Palmas aos campeões da liberdade econômica.
Logo a vida humana terá apenas uma regra: “correr atrás”.
Pois não é assim que ficaremos a prosseguir o que reporta a Folha, hoje, dizendo que “Metade das vagas formais abertas em 2020 é de trabalho sem jornada e salário fixos“.
Ou seja, são vagas onde você fica à disposição do patrão e ele lhe paga se, quando e por quanto tempo precisar dos seus serviços.
Dane-se o que o cidadão tem de pagar de mercado, de luz, de água, do celular que, quem sabe, vai tocar para chamarem-no para mais um ganha-pão.
Com o desemprego em alta e, segundo todas as previsões econômicas, caminhando para ficar pior ainda, é assim ou nada.
Os mais jovens, que em muitos casos não vão ver aposentadoria nunca ficam assim, nesta vida de incerteza, sem saber se e quanto vai vender para levar dinheiro para casa, se é que hoje vão o chamar para trabalhar.
Aliás, nem vai saber que, no século passado, teve um velhinho, muito antipático, que instituiu a tal CLT e direitos trabalhistas.
O que a maldita reforma trabalhista desta gente “moderna” fez foi transformar grande parte dos trabalhadores em “camelôs do trabalho”. Ainda pior, sem a esperança de “vender bem”, porque é ruim de trabalhador intermitente receber hora-extra. Vai pro “desconto” do dia de amanhã.
Como diz o nosso presidente, melhor emprego sem direitos que direitos sem emprego.
Quem sabe podia-se logo reinstituir a escravidão. Afinal, escravo não ficava desempregado, não é?
