Invasão do Capitólio: “nunca antes na história daquele país”

As cenas do Congresso norte-americano invadido por uma multidão reunida por Donald Trump para tentar deter a confirmação do resultado das eleições são algo jamais visto nos Estados Unidos.

Não tinham os meios, mas tinham os desejos golpistas de interromper os mecanismos da democracia institucional daquele país.

Trump os incitou, num ato de confronto e, depois de sair, seus agentes políticos deram os gritos para detonar a invasão.

Aqui, é bom que isso seja visto, e muito bem visto pelos nossos congressistas, por nossos juízes e por nossos militares.

Com vários avisos ao longo de 2020, é aquilo o que nos espera aqui, mais adiante, quando afinal o bolsonarismo tiver de enfrentar uma derrota político-eleitoral.

Nenhum tipo de condescendência pode ser tolerado com estes grupos, nem tratar seus líderes como parceiros válidos do jogo democrático.

Não se pode entregar aos que se acumpliciam com o clone nacional de Trump o comando do poder Legislativo e ter, na Corte Suprema, quem esteja confraternizando ou pondo panos quentes nos abusos presidenciais.

Não é possível ter ilusões sobre o que eles significam.

O ensaio assemelhado de 2013 deu início ao processo de demolição da racionalidade e a democracia. Agora, cuidam de tentar fazer seu enterro.

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