Geosmina bolsonárica: vender a Cedae virou guerra para o governo

A repórter Berenice Seabra, do Extra, noticia que o senador Flávio Bolsonaro está pressionando os deputados da Assembleia Legislativa para que votem hoje contra o decreto legislativo que susta o leilão da Companhia de Água e Esgoto do Rio de Janeiro.

Simultaneamente, o ministro Luiz Fux, do STF, num extraordinário despacho liminar, cassou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho que havia bloqueado a venda, por oferecer aos potenciais adquirentes a administração da empresa por 35 anos, através de um decreto do Governador, que contra previsão máxima de 25 anos, estabelecida em Lei (Lei estadual 2.831/1997). A propósito, Fux também anulara decisão do Tribunal de Justiça Estadual.

Como se vê, há uma operação de guerra para a venda da empresa de saneamento do Rio, que passou a ser a grande esperança do processo de privatização de Paulo Guedes, o hoje estropiado Ministro da Economia.

Cláudio Castro, que herdou a cadeira de Wilson Witzel, reza na mesma cartilha do antecessor, louco para passar nos cobres um empresa que, mesmo muito mal administrada, dá um superavit anual de cerca de R$ 1 bilhão.

Tanto que a empresa de água de São Paulo, a Sabesp, quer comprá-la.

A batalha decisiva ser hoje à tarde, com a votação de um projeto de decreto legislativo que susta a venda da empresa enquanto o Governo Federal não prorrogar as regras do Regime de Recuperação Fiscal do Estado, firmado quando da falência do Rio de Janeiro, em 2017.

O Governo Federal quer que o Estado adira a um arrocho – que, entre outras medidas, faria com que os servidores estaduais fiquem nove anos sem reajusta nos vencimentos – draconiano.

É a geosmina bolsonária, aquela que faz você sentir em tudo um gosto de não é preciso falar mais nada.

 

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