Não dá mais para ficar em medidas paliativas, fechando bares à noite, reprimindo “baladas” e ahar que isso vai resolver a escalada apavorante de mortes em São Paulo.
Foram 679 registros nesta terça-feira, 30% a mais que na terça-feira passada, até agora o pior dia da pandemia, anotando 521 mortes.
E a contaminação continua rolando solta no metrô, nos ônibus e nos trens da CPTM, todos lotados como na foto acima, tirada ontem, já no suposto “lockdown”,
Se São Paulo fosse um país, hoje seria o terceiro com mais mortes no mundo, atrás apenas do próprio Brasil e dos Estados Unidos.
Não é possível que se assista a isso com a naturalidade de quem recebe uma notícia rotineira.
Se um prédio caísse e matasse 679 pessoas, os sites jornalísticos teriam manchetes garrafais, as tevês estariam transmitindo em plantão
O médico João Gabbardo, secretário do Ministério da Saúde na gestão Mandetta, diz que o nomo ministro da Saúde vai “estrear” com um recorde de mortes no Brasil, e sugere que ele não se posicione contra o “lockdown nacional”.
Ele não pode fazer, mas Joao Doria pode e é bom que o faça, pois arrisca-se a perder seu sensato Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, que vem pedindo medidas mais duras e esbarrando na cabeça do governador, que ainda acha que São Paulo não pode parar.
Mas vai parar.