Todos ligam para o “barraco ostentação”, quase ninguém para o repique do vírus no Rio

O final de semana foi marcado pelas baixarias no Leblon, no Rio, e no restaurante Gero, nos Jardins de São Paulo. Não vale a pena perder tempo com a decadência de nossa elite, ainda mais depois do maravilhoso texto de Joaquim Ferreira dos Santos, em O Globo, o Como é tosqueira a elite brasileira.

Mas é ele quem me adverte para a coincidência destes barracos-ostentação e o drama que, sem muito alarde, vai voltando a se formar na rede de saúde carioca, já com quase 90% dos leitos outra vez ocupados por pacientes da Covid-19, na esteira da perda, quase que por completo, da noção que temos uma doença que acaba de completar o deu primeiro milhão de mortos.

Diz, em O Globo, o médico Roberto Medronho, da UFRJ, que podemos estar começando a “pagar a conta” do feriadão de Sete de Setembro, com a média de mortes subindo já por dez dias consecutivos.

Com a aproximação das eleições municipais, governante algum terá coragem de voltar a impor medidas restritivas às aglomerações e à abertura do pouco que ainda permanece fechado como prevenção ao contágio.

É provável que esta semana o Rio de Janeiro volte a superar a média semanal de 100 mortes diárias. que já andou beirando a semana passada.

Enquanto isso, as praias voltam a lotar, como você vê aí em cima.

Agora não tem nem “lockdown” meia-boca, é contar com a sorte e nada mais.

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