Eleito com a urna eletrônica, Jair Bolsonaro disse, na live terminada agora há pouco, que a eleição de 2022 está previamente fraudada para eleger Lula.
“Quem vai contar os votos é quem tirou Lula da cadeia”.
Jair Bolsonaro deixou claro que não aceitará o resultado das eleições, porque não haverá o voto da maneira que ele quer que seja dado.
Abriu guerra total com o Tribunal Superior Eleitoral e com o Supremo Tribunal Federal.
Não apresentou as “provas” que prometeu , disse que não as tinha, mas foi além disso nas provas de que não tem compromisso com o respeito aos limites da democracia.
Assumiu a defesa até do brucutu Daniel Silveira, o brucutu que sugeriu espancar um ministro do STF “com um gato morto” até que este miasse.
Ao país, confessadamente, diz que sua virtude é acreditar em Deus e que é ter acabado com a corrupção.
Se é, não merecíamos a praga que vivemos e se acabou com a corrupção, não era isso o que nos desgraçava.
No seu olhar, o problema do país é o “excludente de ilicitude”, para que o policial possa matar sem responder por fazê-lo sem razão.
Não é a questão de abrir discussão sobre argumentos – muitos deles legítimos – de questionar a necessidade de mecanismos de auditagem das urnas, porque não é isso o que interessa a Jair Bolsonaro.
O que interessa a ele é o tumulto e dizer que o favoritismo de Lula é fraude e que é ele quem tem votos.
É a antecipação de sua reação à derrota eleitoral.
Chamou Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícias Militares: “está em nossas mãos a liberdade da nação”.
Foi a fala, para quem quiser lê-la, de quem não o pronunciamento das urnas sem que possa pressionar e intimidar o eleitor.
E de quem, como não o terá, está preparando uma insurgência contra o que falarão as urnas.
E o Centrão, sabido como o diabo, leu o que disse Bolsonaro como uma confissão de derrota.
Jair mostrou que entrega o governo, mas não a alma golpista.