Igor Gielow informa, na Folha, que Jair Bolsonaro prepara-se para subverter a hierarquia militar para resolver a equação entre a fidelidade canina do General Eduardo “Um Manda, o Outro Obedece” Pazuello e o apetite canino do Centrão, que deseja nomear o deputado Ricardo Nepotismo Barros para o Ministério da Saúde.
Pazuello ainda está na ativa e é general de divisão, o de “três estrelas”, posto mais alto que ele, oriundo da área de Intendência pode atingir, assim como os oficiais-médicos e engenheiros militares podem atingir. Para dar a ele uma compensação por ter se tornado uma das pessoas mais desprezadas do país – hoje, a comentarista Natuza Nery disse que ele era um ministro “sem dignidade” – o presidente quer promovê-lo a general de Exército, o “quatro estrelas”, mudando a organização hierárquica das Forças Armadas.
Gielow diz que a mudança “gerou grande contrariedade no Alto-Comando do Exército” e que se Bolsonaro insistir na ideia, “terá uma crise contratada” com os militares.
Mas não pense você que é porque se preze que as estruturas militares não estejam expostas a casuísmos e compadrios. Não, é porque isso “tiraria vaga” de oficiais de outras Armas, mais antigos, na promoção ao topo do generalato.
Quem sabe, então, Bolsonaro não vá fazer melhor, aumentando o número de postos de general (de Exército e nas outras graduações) e dando a Pazuello uma estrela bem adequada ao seu desempenho: a estrela da morte.