com que tinham sido brindados nas últimas semanas. E todos sabem, na cadeia de comando miliciana, a quem respondem e por quem são “ajudadas”.

Línguas ameaçam bater nos dentes e agravar mais a situação dos inquéritos que ameaçam o Governo. Não é à toa que, desde segunda-feira, o filho 02, Carluxo, deixou seu gabinete de vereador no Rio e senta praça no Planalto e no Alvorada para não deixar o pai “fraquejar”.

O segundo é a inédita unidade alcançada pelo Supremo Tribunal Federal nas reações aos abusos do governo e de seus seguidores, ainda hoje demonstrada na negativa, por 9 a 1 do habeas corpus impetrado pelo Ministro da Justiça em favor de Abraham Weintraub e na já formada maioria para a continuidade do inquérito sobre as fakenews sob o comando de Alexandre de Moraes.

O controle do inquérito por ele é péssima notícia para o governo, pois o ânimo do ministro ficou bem claro ao chamar de “bandidagem” os atacantes – agora já nem tão virtuais – bolsonaristas do Supremo, o que já se desdobrou em nada menos de 72 ações judiciais de primeira instância.

A ofensiva não vai parar e Bolsonaro terá de ir além da bravata. Mas terá pés para “chutar o pau da barraca”?

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9 respostas

  1. Vai ser difícil, muito difícil para o monstro presidente, largar os seus e abraçar a direita cheirosa, pra terminar o mandato. A quadrilha não vai deixar barato se ele quiser largá-la na estrada. Esse enredo tá melhor do que se tivesse sido obra de um escritor. A realidade supera largamente qualquer ficção.

  2. Este é o momento em que Queiroz realiza o seu maior valor de mercado. Ou enfia agora uma p#$&@ do tamanho de um cometa no rabo do Cavalão, delatando-o com prêmio máximo, ou pode enfrentar, em breve, forte concorrência delatora dos criminosos da boiada do Genocida, posta em palpos de aranha nos últimos dias. Fala, Queiroz!

    1. é a hora do passo evolutivo do hominídeo Queiroz,tantantantan

      conseguirá se tornar um homem como 70% deste país?

  3. GOVERNO DE MILICOS ,eles agem como se estivessem no campo de batalha (estes fardados ,só nos virtuais,já que só servem para torturar e assassinar indefesos).
    O mulão explica isso num vídeo,se trata de fazer uma “aproximação”,um avanço,amanhã o outro,depois o terceiro e assim até ter o “inimigo” (neste caso,a democracia) cercado.
    Só que os primatas saudosistas da ditadura ,desprezam o fato do mundo de 2020 ,não ser o de 64.
    Após tanto ameaças de “vou te bater,vou te bater” ,a gente fica ciente que nunca baterão,porque será o fim deles.
    Voltem para os quartéis ,e já não saiam mais.

  4. Os Bolsominiuns estão deprimidos, pois, descobriram que seu Guru mor Bozo não poderá socorre-los, pois ele mesmo está enredada com a familicia.

  5. Palmas pro Moraes que está muito preocupado com a democracia. E vamos bater palmas quando Doria e sua turma começarem a usar essa estrutura de Fake News deixada pelo Bozo e o STF ficar parado olhando.

  6. Talvez a tática de tentar prostrar e desmoralizar todas as instituições, para deixar espaço amplo para a instalação de uma ditadura radical, tenha vindo da cachola do próprio Olavo de Carvalho. O blefe foi o eixo de tudo. A corrupção e outros crimes dos bandoleiros recrutados pela extrema-direita foram perdoados pelo Olavo como pecadilhos menores. Olavo achou que poderia mover grandes exércitos de ferozes zumbis para destruir tudo por aqui. Destruir, era a missão. Tudo estava maculado pelo pecado do comunismo, muito maior do que o pecadinho da corrupção, que ninguém pode dar jeito. “O importante é combater o comunismo, e não a corrupção”, disse várias vezes o Olavo, xingando seus próprios seguidores, que segundo ele estariam pelo caminho errado. Tudo o que restou foram os 300 de Brasília, que ficarão na história como o desfecho degenerado de um golpe degenerativo.

  7. Ficou claro que a direita fashion (aquela do Mercado Financeiro) largou mão de Bolsonaro. Para agradar seu eleitorado xucro e blindar a familia, o presidente meteu os pés pelas mãos: os investidores deram no pé, a economia despencou, a pandemia se alastra e o país é visto como um desastre mundo à fora. Sua substituição foi decretada. Vai daí, a força com que os ventos começam a soprar.

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